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Primeiro livro sobre Pelé após sua morte detalha encontro com John Lennon

Com informações da Agência Estado
Foto: reprodução

Pelé e John Lennon

Dias depois da morte de Pelé, em 29 de dezembro do ano passado, o jornalista e escritor Maurício Oliveira reuniu o material que tinha sobre o Rei do Futebol e não havia usado para o primeiro de seus livros sobre o jogador, acrescentou novas informações e, em 15 dias, escreveu o primeiro Livro publicado após a morte do maior jogador de futebol de todos os tempos.

Publicado pela editora Matrix, “Pelé, o Rei Visto de Perto” (editora Matrix Editora, 160 página, R$ 40,00) foi lançado neste mês. Trata-se de um relato panorâmico da trajetória do Rei, acrescido de impressões e lembranças pessoais dos três encontros que Oliveira teve com o eterno camisa 10 do Santos e da seleção brasileira em 2013 para a produção de um primeiro projeto editorial.

Conversas inéditas - O escritor aproveitou essas conversas com o Rei e com pessoas do entorno dele, como o barbeiro Didi, Pepe e Clodoaldo, que assina o prefácio, para escrever em duas semanas a obra que já chegou às livrarias físicas e à Amazon.

“É um livro baseado nas minhas lembranças”, resume o autor. “Tive essa vontade de registrar essas lembranças de uma figura tão importante e ao mesmo tempo prestar uma homenagem. Quem ler o livro vai entender de cabo a rabo como foi a trajetória dele de uma forma bem panorâmica, até porque o futebol era assim na época.”

Os bastidores dos encontros de Oliveira com Pelé, diz o autor, são os pilares da construção da narrativa, como a prosaica conversa que tiveram sobre o desafio de educar filhos adolescentes e a captação de detalhes curiosos. Um deles, bem à moda antiga, diz respeito ao modelo ultrapassado do celular de Pelé à época da terceira e última entrevista, em 2013.

“Fiz essa reconstrução da carreira dele bem panorâmica com passagens da minha própria experiência”, afirma o jornalista. “Por exemplo, o Pepe estava cortando cabelo no Didi, barbeiro eterno do Pelé. Os dois me contaram 56 anos depois que foi exatamente ali que eles conheceram o Pelé.”

Encontro ilustre - O livro mostra traços da personalidade em campo e fora dele do Rei do Futebol, construída com contornos do pai, João Ramos do Nascimento, o Dondinho, e da mãe, Maria Celeste Arantes, a dona Celeste. Dondinho era “solto”, pouco dado a rigores. Celeste, hoje com 100 anos, sempre foi rigorosa e exigia da família que as regras fossem cumpridas.

Também detalha histórias curiosas, como o encontro de Pelé com John Lennon em uma escola de idiomas em Nova York. O cantor estudava japonês e o atleta, inglês. “Imagine um aluno comum na escola vendo esse encontro?”, pergunta, aos risos, o autor. “O John Lennon contou que na Copa de 1966 os Beatles queriam fazer um show na concentração da seleção brasileira, mas o supervisor da seleção (Carlos Nascimento) não deixou”, recorda-se ele.

Nascimento, um sujeito ríspido e conservador, apelidado pela imprensa de “homem mau da seleção”, achava que os Beatles eram “muito cabeludos”. “Esse bando de cabeludos não vai entrar aqui, não!”, determinou o supervisor da seleção à época.


Outra passagem - Outra passagem da obra retrata como Pelé salvou a vida do famoso fotógrafo Sebastião Salgado na África, em 1994. Oliveira escreve que o episódio é a melhor síntese da universalidade do Atleta do Século.

Salgado estava às margens de um rio na fronteira entre Ruanda e Tanzânia quando foi abordado por um grupo de tutsis, então em conflito com os hutus, apoiados pela França. O fotógrafo foi confundido com um francês e passou a gritar desesperadamente que era brasileiro. Só conseguiu convencer os tutsis porque gritou “Pelé” repetidas vezes. “Ele disse que só se salvou por causa disso. Até falou sobre futebol com os tutsis”, comenta o escritor.

A orelha do livro é assinada pelo empresário Abílio Diniz, “em mais uma demonstração de como o Pelé une gente de diferentes segmentos”, considera Oliveira. A obra tem trechos selecionados de respostas dadas por Pelé durante as entrevistas sobre infância, fama, racismo, Santos e política, entre outros assuntos, e é encerrada com as capas dos principais jornais do mundo, incluindo a do Estadão, no dia seguinte à morte do Rei.


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