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Diário


Acabei de chegar a casa. Estive com um grande amigo meu, que não o via há uns anos. Vive em Serpa. É professor aposentado de Física e Química. Entre dois gin tónicos, conversamos de tudo: que Ainda somos um País de Fátima, Futebol e Fado; demora o seu tempo o cumprimento da nova Lei da Concordata, separação do Estado e da Igreja Católica (2004); o censos dá 80% de católicos, mas isso porque os pais baptizam os filhos na Igreja. Há uma "pressão" social, familiar. Estranha-se ainda só registar os filhos no Cartório. Acreditamos que entre 60% a 70% não fizeram o crisma. Haverá uns 30% que realmente vão à missa. 
Desejaríamos que os padres católicos casassem. Que as freiras pudessem ter o mesmo papel dos padres: baptismos, casamentos, funerais. Que, como tudo neste País, também o agrupamento de paróquias não faz sentido. O António é agnóstico, mas lembrei-lhe que não pode dizer isso porque não fez ainda a apostasia. 
Depois saltamos para a filosofia. Walter Benjamim veio à baila. Conversamos que ele tinha razão num raro ensaio ecologista marxista, em que ele postula que o capitalismo atroz irá destruir a Natureza e esgotar os recursos. Foi talvez um dos pioneiros do ecologismo. E finalmente o que nos une, há muitos anos: os Mesmos poetas, os mesmos autores, o naturismo, uma predileção pelos anarquistas e os mesmos gosto musicais. 
Somos como as borboletas. Parecemos fortes, mas vita brevis e os nosso actos devem ser suaves, preventivos e mais de acordo com os ritmos da Natureza . Até amanhã.


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