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Medicinal, mas segure a maconha: nova fonte de CBD encontrada no Brasil


O biólogo molecular brasileiro Rodrigo Moura Neto inspeciona uma planta que contém CBD, que pode ser usada para tratar epilepsia e dor crônica, em seu laboratório na Universidade Federal do Rio de Janeiro em junho de 2023 – Copyright AFP NELSON ALMEIDA

Joshua Howat Berger

Em um laboratório escondido em um extenso campus universitário no Rio de Janeiro, o biólogo molecular brasileiro Rodrigo Moura Neto está realizando testes em uma planta aparentemente comum com um poderoso segredo.

A planta caseira de crescimento rápido, Trema micrantha blume, é nativa das Américas, onde é difundida e frequentemente considerada uma erva daninha.

Mas Moura Neto descobriu recentemente que seus frutos e flores contêm um dos ingredientes ativos da maconha: o canabidiol, ou CBD, que se mostrou promissor como tratamento para doenças como epilepsia, autismo, ansiedade e dor crônica.

Crucialmente, ele também descobriu que não contém o outro ingrediente principal da maconha, o tetraidrocanabinol ou THC – a substância psicoativa que deixa as pessoas chapadas.

Isso abre a possibilidade de uma nova fonte abundante de CBD, sem as complicações da cannabis, que continua ilegal em muitos lugares.

A descoberta tornou o Dr. Moura Neto uma espécie de estrela acadêmica da noite para o dia, um afável homem de 66 anos de cabelos grisalhos que agora tem uma agenda lotada de reuniões com especialistas em patentes e empresas interessadas em explorar o mercado multibilionário de CBD .

“Foi maravilhoso encontrar uma planta (com CBD, mas) sem THC, porque você evita toda a confusão de substâncias psicotrópicas”, diz Moura Neto, que passou quase cinco décadas pesquisando neste pequeno laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Universidade.

“Isso significa que o potencial é enorme”, disse à AFP.

Sua equipe de 10 membros ganhou recentemente um subsídio público de R$ 500.000 (US$ 104.000) para expandir seu projeto, que agora identificará os melhores métodos para extrair o CBD de “Trema” e estudará sua eficácia como substituto da maconha medicinal.

– Homem procurado –

Muitos dos usos médicos anunciados do CBD ainda estão sob pesquisa.

O composto é polêmico, inclusive no Brasil, onde pacientes recorreram à Justiça para obter o direito de usá-lo. Freqüentemente, eles precisam importá-la a preços exorbitantes, visto que o cultivo de maconha medicinal continua ilegal – embora haja uma legislação no Congresso para mudar isso.

Debates à parte, a demanda por CBD está crescendo.

O mercado global de CBD no ano passado foi estimado em quase US$ 5 bilhões. A empresa de análise Vantage Market Research projeta que crescerá para mais de US$ 47 bilhões até 2028, impulsionada principalmente pelo uso de saúde e bem-estar.

O interesse pela pesquisa de Moura Neto tem sido “enorme”, diz Rosane Silva, diretora de seu laboratório, que fica em um corredor movimentado com estudantes e pesquisadores em jalecos brancos.

“Muitas empresas têm telefonado, procurando colaborar” em um eventual medicamento CBD não baseado em cannabis, diz Silva, ao lado do que ela chama de “planta mágica”.

Um membro da família Cannabaceae – como a cannabis – “Trema” pode se transformar em uma árvore de até 20 metros (66 pés) de altura.

Moura Neto diz que ele e a universidade podem explorar o patenteamento de quaisquer inovações que encontrarem para extrair o CBD de seus pequenos frutos e flores.

Mas ele é rápido em acrescentar que não vai patentear “Trema” em si. Ele quer que cientistas de todos os lugares possam pesquisá-lo.

“Se eu sonhasse em ser bilionário, não teria me tornado professor”, diz ele.

– Do policiamento à produção? –

Moura Neto começou a estudar o CBD por um motivo completamente diferente: treinado como geneticista forense, ele analisava o DNA da maconha apreendida pela polícia para ajudar os investigadores a rastrear sua origem.

Quando ele se deparou com um estudo que identificava o CBD em uma planta relacionada na Tailândia – outro membro da família Cannabaceae – ele teve a ideia de testá-lo em “Trema”.

Ele diz que transformar suas descobertas ainda não publicadas em um medicamento pronto para o mercado levará de cinco a 10 anos de pesquisa e ensaios clínicos – se isso for possível.

A cannabis, domesticada pela primeira vez na China há mais de 10.000 anos, foi cultivada por milênios para aprimorar seus efeitos medicinais e alteradores da mente.

O CBD de “Trema” pode não funcionar tão bem, ou não funcionar, diz Moura Neto.

Enquanto isso, não adianta fumar a planta para ficar chapado.

“Isso definitivamente não vai fazer nada por você”, ele ri.


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