O rei Maha Vajiralongkorn da Tailândia e sua esposa, a rainha Suthida, são mostrados na televisão quando chegam para a abertura do parlamento tailandês após a eleição de 14 de maio – Copyright AFP Lillian SUWANRUMPHA

O rei da Tailândia abriu o parlamento na segunda-feira após um Resultado Chocante nas eleições, nas quais a oposição pró-democracia derrotou partidos apoiados pelo exército que governaram o reino por quase uma década.

O partido Move Forward (MFP) ganhou a maior parte dos votos nas eleições de 14 de maio, mas sua plataforma radical, que inclui a reforma da estrita lei real de difamação, pode levá-los a lutar para formar um governo de coalizão.

Seu bloco de coalizão de oito partidos, incluindo o segundo maior partido, Pheu Thai, permanece aquém da maioria necessária na Câmara dos Deputados para ultrapassar a câmara não eleita do Senado e nomear com sucesso um primeiro-ministro.

A eleição foi vista como uma rejeição nacional ao primeiro-ministro Prayut Chan-O-Cha, ex-chefe do exército que chegou ao poder em um golpe de Estado em 2014.

O rei Maha Vajiralongkorn, acompanhado por sua esposa, a rainha Suthida, lembrou as filas de parlamentares de uniforme branco de seu dever de representar o povo da Tailândia.

“O progresso da nação dependerá de sua capacidade intelectual e de sua honestidade”, disse ele em breves comentários preparados.

“Se todos perceberem isso, a obra alcançará o sucesso sem problemas”, afirmou.

Foi a primeira vez que o rei inaugurou o parlamento em sua nova casa, uma gigantesca estrutura às margens do rio em Bangcoc.

As indicações para o poderoso cargo de presidente da Câmara serão apresentadas na terça-feira.

Embora não haja um cronograma definido, o presidente da Câmara selecionará a data em que os parlamentares votarão no primeiro-ministro.

O líder do MFP, Pita Limjaroenrat, que levou seu partido à vitória em uma onda de promessas reformistas e ativismo popular, é o favorito, mas enfrenta uma investigação que pode levá-lo à desqualificação.

A comissão eleitoral está investigando cerca de 80 reclamações sobre a realização da votação de 14 de maio.

Pita também precisa reunir a maioria em ambas as casas para garantir o cargo de primeiro-ministro, inclusive entre os 250 membros do Senado escolhidos a dedo pela última junta.

Um número desconhecido de senadores já disse que não votará nele como primeiro-ministro, embora Pita e seu partido digam que estão confiantes em garantir o cargo.