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Parabéns, José Henrique!


 

José Henrique é um nome incontornável na história do Benfica. Felino na baliza, uma águia a servir o Clube. Magnífico guardião, contribuiu para a conquista de 8 Campeonatos Nacionais. Penduradas as luvas, transmitiu os seus vastos conhecimentos do ofício de guarda-redes ao longo de décadas. Continua ligado aos encarnados como team manager dos Sub-23 e completa 80 anos de vida nesta quinta-feira, 18 de maio.

Chamam-lhe Zé Gato, alcunha de origem familiar, mas que tão bem assenta a um guarda-redes que primou pela destreza, coragem, intuição e reflexos, um especialista em defesas "impossíveis", obstinado em evitar que a bola transpusesse a linha da baliza que galhardamente defendia. Veloz sobre o esférico e entre os postes, era imenso na baliza, apesar da baixa estatura (1,74 metros).

José Henrique, natural da Arrentela, na Margem Sul do Tejo, deu os primeiros passos no futebol no Atlético da sua terra, mas foi no de Portugal, a popular coletividade de Alcântara, em Lisboa, que demonstrou o talento que justificaria a integração no plantel da equipa de honra do Benfica.

Antes já alinhara de águia ao peito, nos juniores, durante uma temporada, na qual foi pouco utilizado, ainda assim sagrando-se campeão distrital, tendo mesmo alinhado pela equipa das reservas numa ocasião. Prosseguiu a carreira no Amora e no Seixal, até que foi contratado pelo Atlético, em 1965/66, no qual foi preponderante no 1.º lugar da zona sul da 2.ª divisão conseguido pelo Clube de Alcântara e subsequente subida de escalão.

Regressou ao Clube em 1966/67, num período de indefinição quanto à titularidade na baliza benfiquista. Na temporada anterior, Costa Pereira, no ocaso da sua extraordinária carreira de águia ao peito, foi o mais utilizado, mas também Melo e, por vezes, Nascimento ocuparam o posto mais recuado. A indefinição persistiria na época seguinte, com Nascimento a ser chamado mais vezes, e Costa Pereira e Melo a serem os escolhidos em diversas ocasiões. José Henrique conquistou a titularidade das reservas, estreando-se na equipa de honra, pela mão de Riera, em 11 de junho, na 1.ª mão dos quartos de final da Taça de Portugal ante a Académica.

Em 1967/68, Fernando Riera não hesitou e optou por José Henrique, então com 24 anos, desde o início da temporada, uma aposta mantida por Fernando Cabrita e Otto Glória ao longo da época. O jovem guarda-redes não mais largou a titularidade, que foi absoluta até 1972/73. No ano seguinte, Bento, na sua 2.ª época ao serviço do Benfica, começou paulatinamente a conquistar espaço na sombra do colega com créditos mais do que firmados, e assim continuou até 1976/77, a antepenúltima temporada de José Henrique no Clube enquanto jogador.

Palmarés: 8 Campeonatos Nacionais (1967/68, 1968/69, 1970/71, 1971/72, 1972/73, 1974/75, 1975/76 e 1976/77), 3 Taças de Portugal (1968/69, 1969/70 e 1971/72) e 3 Taças de Honra da AFL (1968, 1972 e 1975)

percurso de Zé Gato na baliza encarnada foi marcado por retumbante sucesso. Logo na 1.ª época na condição de titular foi instrumental na conquista do bicampeonato e na 5.ª presença na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, em 1968. José Henrique não voltaria a marcar presença numa final europeia, mas sagrar-se-ia campeão nacional mais 7 vezes, sempre como titular, além de ter ajudado à conquista de 3 Taças de Portugal, disputando todas as finais, e 3 Taças de Honra da AFL.

Foi internacional A 15 vezes, estreando-se frente à Inglaterra, em 1969, no seu já conhecido Wembley desde a final europeia do ano anterior. Destacou-se na Minicopa, realizada em 1972, em que Portugal chegou à final e perdeu com o Brasil, organizador do torneio e campeão mundial em título. Despediu-se, ou melhor, disse "até já" ao Benfica no final de 1978/79, aos 36 anos, alinhando pela última vez num torneio realizado em Badajoz. Dois anos antes já merecera a homenagem do Clube, na figura de um jogo em que o Benfica defrontou um misto constituído por futebolistas do escalão primodivisionário português.

Ao fim de 13 temporadas no Clube, onde foi bicampeão nacional uma vez, tricampeão duas e um dos obreiros da única conquista invicta encarnada de um campeonato (1972/73), participou em 416 partidas, incluindo particulares, sendo atualmente o 22.º futebolista que mais vezes representou a equipa de honra benfiquista. Em competições oficiais, alinhou em 307 encontros (29.º), 227 das quais no Campeonato Nacional (22.º). No que respeita à baliza, só Bento e Costa Pereira representaram mais vezes a equipa de honra do Clube.

Após a saída do Benfica, representou o Nacional e iniciou o percurso de treinador, regressando ao Clube, no início de 1983, para integrar o corpo de técnicos da formação, em particular na sua especialidade, a de guarda-redes. No presente, sendo um conhecedor privilegiado do que perfaz a mística do Benfica, continua a dar o seu precioso contributo na função de team manager dos Sub-23.

Este conteúdo é parte integrante da edição do jornal O Benfica de 19 de maio




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