Apontando ao topo da tabela da Liga Betclic, o Benfica enfrenta o Braga neste domingo, 17 de dezembro, às 20h30, no Estádio Municipal de Braga. No Minho, frente a um adversário que está a um ponto das águias, o objetivo é somar os três pontos na 14.ª jornada da competição.

Em conferência de Imprensa, no Benfica Campus, Roger Schmidt admitiu que os arsenalistas são uma "equipa muito boa". Alertado para a "qualidade individual" dos jogadores rivais, o treinador dos encarnados reconheceu que é necessário dar continuidade ao bom momento do coletivo.

Só dessa forma, com o foco na parte tática e na criatividade, será possível bater o Braga. Questionado sobre o onze, o míster reconheceu que o golo de Arthur Cabral frente ao Salzburgo, na Liga dos Campeões, foi importante para o avançado, mas não abriu o jogo quanto à eventual titularidade do atacante brasileiro.

Benfica e Braga estão num bom momento. O que espera desta partida?

Esperamos um oponente muito bom. O Braga é uma equipa muito boa, muito experiente, com muita qualidade individual, que toma boas decisões com bola. São muito eficientes no ataque, particularmente quando têm espaço. É um grande jogo, precisamos de uma performance de topo para vencer. É o nosso objetivo. Temos estado muito bem nas últimas semanas e temos de continuar. Temos de estar muito focados na parte tática, defender muito bem e também voltar a mostrar a nossa qualidade ofensiva com bola. Penso que temos estado muito bem, somos muito criativos, flexíveis e temos de lutar pelos três pontos durante os 90 minutos, além da compensação. Espero um jogo difícil, equilibrado. No final, a melhor equipa vencerá.

Até ao momento, o Benfica é a única equipa que ganhou os duelo entre os grandes. Isso traz uma motivação suplementar?

Não precisamos de motivação extra. Estamos Sempre muito motivados, porque queremos ser campeões. É sempre difícil competir contra Sporting, FC Porto ou Braga. Estes jogos são duelos com adversários diretos e podem ser decisivos. Podemos ganhar pontos, ou não. Estes jogos fazem sempre parte do nosso foco, mas estamos na 14.ª jornada. Não estamos no fim da época, e estes encontros não são decisivos. Passo a passo, queremos melhorar a nossa situação na Liga. Todas as equipas [da frente da tabela] estão muito próximas. Nós estamos muito perto e estamos num momento de forma muito bom. Por isso, podemos encarar o Braga com um bom feeling. Estamos otimistas, podemos fazer um jogo muito bom. Se jogarmos bem, temos chances de vencer.

O golo de Arthur Cabral, na vitória em Salzburgo, mudou alguma coisa? Trouxe mais confiança à equipa? Ele poderá estar no onze inicial no domingo?

Mudou muita coisa! Para os avançados é muito importante marcar, especialmente quando se é novo no Clube e o início não foi perfeito. Cada golo é importante para a confiança, e se for um golo como o de terça-feira, que foi decisivo e importante para a equipa, mesmo só jogando quatro ou cinco minutos... Ele fez o que um avançado tem de fazer, e foi muito bom para ele. É sempre uma opção para o onze e temos de encontrar os titulares certos para amanhã [domingo], mas também ter um bom banco, com bons jogadores, pois nunca sabemos o que acontece durante o jogo. Às vezes precisamos de mudanças táticas, é preciso ajustar, trazer mais equilíbrio ao meio-campo, colocar jogadores que defendam bem... Logo, precisamos de um bom onze inicial, mas também precisamos de ter bons suplentes, como tem acontecido nesta época e na anterior.

Uma das expressões que mais tem utilizado desde que é treinador do Benfica é "o momento"... Arthur Cabral foi decisivo em Salzburgo, esse "momento" coloca-o no onze para domingo, ou prefere o que Tengstedt tem dado à equipa?

Não decidi ainda quem vai estar no onze. O momento esteve lá para o Arthur, mas todos os avançados já tiveram oportunidades nesta época para serem titulares. No último jogo o Casper [Tengstedt] foi a minha primeira escolha, tem tido um bom desempenho do ponto de vista tático, e fisicamente é forte, corre muito e pressiona imenso, apoiando no meio-campo e na defesa. O Petar [Musa] é semelhante, já o Arthur é um pouco diferente, todos sabemos que pode jogar mais do que o que mostrou até agora e cada golo marcado vai ajudá-lo nisso. Ainda vou pensar nas melhores escolhas para domingo.

Rafa marcou dois golos nas duas últimas partidas, mas perdeu muitas oportunidades. Acha que pode estar a ser afetado por se encontrar em final de contrato?

Na minha opinião, Rafa encontra-se num momento de forma muito bom. Se é capaz de ter muitas oportunidades durante um jogo, é porque está muito bem, porque não é fácil ter lances para marcar perto da baliza. Se apresenta um bom timing, jogadas de combinação para estar disponível na área, é porque está bem. E nós estamos muito bem. É sempre bom sinal criar grandes oportunidades para marcar. Por exemplo, o golo que marcámos na terça-feira [contra o Salzburgo] no último minuto não é por acaso. É um golo que se alcança com muita qualidade. Perante vários jogadores a defender, tentando evitar o golo, marcar no último minuto, conseguir criar ocasiões e marcar é bom. Rafa, com frequência, é um dos jogadores que criam esses momentos. Esforça-se e claro que gostaria de marcar mais, mas é o seu estilo de jogo. Se fosse muito eficiente, marcaria 25/30 golos por época. Não marcar sempre é algo que nada tem que ver com o contrato, é o seu estilo de jogo. Esperamos que continue como até aqui, mas um pouco mais eficiente.

Olhando para as equipas portuguesas na Liga Europa [Benfica, Sporting e SC Braga], considera que existe a possibilidade de uma delas ganhar a prova?

Há sempre uma oportunidade para vencer também nas competições internacionais. Os clubes portugueses já mostraram no passado que podem ganhar esta competição, seja a Liga Europa ou a Liga dos Campeões. Parece sempre mais fácil na Liga Europa do que na Liga dos Campeões, mas, no fundo, todas as equipas nas provas são boas e competitivas e temos de jogar contra todas, particularmente nas fases mais avançadas. Mas, sim, há a possibilidade de vencer! As equipas portuguesas são de topo, já mostraram que são muito competitivas, e tudo é possível.