Supertaça Cândido de Oliveira em tons encarnados. A vitória no primeiro troféu oficial da temporada permitiu ao Benfica ultrapassar os dragões no número de títulos conquistados em todas as competições - emblema da Luz tem agora 85 contra 84 dos dragões - e isso deveu-se aos golos de Di María e Musa, que levaram ao êxtase os milhares de adeptos colocados num dos topos do Estádio Municipal de Aveiro.
A festa foi enorme no universo benfiquista assim que o árbitro Luís Godinho deu por concluído o Encontro, com os jogadores da Luz a festejarem efusivamente mais um título diante do grande rival.
Com Sérgio Conceição e Pepe expulsos e no balneário do FC Porto, o resto da equipa azul e branca recebeu as medalhas e ficaram depois no relvado até ao momento da entrega do troféu ao capitão Otamendi.
Ato contínuo, liderados pelo adjunto portista Vítor Bruno, os portistas
abandonaram o relvado cabisbaixos, um sentimento contrastado pelos encarnados, que já munidos das camisolas alusivas à conquista da Supertaça e com cachecóis davam largas à euforia, embalados pela onda vermelha que presenciava a festa nas bancadas.
Do lado portista, assim que se deu o apito final, a desilusão geral, com milhares de simpatizantes azuis e brancos a enrolarem as bandeiras e a abandonarem em passo acelerado as bancadas do Estádio Municipal de Aveiro.
Dentro do palco do encontro, exceção feita ao lançamento de tochas após os golos do Benfica, não houve qualquer incidente de maior, apesar das constantes provocações e impropérios lançados de parte a parte.
E assim foi dado o tiro de partida da temporada oficial, com o Benfica a fazer jus ao estatuto de campeão e a superiorizar-se a um FC Porto que deu imensa luta na primeira parte. Para a história fica a conquista de mais um título para as vitrinas do museu Cosme Damião e uma mancha num espetáculo eletrizante dentro e fora das quatro linhas: o momento em que Sérgio Conceição se recusou a abandonar o relvado após ter recebido ordem de expulsão do árbitro do encontro, Luís Godinho.
