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2022/23: uma grande temporada!


 

Os números são esmagadores. Das 46 competições oficiais nacionais de primeiro plano do escalão sénior (masculino e feminino) das 6 modalidades mais mediáticas (andebol, basquetebol, futebol, futsal, hóquei em patins e voleibol), o Benfica disputou 44 e triunfou em 27, o que corresponde a 59% do total e a 61% das que poderia ganhar.

A elevada quantidade de títulos e troféus ganhos resulta da forte aposta no ecletismo, incomparável, no país, em amplitude e competitividade. O pecúlio obtido em 2022/23 não se cinge às modalidades supracitadas, estendendo-se a outras coletivas e a várias de cariz mais individual, comummente englobadas no Benfica olímpico.

O Benfica é o clube que mais contribui para o desenvolvimento do desporto português, facto que encontra na vertente feminina expressão redobrada. A acompanhar a fortíssima presença eclética está a assinalável competência das equipas, com impacto significativo no palmarés do Clube e no acervo do Museu Benfica – Cosme Damião.

FUTEBOL À BENFICA

A chegada de Roger Schmidt para o comando da equipa técnica gerou elevadas expectativas. Com o técnico alemão vinha a promessa de uma equipa a jogar à Benfica, de acentuado cariz ofensivo e busca permanente de vitórias, na qual os jovens jogadores formados no Clube teriam preponderância.

Cedo se verificou que às palavras sucederam os atos. O primeiro objetivo da temporada foi alcançado com distinção. A equipa ultrapassou Midtjylland e Dínamo Kiev, vencendo as quatro partidas e qualificando-se para a fase de grupos da Liga dos Campeões, enquanto, no Campeonato Nacional, só soube ganhar.

Por altura da paragem das competições devido à realização do Campeonato do Mundo no Catar, as águias lideravam a Liga Portugal, ao fim de 13 jornadas, com 8 pontos de avanço sobre o 2.º classificado e haviam alcançado o 1.º lugar no grupo H da fase de grupos da Liga dos Campeões, superando PSG, Juventus e Maccabi Haifa. O desempenho assumia contornos históricos. Na principal prova nacional, o registo de 12 vitórias e 1 empate só do pleno de triunfos conseguido em 1972/73 ficava aquém; e, na fase de grupos da Liga dos Campeões, os 14 pontos somados, fruto de 4 vitórias e 2 empates, foi a melhor pontuação de sempre dos encarnados, além de terem ainda estabelecido o recorde benfiquista de golos marcados numa parti da desta fase (6 em Haifa).

Ao longo do Mundial, no qual marcaram presença 6 futebolistas do Benfica (António Silva, Gonçalo Ramos e João Mário, por Portugal; Bah, pela Dinamarca; e Enzo e Otamendi pela Argentina, que venceria a prova), foi disputada a Taça da Liga. Os 7 pontos somados nos 3 jogos da fase de grupos foram insuficientes para seguir em frente na prova devido à menor diferença de golos do que a registada pelo Moreirense. No regresso ao Campeonato Nacional, o Benfica sofreu a primeira derrota da temporada. Para trás ficavam 28 jogos oficiais invictos desde o início da época, igualando o recorde estabelecido em 1971/72 e repetido em 1977/78.

O triunfo nos Açores ante o Santa Clara, na última jornada da 1.ª volta, foi o pontapé de saída para uma série de 10 vitórias consecutivas na prova, 6 delas em deslocações sem qualquer golo sofrido, o máximo na história do Benfica na competição, só em 1975/76 e 1977/78 conseguido anteriormente. Durante este período ocorreu também a passagem aos quartos de final da Liga dos Campeões, deixando para trás o Brugge, e a eliminação da Taça de Portugal nos quartos de final, em Braga, com influência nefasta de uma arbitragem infeliz.

O Inter foi o adversário nos quartos de final da Liga dos Campeões, e o jogo da 1.ª mão, realizado na Luz, foi saldado por uma derrota para os encarnados, a primeira ao fim de 13 jogos na competição em 2022/23 (outro recorde). Apesar da desvantagem de 2 golos na eliminatória, a equipa benfiquista lutou pela continuidade em prova no jogo de Milão, ficando-se, no entanto, por um empate (3-3). Esta foi mesmo a pior fase da época, na qual se verificaram ainda duas derrotas consecutivas no campeonato, com o Benfica a ver a vantagem pontual na liderança reduzida a 4 pontos, quando estavam por disputar 6 jornadas.

A ponta final da época foi muito positiva. Não obstante a pressão inerente a uma luta pelo título reavivada, os comandados por Roger Schmidt obtiveram 5 vitórias e 1 empate, o suficiente para a conquista do 38.º título nacional benfiquistaMais pontos, vitórias e golos marcados, menos golos sofridos. Um título justo para a melhor equipa da competição e aquela que patenteou a mais elevada qualidade exibicional e foi a mais regular.

Ao nível da formação, o momento alto da temporada aconteceu numa fase ainda prematura, no Uruguai. A conquista da Taça Intercontinental Sub-20, em edição de estreia, foi conseguida em casa do adversário, o Peñarol.

equipa B classificou-se no 14.º lugar da II Liga, e os Sub-23, depois do 1.º posto na Série B, não foram além do 5.º lugar na fase de apuramento do campeão da Liga Revelação. Na Taça Revelação chegaram às meias-finais.

Os Sub-19, vencedores da Série Sul, quedaram-se pelo 4.º lugar no Nacional. A participação na UEFA Youth League não foi feliz, limitada à fase de grupos. Os Sub-17 e os Sub-15 sagraram-se campeões nacionais, e nos restantes escalões, incluindo as equipas CFT, registaram-se alguns desempenhos positivos, sabendo-se que o foco está direcionado para a evolução dos jovens jogadoresmuitos deles a jogarem em escalões acima da sua idade.

Na vertente feminina, a temporada 2022/23, apenas a 5.ª de atividade benfiquista no futebol, voltou a ser muito bem-sucedida. As Inspiradoras sagraram-se tricampeãs nacionais numa época em que também venceram a Taça da Liga e a SupertaçaNo campeonato, as águias sofreram apenas 1 derrota e ganharam nas restantes 21 partidas, marcando 99 golos e sofrendo somente 7. E, pela 2.ª temporada consecutiva, alcançaram a fase de grupos da Liga dos Campeões, na qual lograram obter 2 triunfos e, sobretudo, denotaram notória evolução na qualidade de jogo relativamente à época anterior nos confrontos com o Bayern Munique, o 2.º classificado.

A grande temporada da equipa e a indiscutível qualidade do plantel tiveram reflexo nas recentes chamadas das seleções para o Campeonato do Mundo, com 13 jogadoras do Benfica a serem pré-convocadas e convocadas por Portugal (9), Brasil (2), Canadá e Nigéria.

Um dos marcos importantes da época foi o estabelecimento de novo recorde de espectadores numa partida de futebol no feminino em Portugal. No Estádio da Luz, 27 221 adeptos estiveram nas bancadas para seguir a par e passo o dérbi entre Benfica e Sporting. E a formação deu cartas, com as Sub-15 e as Sub-13 a vencerem a Taça Nacional, e as Sub-17 a serem campeãs distritais.

A EXCELÊNCIA DO ANDEBOL NO FEMININO

equipa masculina ficou aquém dos objetivos traçados para a temporada. A nível nacional, o triunfo inicial da Supertaça entusiasmou, mas revelar-se-ia caso singular. No campeonato, 3.º lugar; na Taça de Portugal, eliminação nos quartos de final. A nível internacional, o Benfica defendia o título da EHF European League, sendo afastado da prova nos oitavos de final. Participou também na IHF Super Globe 2022, alcançando um meritório 7.º lugar entre 12 participantes.

Já a equipa feminina fez uma época brilhante, não obstante várias jogadoras terem sido afetadas por problemas físicos. À renovação do título nacional (21 vitórias e 1 empate), juntou os triunfos da Taça de Portugal e da Supertaça. A única derrota no panorama doméstico deu-se na final da Taça Federação.

No âmbito internacional, o regresso às competições europeias foi simultaneamente positivo e frustrante. As águias passaram duas eliminatórias da Women’s EHF European Cup, saindo da prova nos oitavos de final por uma diferença de um único golo ante o Konyaalti BSK. Um erro grave de arbitragem no jogo realizado na Turquia contribuiu decisivamente para o afasta mento do Benfica, que viu as turcas seguirem em frente na competição, a qual viriam a conquistar.

Nota ainda para a conquista do Campeonato Nacional Sub-18 (masculino).

DOMÍNIO ENCARNADO, DE NOVO, NO VOLEIBOL

O voleibol, na vertente masculina, é outra das modalidades em que o Benfica tem construído uma hegemonia. Em 2022/23 fez a dobradinha, sagrando-se tetracampeão nacional (feito inédito na história do Clube) e revalidando o título da Taça de Portugal.

O domínio encarnado nos últimos anos é particularmente significativo, tendo em conta a já ultrapassada escassa tradição ganhadora do Benfica. Oito dos 11 títulos nacionais benfiquistas foram ganhos nas últimas 10 edições da prova.

Na frente europeia, as águias voltaram a marcar presença na fase de grupos da Liga dos Campeões, embora não tenham conseguido qualquer triunfo nessa fase. É justo recordar, no entanto, que anteriormente às três presenças benfiquistas entre os melhores da Europa só um único clube português, por uma vez, havia chegado a este patamar.

Quanto à equipa feminina, o desempenho ficou aquém do desejável: 5.º lugar no Campeonato Nacional e afastamento nos oitavos de final da Taça de Portugal. Pela positiva regista-se a conquista da Taça Federação, uma prova que não conta com a participação dos quatro primeiros classificados do campeonato.

A nível da formação, salienta-se o bom desempenho, no âmbito regional, de várias equipas masculinas e femininas, e o título nacional das Sub-21.

DOBRADINHA NO BASQUETEBOL

A época abriu com dois desafios importantes para a equipa masculina: a Supertaça e a possibilidade de participação na Basketball Champions League. Se o primeiro troféu da época não correu de feição às hostes benfiquistas, a ronda de qualificação para a prova europeia, pelo contrário, proporcionou a primeira presença de um clube português nesta prova da FIBA cria da em 2016/17.

O Benfica teve uma boa estreia na fase de grupos da competição, obtendo o 2.º lugar que deu acesso ao play-in de apuramento para a segunda fase de grupos, mas ficou pelo caminho ante os turcos do Darüssafaka.

No plano nacional, as águias sagraram-se bicampeãs nacionais, num campeonato em que terminaram a fase regular e o grupo dos seis primeiros na 1.ª posição. Na final dos playoffs, ante o Sporting, houve uma vitória para cada lado nos dois jogos iniciais realizados na Luz. Seguiram-se duas partidas no Pavilhão João Rocha, ambas ganhas pelo Benfica, e título renovado. O sucesso foi atingido também na Taça de Portugal, um título do qual o Benfica se encontrava arredado desde 2017. Esta foi também uma temporada de títulos na formação, com as equipas Sub-18 e Sub-16 a celebrarem a conquista dos respetivos Campeonatos Nacionais.

equipa feminina teve um final de temporada desapontante. Venceu as três primeiras provas da época (Supertaça, Taça FPB e Taça Vítor Hugo) e, na estreia europeia, chegou, com muito mérito, à ronda de qualificação para os oitavos de final da Euro Cup Women, depois de ter vencido o grupo G, com 5 vitórias e 1 derrota.

Detentoras dos títulos do Campeonato Nacional e da Taça de Portugal, soçobraram nos jogos derradeiros. Na final da prova-rainha, derrota por 2 pontos. Na negra da final dos playoffs do Campeonato, desaire caseiro numa partida equilibrada até ao soar da buzina, esfumando-se assim o sonho do tricampeonato. 

HEGEMONIA DO FUTSAL NO FEMININO

Nos homens, o Benfica conquistou a Taça de Portugal, ganhou a Taça da Liga e esteve nas restantes decisões. Na primeira das provas conquistadas, o finalista derrotado foi o Sporting, com o qual mediu forças, sem sucesso, também na Supertaça e na final do Campeonato. O equilíbrio entre as duas equipas foi a nota dominante da temporada, com os troféus a serem repartidos entre elas. Dois dos desaires benfiquistas na final do campeonato aconteceram após prolongamento, a Supertaça só nos penáltis foi decidida.

No plano europeu, as águias qualificaram-se para a final four da UEFA Futsal Champions League. Frente ao Mallorca Palma, anfitrião do evento, derrota por 4-3 e direito a queixas devidas a uma arbitragem infeliz de pendor caseiro. Os espanhóis venceram a prova, e o Benfica ganhou a partida de atribuição do 3.º lugar.

Na vertente feminina, as pentacampeãs, reforçadas com Fifó e Janice, regressadas ao Clube, e Raquel Santos, após longa paragem devido a lesão, encetaram uma temporada fantástica, atingindo o pleno de conquistas.Tornaram-se hexacampeãs nacionais e vencedoras da Taça de Portugal, da Taça da Liga e da Supertaça, numa época em que, nos 38 jogos disputados, conheceram o sabor da derrota por 1 vez e cederam 1 único empate.

Entre as equipas de formação, destaque para os Sub-17 masculinos e as Sub-19 femininas, ambas campeãs nacionais.

TÍTULO E RECORDE SOBRE RODAS
O título de campeão masculino em hóquei em patins há muito desejado e que fugia desde 2016 finalmente foi assegurado. Os encarnados ganharam a fase regular e foram mais fortes que a concorrência nos playoffs, batendo HC Braga, FC Porto e, na final, o Sporting, conquistando o título no Pavilhão João Rocha na quarta partida. O regresso ao título premiou, indubitavelmente, a equipa mais regular ao longo de toda a prova.

Relativamente às restantes competições, o sucesso foi alcançado também na Supertaça. Na Elite Cup, o Benfica marcou presença na final, na Taça de Portugal não passou dos oitavos de final, e na WSE Champions League saiu nos quartos de final.

equipa feminina cimentou, com mais títulos e troféus, a extraordinária hegemonia no hóquei em patins. Em 2022/23 tornou-se decacampeã nacional, um recorde no Clube no que concerne às modalidades de pavilhão, destronando, neste capítulo, as Marias do voleibol, que entre meados da década de 1960 e meados da seguinte haviam conquistado 9 campeonatos consecutivos. E as 9.as Taça de Portugal e Supertaça seguidas, assim como a vitória na Elite Cup, prova que passou a oficial nesta temporada, fortalecem o caráter hegemónico benfiquista.

Na esfera europeia, o pleno de vitórias na fase de grupos e nos quartos de final da WSE Champions League Women garantiu a presença na final four da competição, mas, nas meias-finais, um golo sofrido perto do apito final afastou o Benfica do jogo derradeiro.

A nível da formação registam-se os títulos regionais (Sub-19, Sub-17 e Sub-15 masculinos), estando as provas nacionais ainda por concluir.

MUITAS MAIS CONQUISTAS E PROEZAS

Aos 8 títulos nacionais em 12 possíveis nas referidas 6 modalidades, acrescem os conseguidos no atletismo (corta-mato curto e longo – faltam disputar os campeonatos de pista ao ar livre) e natação em masculinos, na ginástica (minitrampolim e duplo minitrampolim), judo, luta, polo aquático e triatlo nos femininos, além do eSports, em ambos os géneros. No paintball, a época prossegue com a turma benfiquista à procura do regresso ao título.

Entre estes, destaque para o notável percurso da equipa feminina de polo aquático, a qual se sagrou tetracampeã nacional e venceu a Taça de Portugal e a Supertaça. Também a equipa feminina de luta conseguiu o triplete. E há que salientar o triunfo no Campeonato Nacional de Natação, passados 29 anos da última conquista.

Nota para os vários títulos nos escalões de formação destas modalidades, em particular o de atletismo em pista coberta das sub-23.

E são vários os atletas do Benfica que, a nível individual, se distinguem em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente em atletismo, canoagem, dressage, judo, natação, taekwondo e triatlo. Nomes como Anri Egutidze, Arialis Gandulla, Bárbara Timo, Diana Durães, Diogo Ribeiro, Dulce Félix, Etson Barros, Fernando Pimenta, Francisco Belo, Isaac Nader, João Pereira, João Ribeiro, João Silva, Leandro Ramos, Leonor Coelho, Marta Pen, Messias Baptista, Miguel Nascimento, Pedro Casinha, Pedro Pichardo, Reynier Mena, Rochele Nunes, Roger Iribarne, Rui Bragança, Telma Monteiro, Teresa Portela ou Vasco Vilaça, entre muitos outros, fazem parte do quotidiano benfiquista em simultâneo com feitos importantes que prestigiam o Clube. Considerações finais para o desempenho de outras equipas que, apesar de não terem conquistado qualquer título ao mais alto nível, melhoraram relativamente à temporada transata. É o caso do râguebi, que chegou às meias-finais do campeonato, fase de que estava arredado há vários anos. A equipa feminina atingiu a final, mas sem sucesso. E as equipas masculinas de 



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