Apesar de considerar que a vitória, por 2-3, ante o Gil Vicente, foi merecida, Roger Schmidt objetivou que a eficácia ofensiva e a organização defensiva do Benfica deveriam ter estado num patamar superior. O compromisso da 3.ª jornada da Liga Betclic disputou-se na noite deste sábado, 26 de agosto, no Estádio Cidade de Barcelos.
O treinador das águias comentou a titularidade de Florentino, a concorrência no centro do ataque encarnado e a possibilidade de Neres e Di María atuarem juntos, em declarações prestadas na conferência de Imprensa e na zona de entrevistas rápidas.
HISTÓRIA DO JOGO
"[Os Benfiquistas] foram fantásticos e apoiaram-nos, precisámos deles hoje. Jogámos bem, nos primeiros 60 minutos controlámos o jogo, fomos bons com a bola, criámos muitos momentos à volta e dentro da área. No final da primeira parte, podíamos ter feito algumas coisas melhor. Depois do intervalo, marcámos um golo muito bom para o 0-2. Depois disso, perdemos um pouco o controlo do jogo. Foi um jogo partido, com muitas transições nas duas direções e claro que isso é muito bom para o adversário, especialmente quando não usamos os nossos momentos de contra-ataque para matar o jogo. Foi assim que voltaram, e tivemos de lutar até ao último segundo para conseguir os três pontos."
REAÇÃO ADVERSÁRIA
"Temos Sempre de respeitar o adversário. Empenharam-se muito, tiveram muitas movimentações e muitos jogadores a tentarem estar disponíveis entre as linhas. 0-2 é um resultado perigoso, com um golo o adversário está de volta ao jogo. Mas, no final de contas, se estivermos a ganhar 0-2 e defendermos bem e não dermos nada ao oponente, ganhamos o jogo. Por vezes, perdemos alguma compacidade. No ano passado, tivemos prestações muito boas nestas situações. Não sofremos muitos golos, porque todos os jogadores trabalharam para defender nestas fases do jogo. Neste momento, não estamos tão compactos. Temos de aprender com isto. Faltou-nos união a defender, normalmente somos muito bons a não dar espaço para subir. Nem todos os jogadores estiveram sempre a apoiar a defesa, por isso houve muito trabalho para os quatro defesas e os dois médios-centro. O Gil Vicente esteve bem, voltou ao jogo, mas, no final, merecemos vencer. Mas também acho que podemos aprender algumas coisas com este jogo."
A QUESTÃO DA EFICÁCIA
"É futebol. Tivemos muitas chances na primeira e na segunda parte e não marcámos. Complicámos à frente da baliza, algumas decisões não foram perfeitas a encontrar o melhor jogador para talvez marcar o segundo ou o terceiro golo ainda na primeira parte. Às vezes, tens tantas oportunidades, que pensas que o próximo golo não vai demorar muito e não estás tão concentrado, e o adversário é ao contrário. Sabem que não vão ter tantas oportunidades e estão muito concentrados nesses momentos. Eles estiveram bem, foram muito eficazes, tal como tinham sido no primeiro jogo contra o Portimonense, em que marcaram cinco golos em cinco remates. Temos de melhorar a nossa eficácia, porque às vezes temos menos chances, mas temos de marcar golos à mesma."
TITULARIDADE DE FLORENTINO
"Temos sempre de pensar na melhor abordagem para cada jogo. O Florentino esteve muito bem durante toda a época anterior, na pré-época e também na Semana Passada quando entrou ao intervalo. Para ter um bom equilíbrio na equipa, colocámos o Florentino e o Kökcü no centro do meio-campo e estiveram bem. O João Neves entrou do banco. Temos sempre de pensar no melhor 11 inicial e na abordagem para cada jogo."
CONCORRÊNCIA NO ATAQUE
"O comportamento do Musa é ótimo, está a jogar muito bem. Teve azar por ter recebido o cartão vermelho contra o Boavista, foi por isso que esteve fora na semana passada. Temos três avançados-centro com ele, o Arthur Cabral e o Tengstedt. A minha escolha hoje foi o Arthur Cabral outra vez porque queremos integrá-lo o mais rápido possível, e começar com ele como avançado-centro foi a escolha correta, na minha opinião. O Tengstedt entrou bem na semana passada, não só por ter marcado um golo, mas porque jogou bem e trabalhou arduamente, por isso é que a decisão foi dar-lhe a chance de jogar primeiro. Mais tarde, o Musa mostrou outra vez que é sempre capaz de fazer alguma coisa quando entra, mesmo que tenha só cinco minutos é capaz de marcar um golo. É bom para a confiança dele, e estes são os melhores argumentos para ter mais tempo de jogo e para começar no onze titular. Temos boa concorrência nesta posição e, a cada semana, temos de tomar decisões."
NERES E DI MARÍA EM SIMULTÂNEO
"É claro que temos sempre de pensar no equilíbrio da equipa, mas podem jogar juntos em campo. Fizeram-no muito bem na pré-época, mas é sempre uma questão da abordagem geral para o jogo. Também o equilíbrio e as condições físicas dos jogadores. O Neres teve alguns problemas durante a pré-época, não está a 100%. Na semana passada esteve muito bem quando entrou, mudou o jogo. Na minha opinião, a melhor opção para hoje também era tê-lo mais tarde no jogo."
