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Sobre a Virtude da Fidelidade

Tags: fidelidade
Sobre a Virtude e a Qualidade Humana da Fidelidade
  1. Somos fiéis quando mantemos a palavra dada. Também somos considerados fiéis se cumprimos com nossas obrigações e compromissos - hora em que devem ser cumpridos - apesar das eventuais dificuldades. 
  2. Somos fiéis quando mantemos os compromissos de toda a vida estabelecidos com Deus; com o conjugue; com os amigos e com aqueles que dependem de nós como clientes; empregados; etc. 
  3. A virtude da fidelidade se conquista a com sua prática cotidiana, no cumprimento fiel do pequeno dever de cada dia: levantar cedo todos os dias; fazer a ginástica nos dias determinados; cumprir com os deveres de casa; profissionais e familiares sem adiamentos etc. 
  4. Pelo exercício da fidelidade nas pequenas coisas cotidianas acabamos desenvolvendo a qualidade moral da fidelidade nas coisas que custam mais. Quem já não experimentou a boa sensação de que uma atividade que inicialmente nos custava, aos poucos, a medida que a cumprimos fielmente, ela vai se tornando cada vez mais fácil a ponto de nos admirarmos que isso pudesse nos custar tanto. 
  5. O sentimento e os estados de ânimo do homem são mutáveis e sobre eles não se pode construir uma vida de fidelidade. A virtude da fidelidade aparece como expressão prática que gera obras reais de amor apesar de sacrifícios pela firmeza que adquire do amor; do amor verdadeiro. Sem amor – não sentimento necessariamente; mas expressão consciente da vontade – aparecem logo as fissuras nos compromissos assumidos. 
  6. A fidelidade aos compromissos por toda uma vida é possível pela fidelidade no pequeno e por recomeçar toda vez que saímos um pouco do caminho. 
  7. Um valor por si mesmo não possui força para gerar fidelidade. É preciso perceber a importância desse valor, no tempo, na sua perenidade. Só o que nos parece importante na longa duração nos leva a ser fiéis. E isto por esse anseio natural da alma de eternidade que se transcende, na sua temporalidade, quando se molda pelas virtudes, que são meios de modelar o amor. 
  8. É porque se crê na importância de um determinado valor, como por exemplo o valor da família, que a fidelidade adquire o seu valor ativo. Através da fidelidade transcendemos nossas limitações. A fidelidade é uma vitória sobre as diversidades internas e externas, é uma perenização do que vale a pena no tempo. 
  9. A função da fidelidade é exatamente aperfeiçoar a pessoa no tempo. Se eu acredito que alguma coisa é um valor creio que é eterna. Isso é fidelidade. Percebo a eternidade do valor que elegi. A fidelidade é prática dessa crença de eternidade daquilo que elegemos como um valor. 
  10. Não podemos ser fiéis ao ideal de família mudando de esposa quando nos convém nem podemos nos dizer defensores da família se estamos vivendo situações contrárias como ser amante de um homem casado por exemplo. Por isso a fidelidade não pode ser coisa de momento ou apenas de discurso, mas é prática e dever ser profunda a ponto de mover o nosso modo de ser. 
  11. A fidelidade é construída na vida cotidiana mas tem "as vistas" para a eternidade. Se nos deixamos levar pelos caprichos, as inconstâncias, ou melhor, infidelidades, inviabilizamos um projeto pessoal, não só porque as circunstâncias variáveis do instante acabam por nos escravizar, como porque o tempo não volta para refazermos nossa reputação de outra forma. 
  12. Um corrupto não só se "acostuma" com a corrupção, como não pode voltar no tempo e construir uma nova reputação. É no tempo, na fidelidade diária que construímos nossa reputação. O que somos, construímos no tempo. Por isso o tempo real, atual, este que você está lendo isto agora, é um presente, porque permite você construir não só o tempo presente como o que o transcende. A fidelidade liberta, pela transcendência, do imediato para um projeto maior. 
  13. Somos fiéis quando mantemos a palavra dada. Se cumprimos com nossas obrigações e compromissos apesar das eventuais dificuldades então temos a virtude da lealdade. Somos fiéis quando mantemos os compromissos assumidos, aqueles estabelecidos por Deus, aqueles referentes ao nosso cônjuge, os de amizade, e todos aqueles compromissos referentes à nossa vida profissional como compromissos de qualidade para com os clientes, de honestidade e justiça para com os empregados, etc. A fidelidade é uma virtude que dá muita dignidade à nossa pessoa e à vida em sociedade, dá muita qualidade. 
  14. A pessoa fiel aspira a transcender espaço e tempo pela construção de um bem maior no tempo. Podemos dizer que a fidelidade não pode prescindir de tempo. A vitória é sempre a conquista de um bem anelado, sobre dificuldades no tempo pela virtude da fidelidade. 
  15. Quando aderimos a uma causa nobre e lutamos por ela é ela que nutre a nossa fidelidade. Por isso o amor verdadeiro, grande não pode ser dedicado a ninharias, ou logo desistimos. Se uma esposa é apenas uma conveniência momentânea para a satisfação sexual, ou de vaidade o ideal é pequeno para uma longa fidelidade. Onde o amor é pequeno, a fidelidade é curta, o tempo longo e os sacrifícios, mesmo pequenos, insuportáveis. É preciso estar unido a Deus, o próprio amor, fonte de todo bem, para mantermos a fidelidade. 
  16. A fidelidade corrobora o que há no coração. Se é pouco, pouco durará. E isto porque a fidelidade é a evidência da própria crença no valor, é expressão do próprio amor. A fidelidade não se pode comprar sem ser com moedinhas, ou seja, por pequenos gestos cotidianos de fidelidade. Assim que mesmo que uma pessoa admire e queira ter um título importante, se não é fiel no pouco, será apenas vaidade o seu querer e logo nos primeiros esforços deixará de realizar o que deve para alcançar o título que almeja. Porque era só vaidade, a vontade não está treinada na fidelidade. 
  17. A lealdade é conquistada dia após dia, e este crescimento tem o seu relacionamento com ele mesmo. Portanto as variações de capricho sufocam o desenvolvimento da fidelidade porque as circunstâncias momentâneas acabam por escravizar, ou os eventuais sacrifícios nos fazem abandonar o sonho. 


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