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Roque Alfaro - O último jogador de linha número 1 da Seleção Argentina

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Alfaro atuando com a Argentina

A Seleção Argentina tinha uma estranha tradição até tempos relativamente recentes em sua numeração para torneios oficiais, incluindo aí a Copa do Mundo: os jogadores serem numerados por ordem alfabética. A tradição curiosa do time argentino, que se permitia a raras exceções (como Maradona com a 10) durou desde os primórdios da numeração de futebol até, vejam só, 1987, quando a Copa América foi a última competição que o time argentino fez isso. O atacante Roque Alfaro, que completa 67 anos neste dia 15, foi o último "privilegiado" a jogar com a número 1 na linha.

A Copa América de 1987 foi um torneio disputado dentro da Argentina, que foi o país sede do torneio e terminaria, a exemplo da edição de 2011, com o título da Seleção Uruguaia. Aquela seria a última vez, em um torneio competitivo, pelo menos, que um jogador da seleção albiceleste usaria a camisa de número 1 jogando na linha e não no gol, como é o tradicional do número. 

Alfaro era reserva naquela competição e sequer chegou a marcar gols na campanha que levou a Argentina a desclassificação nas semifinais, justamente diante do rival Uruguai. Como jogador, atuou por muito tempo no Newell's, em duas passagens, além de times como América de Cali, Panathinaikos, River Plate e O'Higgins. Também teve alguns anos como treinador, tendo seu último clube em 2007, o modesto Junventud Antoniana.

A Argentina atuou inclusive durante algumas Copas do Mundo com a numeração em ordem alfabética, tendo jogadores de linha campeões com a camisa 1 nos seus dois primeiros títulos. Em 1978, Norberto Alonso foi campeão usando a camisa 1 e em 1986 foi a vez do atacante Sérgio Almirón. Curiosamente nenhum dos dois era exatamente titular absoluto nas equipes que foram campeãs da Copa do Mundo. Quatro anos antes do primeiro título mundial argentino, o atacante Ayala chegou a marcar em 1974 com a número 2. 


A Seleção Argentina não foi a única a ter jogadores de linha com números estranhos, já que a Holanda tinha o atacante Geels com a número 1 em 1974 e o Brasil teve uma confusão na numeração em 1958 que só não transformou um jogador de linha em camisa 1 pois o uruguaio que fez a numeração, já que a CBD mandou a lista sem números, conhecia o goleiro Castilho e alguns outros jogadores de torneios anteriores (o que ocasionou Pelé com a 10.).

A partir da Copa América de 1989, a "estranha" tradição da Argentina se encerrou, com o bom goleiro Pumpido usando a número 1 naquela competição. Desde então, os números de jogadores de linha passaram a ser congruentes com a posição em que jogavam. No título de 2022, a camisa número 1 era de Franco Armani, que aliás era o goleiro reserva do titular Martinez, figura já lendária da seleção que joga com a 23.


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