O campeão dos Países Baixos colocou os problemas que o treinador alemão do Benfica esperava, como alertou, aliás, em conferência de Imprensa, mas o Benfica não conseguiu lidar com a pressão alta e a agressividade.
O controlo aparente das águias durante a primeira parte não teve eco no resultado, dado que as poucas ocasiões de perigo criadas morreram normalmente nas más decisões de Rafa.
Do outro lado, o rigor e a eficácia davam pontos e Igor Paixão e Giménez, este último alvo do Benfica para o ataque, davam vantagem justa aos neerlandeses com golos aos 12 e 34 minutos.
O intervalo chegou sem brilho: Aursnes ficou ligado ao primeiro golo, Rafa esteve a milhas da melhor forma, Jurásek não dinamizou o lado esquerdo, Di María e Gonçalo Ramos não foram ameaças para o adversário.
Segunda parte trouxe novidades, e boas, mas demoraram. Ao contrário do que sucede habitualmente, a equipa melhorou à medida que os novos jogadores foram entrando. Neres, Tiago Gouveia, João Neves, Musa, alguns dos nomes que entraram, deram mais e melhor à equipa.
Perto do final, quando o Feyenoord já jogava descontraidamente — e até se dava ao luxo de falhar lances de golo —, surge a reação prática do Benfica. Ao minuto 85, Neres descobre Tiago Gouveia, este ganha ressalto atrás de ressalto até chegar à linha e cruzar para Musa, que aproveita má ação defensiva e empurra para o 1-2, dando mais justiça ao que se passava no De Kuip.
Segunda derrota seguida do Benfica, após perder com o Burnley (0-2). Mais grave para Schmidt: duas primeiras partes, com equipas prováveis para a Supertaça, sem qualquer golo apontado.