satisfeito com a condição física dos jogadores após a pausa para os compromissos internacionais, na conferência de Imprensa de antevisão ao duelo da 5.ª jornada da Liga Betclic em Vizela, agendado para as 20h30 deste sábado, 16 de setembro.

Destacando as dificuldades que os encarnados vão encontrar no Minho, o treinador assegurou que estão reunidas todas as condições para a equipa exibir-se a alto nível numa partida que marca o início das sequências de três jogos por semana, nas quais quer ver a confirmação do sucesso do trabalho até aqui desenvolvido.

O técnico das águias também revelou que Bah está apto para jogar e que Jurásek, Bernat e Gonçalo Guedes estão a dar passos seguros nas respetivas recuperações.

Como foi a preparação para o jogo com o Vizela? Como estão os Jogadores que voltaram das seleções?

Estou muito contente com a condição dos jogadores. Voltaram bem-dispostos e estão todos aptos, para mim Isso é a coisa mais importante. A preparação é sempre diferente com o intervalo das seleções, porque às vezes os jogadores voltam muito tarde, têm um treino e têm de estar prontos outra vez. O último treino foi muito bom, por isso estamos entusiasmados. É sempre difícil jogar em Vizela. Adversário agressivo, estádio pequeno, viagem longa, por isso é um desafio para nós, mas estamos muito bem preparados. Sabemos que, quando jogamos ao nosso melhor nível, Temos chances de vencer o jogo e é esse o nosso objetivo.

Pode fazer uma atualização da condição física de Bah, Jurásek e Bernat?

Alexander Bah não tem qualquer problema e está apto para jogar. Teve uma pequena mazela ao serviço da sua seleção, mas foi observado, recuperámo-lo e treinou sem limitações durante esta semana. Jurásek, Bernat e Gonçalo Guedes têm alguns problemas. O Juan [Bernat] veio com um de Paris e estamos a trabalhar nisso. Os restantes jogadores já estão a trabalhar e, hoje [sexta-feira], estiveram todos no relvado. Agora temos de decidir dia a dia e jogo a jogo quando é que eles podem fazer parte da equipa. É difícil para mim prever os seus regressos. Tenho de tomar decisões para amanhã [sábado] e, depois, para quarta-feira. Temos muitos jogos e queremos que eles regressem o mais rápido possível, mas sem correr qualquer risco. Neste momento, todos os jogadores parecem muito bem.

De que ambiente está à espera?

É um estádio pequeno com adeptos entusiastas. Vão estar adeptos do adversário no estádio, mas, com certeza, os nossos adeptos também estarão lá. Espero que esteja um ambiente muito bom e vamos tentar concentrar-nos no que queremos fazer em campo.

Trubin está pronto para jogar?

Ele estava pronto quando chegou, mas já expliquei as razões que me levaram a apostar no Samu [Samuel Soares] nos últimos jogos. Ele estava numa condição muito boa e o Trubin era novo, não tinha feito a pré-época e não tinha a conexão desejada com os colegas. Era importante adaptar-se a isso tudo, especialmente jogando nesta posição. O Trubin esteve com a sua seleção e não jogou, mas regressou muito bem-disposto e, na minha opinião, ele agora está mais confiante e mais integrado no grupo. Tenho de tomar uma decisão para amanhã [sábado], mas estou muito feliz com o plantel e com os guarda-redes que tenho. Para o desenvolvimento do Samu foi muito importante ter minutos na equipa principal do Benfica. Agora temos uma situação de concorrência e tenho de decidir quem joga.

Di María tem batido os penáltis nesta época e o João Mário era o batedor de penáltis na última temporada. Pode explicar esta decisão?

João Mário esteve muito bem a bater penáltis na temporada passada, muito seguro. Marcou vários e, depois, falhou um ou dois, perdeu um pouco de confiança, isso é normal para um batedor de penáltis. Se falhares, às vezes há um novo desafio. Acabámos a época e, agora, temos opções diferentes. Temos muitos bons batedores de penáltis. O João Mário, o Ángel [Di María] está habituado, é muito bom, o Kökcü e o Arthur Cabral também são muito bons. Todos estes jogadores bateram penáltis no passado nos seus clubes. Temos de tomar decisões. Ángel [Di María] bateu os primeiros logo nos jogos amigáveis e está a fazê-lo muito bem, com muita confiança. Para cada jogo, temos opções diferentes. De momento, o Ángel [Di María] é a nossa primeira escolha, mas claro que o João Mário pode voltar a bater penáltis no futuro.

Está satisfeito pela forma como tem rodado a equipa?

Se não estivesse feliz, mudava. A minha responsabilidade no Benfica é ganhar jogos. Os nossos objetivos são muito altos e penso que todos os jogadores têm as mesmas oportunidades de jogar. Não faço distinções entre eles. Os melhores entram em campo e, se jogarem bem, as hipóteses de atuarem novamente são muito altas. Quando não estão no onze, precisam de ter alguma paciência, ser bons nos treinos e, quando entram, aproveitar bem os minutos em campo. Têm de esperar pela oportunidade e, na minha opinião, já tivemos bons exemplos disso na época passada. João Neves, Chiquinho e, no princípio, Aursnes e Bah continuaram focados no treino até estarem prontos. Aproveitaram o seu momento e mostraram que há oportunidades para todos. Não há uma obrigação de rodar permanentemente. Estamos no futebol profissional e, no Benfica, o que conta é ganhar jogos.

A Alemanha não tem selecionador neste momento. Consideraria a proposta de ser o próximo selecionador alemão antes do próximo Campeonato da Europa? Qual é a sua ambição?

A minha ambição é estar até 2026 no Benfica, foi por isso que assinei um novo contrato. Quando falámos na primavera em estender o meu contrato, estava a pensar nisso em conjunto com a minha família, de uma forma muito concentrada, e tomei esta decisão. Se me conhecem a mim e ao meu passado como treinador, sabem que sou completamente concentrado no aqui e agora. Estou completamente identificado com o Clube. Estou muito feliz, adoro o Clube, os meus jogadores, o staff. Adoro tudo aqui, e ficar no Benfica foi uma decisão clara.

Na última época, o Benfica teve algumas dificuldades após as pausas para os compromissos internacionais. Trabalhou nesse tema específico para esta temporada?

É sempre um desafio, porque não temos a possibilidade de trabalhar toda a semana com o grupo completo. Vejam o exemplo dos nossos internacionais argentinos. Jogaram na Bolívia a 3500 metros de altitude, fizeram uma viagem de 25 horas até chegarem a Lisboa e, depois, têm de se sentar novamente num autocarro até Vizela e apresentarem-se a um nível alto. Não é fácil, sobretudo na parte mental. É por isso que estes jogos são difíceis, mas já seria sempre complicado jogar lá. Tenho muito respeito por estas partidas, mas o que vi nos últimos dias foi muito positivo e estamos prontos para vencer este jogo.

Disse, após o último jogo, que a época começa realmente agora. Sente a equipa pronta para esta maratona?

Quando digo isso, quero dizer que jogamos com o ritmo a que estamos habituados, com Liga dos Campeões e um jogo a cada três dias. O que fizemos até agora foi muito bom. Ganhámos um título no início. Jogámos quatro jogos na Liga, ganhámos três, perdemos um, com azar, contra o Boavista. Jogámos bom futebol, integrámos os novos jogadores, por isso, neste momento, estamos numa situação muito boa. Os fundamentos estão lá, a motivação e o espírito também. Agora, temos de confirmar a cada três dias que podemos jogar com sucesso, partir sempre para a vitória e trabalhar para os nossos objetivos desta época em todas as competições.