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Agente de atletas, ex-jogador e empresário: quem já foi preso preventivamente pelo esquema de apostas?

Com informações da Agência Estado
Foto: reprodução

As operações do Gaeco

A Justiça de Goiás determinou a prisão preventiva de três pessoas que fazem parte de um esquema fraudulento envolvendo apostas esportivas em jogos das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de 2022 e do Paulistão e Campeonato Gaúcho deste ano. Bruno López de Moura, Romário Hugo dos Santos e Thiago Chambó de Andrade são suspeitos de liderar uma quadrilha que cooptava jogadores para realizar ações deliberadas em campo, como receber cartões amarelos e vermelhos ou cometer faltas. Em troca, os atletas recebiam vantagens financeiras de até R$ 100 mil. Os presos estão em São Paulo, mas devem ser transferidos em breve para Goiânia, onde as investigações estão concentradas.

A Justiça de Goiás tornou réus 16 denunciados, incluindo sete jogadores. Os casos também são investigados pela Polícia Federal, que instaurou inquérito por determinação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, acatando um pedido da CBF.

Bruno López - Apontado como líder do grupo, Bruno López, identificado na denúncia também como “BL”, já havia sido preso durante a primeira fase da Operação Penalidade Máxima, realizada em fevereiro e que mirava apenas jogos da segunda divisão nacional. Ele foi solto por meio de habeas corpus e voltou a ser detido quando a segunda fase da operação foi deflagrada. Bruno é dono da empresa BC Sport Management, que agencia a carreira de dez atletas, e foi o pivô das investigações sobre esquemas de apostas.

De acordo com o MP, a investigação teve início em novembro de 2022, quando o presidente do Vila Nova, de Goiás, Hugo Jorge Bravo, denunciou o aliciamento de jogadores de seus clubes para provocar eventos específicos em jogos do time.

“O citado noticiante evidenciou a atuação ilícita de Bruno Lopez de Moura na manipulação dos resultados das partidas entre Vila Nova x Sport, Tombense x Criciúma e Sampaio Corrêa x Londrina, destacando que Bruno López afirmou para ele que realizara tratativas com Romário, atleta do clube, para que organizasse e providenciasse, ainda que com terceiros, o cometimento de pênalti de sua equipe no primeiro tempo da vindoura partida com o Sport Club Recife”, detalha a denúncia. A partida era válida pela 36ª rodada da Série B, realizada no dia 21 de outubro de 2022.

A fraude veio à tona porque Romário não cometeu o pênalti, frustrando as apostas, como está descrito na acusação. “Tem-se que o próprio Bruno López detalhou para o presidente do Vila Nova os valores combinados com os atletas em caso de êxito e acrescentou que, como somente no jogo do Vila Nova Futebol Clube não houve o cometimento de pênalti, as apostas foram frustradas e agora ele cobrava de Romário o prejuízo em montante superior a R$ 500.000,00.”

O esquema movimentou no período compreendido pela investigação, do segundo semestre de 2022 até a data da primeira batida, mais de R$ 1 milhão somente por meio da mulher de Bruno López, Camila Silva Motta, também ré no processo. A audiência de custódia de Bruno foi realizada em 19 de abril. Seu advogado, Ralph Fraga, diz que o cliente vai se explicar somente durante o interrogatório e evita comentar o fato de ele ser apontado como o cérebro do grupo.

Romarinho - Natural de Belo Horizonte, Romario Hugo dos Santos, conhecido como Romarinho, é ex-jogador e passou pelas categorias de base do Palmeiras, mas não obteve sucesso no futebol profissional, com breves experiências em clubes como Atlético Sorocaba e Ponte Preta, antes de encerrar sua carreira em 2019. Ele possui uma empresa do ramo automotivo na Freguesia do Ó, bairro na zona norte de São Paulo. A firma não está na mira do MP.

Romarinho teve seu nome citado nas mensagens enviadas por um apostador a Bauermann, em 2022, quando o zagueiro do Santos foi aliciado para receber cartão em dois jogos do Brasileirão, contra Avaí e Botafogo. No diálogo, Romarinho revela que teve um prejuízo de R$ 800 mil em apostas e insistiu para que o atleta o ressarcisse – já que Bauermann não teria cumprido sua parte no acordo.


Segundo o MP, o ex-jogador transferiu à conta de Gabriel Tota, do Juventude, R$ 10 mil para que o atleta fosse advertido com um cartão amarelo na derrota para o Goiás, por 1 a 0, no Brasileirão do último ano. Na denúncia, Romarinho estaria envolvido em cinco jogos: Goiás x Juventude, Red Bull Bragantino x América-MG, Palmeiras x Cuiabá, além dos jogos do Santos contra Avaí e Botafogo, todos válidos pelo Brasileirão de 2022.

Thiago Chambó - O terceiro preso é Thiago Chambó Andrade, que nos “prints” do aplicativo Whatsapp anexados pelo MP à denúncia aparece como “TH CH”. Apontado como um dos financiadores do esquema, ele possui uma empresa com CNPJ vinculado ao bairro do Bom Retiro, no centro de São Paulo. Nas conversas obtidas pela investigação, ele aparece encaminhando comprovantes de pagamentos feitos para as contas da esposa de Bruno e também de sua empresa, a BC Sport, seguidos de anotações quanto aos ganhos com as apostas manipuladas.

Ainda de acordo com a denúncia, Chambó foi quem orientou Bruno López sobre os cuidados no fornecimento de endereço, número de telefone e contas bancárias para terceiros, recomendado, inclusive, utilização de laranjas para receber valores e viabilizar o esquema.


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