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«Nunca li um livro sobre futebol»


 Declarações de Roger Schmidt, treinador do Benfica, em entrevista ao jornal alemão Der Spiegel.

«Nem tenho tempo para olhar para trás. Pensando bem, 2014 foi há oito anos e meio. Entretanto aconteceram muitas coisas. Já estive na China, nos Países Baixos e agora estou em Portugal. No futebol o tempo passa muito depressa. Até porque, no dia a dia, estamos concentrados no aqui e agora. Há ciosa para pensar e decidir e o resto pouco importa, quase não temos tempo para olhar para trás. Durante a temporada parece uma eternidade, é como uma montanha gigante que temos de escalar. Quando chega o fim, pensamos onde foi parar tudo o que aconteceu.»


Estilo de jogo:

«Para ser sincero, nunca li um livro sobre futebol. Até podia ser interessante, mas nunca tive tempo e nunca me pareceu importante. Sempre tentei desenvolver-me no trabalho diário e usar as minhas experiências para encontrar as melhores formas para fazer com que as minhas equipas evoluam. Já fiz vários níveis (de cursos de treinador), isso para mim foi importante. Também tive a possibilidade de acumular experiências, até em vários países, e ao mais alto nível até na Liga dos Campeões. Temos a possibilidade de jogar contra grandes equipas e tentamos jogar à nossa maneira. Se se ganha sempre ou não, isso é outra história. Com todo o respeito pelo adversário, mas durante a maior parte dos 90 minutos devemos jogar como queremos e não como o adversário quer.»

Filosofia:

«Primeiro apareceu o amor pelo futebol. Já amava o futebol, em pequeno jogava na rua. Não tive uma grande carreira – joguei na 3.ª divisão -, ainda assim, gostava de jogar todos os domingos. E nunca pensei que o futebol viesse a ser a minha profissão, nem nunca pensei que viria a ser treinador. Para mim isso era inconcebível. Quando comecei a trabalhar como treinador continuava a ser inconcebível. Era mais um passatempo. Ainda assim, o amor pelo futebol marcou-me tanto. Eu era avançado e a coisa mais bonita quando uma criança começa a jogar é o momento em que chega à baliza e marca um golo. No fundo tudo passa pelo golo. Ter a bola dentro da baliza. Quando David Neres faz um cruzamento e o João Mário encosta para o golo… esse é o momento pelo qual o estádio e todo e o público esperavam. A ideia de criar esses momentos marcou-me. Nunca

acreditei em ficar à defesa à espera que, eventualmente, acontecesse algo na área adversária. Temos de agarrar o destino com as próprias mãos e aproveitar os 90 minutos para tentar ser melhor que o adversário, criar mais oportunidades. Não há vitórias garantidas, mas podemos aumentar as probabilidades de vencer. E isso só pode acontecer se tivermos uma abordagem ativa no futebol. Quando comecei a trabalhar como treinador não pensava muito nisso. Era uma coisa minha, que vinha de dentro. Fui dando passos na carreira de treinador, encontrado a forma de treinar os jogadores e de transmitir essa motivação, essa paixão. Depois, com a experiência, isso foi-se desenvolvendo e acabei por perceber que estava a resultar. E pensei: ‘É possível’. Quanto mais acreditas em ti, mais as coisas melhoram, mais os jogadores acreditam e, quando assim é, mais eles podem fazer a

diferença. Mas antes dos jogadores, é preciso que sejamos nós a acreditar. É preciso encontrar esse caminho. Não sou um treinador que pensa que o estilo do adversário vai definir a nossa forma de jogar. Para mim isso é 100 por cento claro para os jogadores. Vejo como jogam os adversários, dou informações aos jogadores, mas nós jogamos à Benfica e jogamos para vencer.»

Identidade:

«É importante vencer título. (…) Fazemos tudo para que, no momento da consagração, possamos ter aquela sensação maravilhosa. Mas não me é indiferente a forma como chegamos lá. Quero chegar lá de uma forma que me agrade e em que possa dizer ‘gosto deste futebol’. Não há nenhum jogador na equipa do Benfica que não esteja a jogar bem. Para além dos títulos, essa é a maior alegria do futebol. Esse é o grande prazer no futebol, ver como todos jogam em campo e lutam como equipa.»



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