Os australianos passam por uma renovação em seu elenco e que ainda não surtiu os efeitos esperados. A equipe não é nem de longe a melhor da Ásia, e nesta campanha necessitou passar pelos playoffs de repescagem continentais contra os Emirados Árabes para só depois encarar o Peru e conseguir sua vaga no Mundial. Com nomes com pouca relevância, mas um esquema sólido defensivamente, a equipe tentará surpreender e brigar por classificação neste duro grupo D. Vale ficar de olho no atacante Garang Kuol, que é talvez a grande aposta do futebol local para os próximos anos.

A Espanha vem fazendo uma renovação desde 2018, quando caiu para a Rússia nas penalidades. A equipe implantou uma filosofia diferente, convocando jogadores mais jovens e deixando os medalhões de lado. Os únicos titulares da última Copa que foram convocados nesta temporada foram Jordi Alba, Sergio Busquets e Koke. No seu último amistoso preparatório para a Copa, a seleção espanhola venceu por 3 a 1 a Jordânia.

A Costa Rica que surpreendeu na Copa de 2014, mas acabou fracassando em 2018, está de volta. A equipe manteve a base da última competição, mas dessa vez espera voltar ao mata-mata. O time usa a força física e a rapidez para surpreender os adversários, além de ter uma boa bola parada, com jogadores altos e que tem um grande impulso. O experiente Bryan Ruiz, ex-Santos, vai para a sua última Copa do Mundo.

A Alemanha vem de uma decepção na Copa de 2018, quando ficou em último no seu grupo e foi eliminada. A seleção mudou de técnico, mas mantém uma boa base das últimas competições e trouxe novos talentos que surgiram nas últimas temporadas. O time vem em busca de se redimir e tem um time muito forte e muito bem treinado.

A equipe japonesa vem de uma boa Copa de 2018, quando dificultou os jogos para grandes equipes e ainda teve a partida na mão para eliminar a Bélgica, mas acabou tomando a virada nas oitavas de final. O time manteve uma boa base daquela competição e trouxe alguns novos talentos. A seleção fez três amistosos recentemente e uma vitória, um empate e uma derrota.

Algoz do Brasil na última Copa, a Bélgica é a grande favorita para assumir o primeiro lugar do grupo e chegar às oitavas de final. Tem boas possibilidades também de ao menos chegar às quartas de final, podendo inclusive reencontrar Neymar e companhia em solo catari. O goleiro belga, Courtois, é um forte candidato ao Prêmio Luva de Ouro do torneio, liderando seu país, que tem ainda Kevin De Bruyne como preocupação às defesas adversárias.

Vice campeã na última Copa, disputada na Rússia, a Croácia chega, em tese, como segunda força deste grupo, embora tenha se classificado às semifinais da atual Liga das Nações, algo que os belgas não conseguiram. Atual detentor da Bola de Ouro, o meia Luka Modric lidera mais uma vez a equipe croata, comandada novamente pelo técnico Zlatko Dalic.

Em outros tempos um fortíssimo time do continente africano, desta vez Gana chegará um pouco menos tarimbada ao Catar. O time ganês chega com diversos jogadores tarimbados e experientes, mas outros nomes não tão conhecidos no cenário do futebol. Diferente de outros tempos, desta vez Gana terá que fazer um campeonato forte para conseguir sonhar com a classificação. Inicialmente, não entra como favorita, diante da força apresentada principalmente por portugueses e uruguaios, mas é claro que pode surpreender. Os destaques do time são os atacantes Jordan Ayew (Crystal Palace) e o meia Thomas Partey (Arsenal).

Aqui temos uma curiosa questão, já que será que é possível que achar que o Uruguai vá longe é necessariamente uma “surpresa”? A Celeste Olímpica chega para a Copa do Mundo do Catar com um dos times mais interessantes deste mundial. Dona de uma história incrível para um país que possuí apenas três milhões de habitantes, o Uruguai é certamente um dos países que mais respira futebol na terra e se considera (e de certa forma é) tetra campeão do mundo. Chega para o Catar com ótimos nomes em seu elenco, seja pelos experientes e conhecidíssimos Cavani e Suarez ou pelos jovens e já pilares em seus clubes Valverde e Darwin Nuñez. A junção de experiência e juventude é o que promete fazer da Celeste um dos times favoritos a serem uma surpresa da competição e se conseguirem a liderança da chave terão um caminho bem interessante para chegar quem sabe até a decisão.