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"Podemos ganhar a Champions"


 

Quando Diego Nunes chegou à BTV, não vinha sozinho. O craque brasileiro do futsal trazia consigo a Taça de Portugal, recentemente conquistada, e a medalha que comprovava as suas credenciais. Escolhido como MVP da final, Diego Nunes foi decisivo, com a obtenção de dois dos quatro golos que alcandoraram o Benfica ao título.

O internacional brasileiro não tem um estilo muito comunicativo. Pelo contrário, é reservado, discreto, mas de uma intocável simpatia. Está há pouco tempo em Lisboa, no Benfica, mas rapidamente se adaptou ao rebuliço da cidade e à grandeza do Clube. Aliás, o Benfica é tudo aquilo que ele procurava, depois de cinco anos a brilhar em Espanha. Um brilho intenso, em Palma de Maiorca, numa liga muito competitiva e de cerrado profissionalismo.

Ainda a época passada não tinha terminado e, um dia, o telefone tocou. O Benfica, o mítico Benfica, queria contratá-lo. Por razões familiares e também pelo cuidado que impõe à gestão da sua carreira, Diego Nunes não se entregou imediatamente nos braços do seu futuro clube. Viajou para Lisboa e quis conhecer o Benfica, por dentro. As infraestruturas, as condições e sobretudo as pessoas. Ficou rapidamente convencido.

"A questão é que tenho um filho, que tem autismo, num grau não muito acentuado. Mas teria de ser muito cuidadoso na escolha, porque ele já estava adaptado em Maiorca e um novo clube, uma nova cidade poderia mexer com ele, nos seus relacionamentos. Vim para Lisboa, para me certificar que tudo correria bem, se assinasse pelo clube. E foi quando percebi que o clube é realmente magnífico. Pessoas incríveis, muita familiaridade e percebi que era o sítio ideal para mim e para a minha família. Estamos todos adaptados, felizes e desfrutando do Benfica e das suas incríveis condições", afirmou Diego Nunes, em entrevista prestada à BTV, ao programa "Protagonista", e publicada na edição de 14 de abril do jornal O Benfica.

"Percebi que era o sítio ideal para mim e para a minha família. Estamos todos adaptados, felizes e desfrutando do Benfica e das suas incríveis condições"

Diego Nunes

A EXIGÊNCIA DE GANHAR

A chegada a Lisboa já vinha com um pré-aviso de exigência. No Benfica, apenas se joga para ganhar. O internacional brasileiro sentiu isso, esse arrepio na espinha que distingue o benfiquismo, ainda antes do primeiro treino. Vindo como uma das maiores estrelas do campeonato espanhol, Diego Nunes apercebeu-se do que se pretendia dele. Que fosse mais um a ajudar a quebrar a hegemonia do Sporting, insuportável por mais tempo, e ainda mais aquele "plus" que se pede aos maiores craques da quadra.

"Eu sei o que o representou a minha contratação, e desde o início que estou preparado para essa cobrança. Em cinco anos, em Espanha, atingi um nível muito alto, assim como na seleção brasileira, e é isso que todos esperam de mim. Tive alguns percalços, no início da época, com alguns resquícios de lesões que me afetaram na época passada, mas agora estou muito bem e preparado para ajudar a equipa a conquistar os títulos que faltam no Museu do Benfica. Eu acho um pouco cedo ainda para falar de um novo ciclo, mas já são duas vitórias, na Taça da Liga e na Taça de Portugal. E um novo ciclo tem de começar por algum lado. Vamos ter ainda mais competições para vencer nesta temporada e vamos lutar por elas. Assim que cheguei ao Benfica, foi das primeiras coisas que me disseram. 'Aqui só se pensa em ganhar'. Essa foi mais uma razão para eu sentir que fiz a escolha certa."


"Assim que cheguei ao Benfica, foi das primeiras coisas que me disseram. 'Aqui só se pensa em ganhar'"

SER CAMPEÃO EUROPEU

O sonho existe, e, por isso, Diego Nunes não se acanha ao falar dele. O Benfica persegue o seu segundo título de campeão europeu, e esse título pode chegar neste ano. Contratações como as de Diego Nunes, Igor ou Léo Gugiel foram decididas a pensar no sonho de conquistar a Champions e iniciar, em Portugal, um novo ciclo, liderado pelo Benfica. Há muito talento no plantel, mesmo em jogadores mais jovens e, agora, com a nova liderança, os jogadores sentem-se revigorados. E vão levar na bagagem a certeza de que, no Benfica, não existem ambições desmedidas.

"Vamos lutar pelo título. Na meia-final, vamos defrontar a minha anterior equipa. Muito sólida e com uma característica importante. Todos os anos, a equipa chega a esta altura sempre muito forte. Temos de contar com isso. Mas, jogando com a mesma intensidade e o mesmo acerto defensivo que tivemos na final contra o Sporting, acredito que podemos ser o favorito. O plantel tem muita qualidade, mesmo nos Jogadores mais jovens, e aqui quero destacar dois deles. O Lúcio e o Carlinhos. São dois jogadores incríveis e que já não são promessas. São certezas. O Benfica está construindo um futuro muito risonho, com estes jovens e com mais alguns jogadores, como eu, o Igor, o Gugiel ou o Chiskala, com contratos de longa duração. Temos uma mescla muito boa e vamos tentar ganhar mais dois títulos neste final de temporada. Ter conquistado já dois títulos foi importante para nós, especialmente para os jogadores que estão aqui há mais tempo. Porque existia esse bloqueio nos jogos contra o Sporting. Havia sempre qualquer coisa a impedir que o Benfica ganhasse, apesar da qualidade da equipa e do plantel", assinalou Diego Nunes.


"Ter conquistado estes dois títulos foi importante para nós, especialmente para os jogadores que estão aqui há mais tempo"

NOVA LIDERANÇA

Apesar da qualidade do plantel, da enorme competitividade que veio encontrar no Benfica, Diego Nunes deparou-se com uma equipa a cometer erros em momentos importantes da fase regular do Campeonato e que a afastou, consecutivamente, da hipótese de lutar pela vitória nessa fase da temporada, que define o alinhamento das equipas no play-off de campeão.

O choque psicológico de que a equipa necessitava acabou por chegar, com a mudança de treinador e a chegada de Mário Silva. Com nove unidades de treino, venceu a Taça de Portugal e matou o borrego na competição.

"Evidentemente que a chegada do novo treinador ajudou. Os jogadores sentiram esse efeito psicológico, porque é um novo começo e todos querem impressionar o novo treinador. Mas convém lembrar que também vencemos a Taça da Liga ainda com o Pulpis. Para a Taça de Portugal, o Mário Silva fez algumas alterações, principalmente na forma como defendemos, mas o tempo ainda não deu para estabilizar as suas ideias. Mas percebe-se que é um treinador ambicioso e gosta de incutir essa ambição nos jogadores. Acredito que as coisas vão correr bem e que vamos demonstrar, até ao fim da temporada, a mesma qualidade que mostrámos na final da Taça de Portugal."


"Mário Silva é um treinador ambicioso. [...] Acredito que as coisas vão correr bem e vamos demonstrar, até ao fim da temporada, a mesma qualidade que mostrámos na final da Taça de Portugal"

SELEÇÃO DO BRASIL

O antigo jogador do Palma tornou-se, nos últimos anos, uma presença habitual e indiscutível na seleção brasileira. Apesar das dificuldades que o escrete tem evidenciado para se afirmar como uma das maiores potências do futsal mundial, Diego Nunes considera que não é por escassez de opções. Relembra a quantidade de jogadores brasileiros naturalizados que atuam em algumas das principais seleções e confia que, no futuro, a seleção do Brasil vai pelos principais títulos.

"Desde que a CBF assegurou a gestão do futsal, no Brasil, as coisas melhoraram. Há mais organização e há um trabalho que está a ser feito e que vai produzir resultados. De facto, há muitos jogadores brasileiros, de muita qualidade, que atuam em algumas seleções, e isso foi potencial perdido para o Brasil. Mas, agora, as coisas estão a inverter-se, e os jogadores querem jogar pela seleção do Brasil. Agora, temos uma equipa com muita qualidade, e no Benfica estão cinco jogadores de seleção: eu, o Léo, o Arthur, o Rocha e o Igor. E queria chamar a atenção para o Igor, que ainda não teve a oportunidade, no Benfica, de mostrar o que vale. É um grande jogador e vai mostrar isso no Clube e na seleção. Não tenho dúvidas", concluiu Diego Nunes.

De resto, nesta entrevista, o ala brasileiro destacou ainda a sua amizade com Arthur, apesar de competirem pela mesma posição, no Benfica e na seleção. "Em Espanha, jogámos em equipas diferentes, fomos rivais, mas, desde que cheguei a Portugal, o Arthur tem sido um apoio incrível. Não é o único, porque temos um ambiente muito bom na equipa. O Arthur é uma pessoa incrível e, como eu, é muito competitivo. Quer muito ganhar pelo Benfica, adora o Clube e tem uma forma de jogar da qual os adeptos gostam. É uma fera na quadra, mas também uma pessoa muito tranquila fora dela."




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