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Ana Oliveira: "Nunca nos desviámos do nosso caminho nem da nossa ambição"


 

projeto olímpico faz parte do ADN do Clube, e o Benfica, apesar de todas as adaptações que precisaram de existir em torno desta pandemia de COVID-19, não parou, e, até à data, 19 atletas estão em posição de qualificação para os Jogos Olímpicos de Tóquio.

Numa entrevista recente à agência Lusa, a diretora do Benfica Olímpico levantou o véu e afirmou que o objetivo do departamento passa por colocar 25 Atletas nos Jogos Olímpicos – à data e por apuramento direto/ranking, o Benfica conta com 19 atletas para Tóquio 2021 (18 conhecidos e outro numa decisão que será entre os cabo-verdianos Djamila Silva e Alexandre Silva, na modalidade de judo, medalhas de ouro no Open de Dacar 2020).

A poucos meses do maior evento mundial, os Jogos Olímpicos de Tóquio, Ana Oliveira esteve à conversa com o jornal O Benfica e olhou para os últimos quatro anos e meio deste projeto, que muito tem contribuído a nível nacional e internacional.

"Este é um projeto reconhecido e que muito orgulha os benfiquistas. É uma referência que avançou pelo nosso Presidente, Luís Filipe Vieira, e pelo vice-presidente Fernando Tavares. Nos últimos 15 anos, os resultados têm sido constantemente reforçados, e, apesar das dificuldades inerentes a esta pandemia, através do apoio diferenciado da nossa direção e de toda a estrutura multidisciplinar do Benfica, nunca nos desviámos do nosso caminho, nem da nossa ambição para Tóquio", vincou a responsável, relembrando o percurso de atletas do Benfica em 2016.

"Temos 7 atletas que vão estar presentes no Campeonato da Europa de atletismo"

"Nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, contribuímos para a missão olímpica nacional com 10 atletas, em 11 apurados. Atualmente, para Tóquio, temos, de momento, 18 atletas qualificados e pensamos assegurar a presença de mais seis a oito atletas", revelou Ana Oliveira.

"Muitas dúvidas e preocupações"

Retrocedendo até março de 2020, quando a COVID-19 se instalou no país e ditou o cancelamento de várias competições, Ana Oliveira relembrou esse período para explicar os níveis de incerteza, medo e ansiedade sentidos pelos atletas.

"Além de as provas, posteriormente, terem sido canceladas, as instalações desportivas encerraram… Os atletas não podiam deixar de treinar, isso seria prejudicial. Vivíamos com medo do desconhecido, mas o pior foi a ansiedade de todos os treinadores e atletas, porque os Jogos Olímpicos estavam calendarizados para julho e agosto. O sonho não podia parar ali", relembrou, e, a partir daí, surgiu o apoio do Benfica.

"Sempre estivemos muito à frente nos processos e nas tomadas de decisão"

"Quando as coisas tranquilizaram, percebemos que estar inseridos no Benfica Olímpico poderia ser uma vantagem, no sentido de que tínhamos instalações próprias e em que sempre estivemos muito à frente nos processos e nas tomadas de decisão, comparativamente a outras federações, governo e clubes, no que dizia respeito à segurança, tratamento, treino e recuperação dos atletas. Tivemos muito rigor na capacidade de testagem, que outros clubes e federações não tiveram, e começámos a planear e a praticar soluções, assim como estratégias organizadas, sempre de forma diferente, o que nos permitiu continuar a lutar e a manter o foco nos objetivos", analisou Ana Oliveira.

Apoio manifestado aos atletas

Apesar das mudanças bruscas no mundo, ele não parou, e os atletas vivenciaram muitas emoções em menos de um ano. Têm sido vários os responsáveis que, desde a primeira hora, tentaram amenizar os efeitos causados pela incerteza e pela insegurança.

"Os confinamentos, as quarentenas, as necessidades de isolamento profilático e até situações de COVID-19, nestes últimos meses, têm sido um problema constante para o qual temos procurado prevenir, solucionar e resolver a tempo e da melhor maneira possível. O Departamento de Psicologia do Benfica e todos os restantes colegas das equipas multidisciplinares têm tido muito trabalho connosco. Os treinadores também têm tido um papel muito importante neste processo. As dificuldades para o treino e para competir de igual para igual, a nível nacional e principalmente internacional, têm obrigado a um trabalho de superação enorme", salientou.

"Temos, de momento, 18 atletas qualificados e pensamos assegurar a presença de mais seis a oito atletas"

Projeto que continua a dar frutos

A lidar com todas as circunstâncias em torno de uma pandemia que não dá tréguas, o Benfica Olímpico não parou de conquistar títulos individuais e coletivos, nas mais diversas especialidades. "No atletismo, temos continuado a arrecadar distinções. Alcançámos medalhas internacionais no judo, assim como na canoagem, no triatlo e, mais recentemente, na natação. Temos sete atletas que vão estar presentes no Campeonato da Europa de atletismo [Ricardo dos Santos, Isaac Nader, Samuel Barata, José Carlos Pinto, Pedro Pichardo, Francisco Belo e Marta Pen Freitas], já no próximo mês. Isso é uma demonstração de que este projeto continua vivo e a dar frutos", louvou a diretora, deixando em evidência, mais uma vez, todo o trabalho desenvolvido pelo Benfica sem nunca descuidar do objetivo principal: ser uma referência nacional e internacional.

"Acreditamos muito em todos"

Com a esperança de que mais "seis a oito atletas" atletas possam garantir presença nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Ana Oliveira realçou que todos os integrantes do projeto Olímpico "têm possibilidade de lá estar", mas que, para isso, "terão de o demonstrar". "Creio que o Rui Bragança tem uma alta probabilidade de estar em Tóquio, assim como todos os que estão em busca de tempos mínimos", salientou a responsável, concluindo: "Acreditamos muito em todos, até porque muitos cresceram imenso com a ligação ao Benfica."

Entre os atletas que ainda estão à procura de mínimos para os Jogos
Olímpicos, além de Rui Bragança (taekwondo), algumas das esperanças recaem sobre Diogo FerreiraJoão Vítor OliveiraDiogo AntunesIsaac Nader e Samuel Barata (atletismo), Rodrigo Lopes (judo), Victoria Kaminskaya e Miguel Nascimento (natação), e ainda sobre João SilvaJoão Pereira e os irmãos Vasco e Vera Vilaça (triatlo).

OS 18 ATLETAS QUALIFICADOS*

(*Serão 19, havendo uma decisão entre os cabo-verdianos Djamila Silva e Alexandre Silva)

FRANCISCO BELO

  • Especialidade: Lançamento do peso.
  • Fase atual: O campeão de Portugal deste ano, e que em 2019 garantiu o 4.º posto no Campeonato Europeu indoor, detém a melhor marca do ano na secção (20,54 metros).

JOÃO PEREIRA

  • Especialidade: Triatlo.
  • Momentos: O campeão da Europa da modalidade (2017) viveu uma experiência única nos últimos Jogos Olímpicos, ao terminar a sua participação em 5.º lugar.

MESSIAS BAPTISTA

  • Especialidade: Canoagem.
  • Momentos: O canoísta vai estrear-se no evento mundial. Em 2019, conquistou 2 medalhas de bronze em Taças do Mundo. Palmarés de 47 medalhas (14 de ouro, 13 de prata e 20 de bronze).

BÁRBARA TIMO

  • Especialidade: Judo (-70 kg).
  • Momentos: A 11.ª classificada do ranking mundial, e vice-campeã do mundo, somou um 1.º lugar importante num dos seus melhores anos (2019), no Grand Prix de Tbilissi.

TSANKO ARNAUDOV

  • Especialidade: Lançamento do peso.
  • Fase atual: O atleta que tem a 2.ª melhor marca no lançamento do peso em 2020/21, estabelecida nos 20,20 metros, vai somar a sua 2.ª participação nos Jogos Olímpicos. Em 2016, atingiu a marca de 18,88 metros.

MELANIE SANTOS

  • Especialidade: Triatlo.
  • Momentos: A campeã nacional absoluta, em 2018, foi medalha de ouro em setembro do ano passado, no Campeonato do Mediterrâneo. Vai avançar para a sua 1.ª presença nos Jogos Olímpicos.

TERESA PORTELA

  • Especialidade: Canoagem.
  • Momentos: Com um histórico de conquistas relevantes, a experiente canoísta foi a 5.ª classificada nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro (2016). Vai para a sua 4.ª presença no evento mundial.

ROCHELE NUNES

  • Especialidade: Judo (+78 kg).
  • Momentos: A medalha de bronze no Europeu de judo do ano passado, e atual 12.ª melhor judoca do mundo, avança para a estreia nos Jogos Olímpicos.

RICARDO DOS SANTOS

  • Especialidade: Atletismo (400 m).
  • Fase atual: 2021 está a correr de feição ao atleta, que, durante este mês de fevereiro, bateu o recorde nacional da distância, fixando-o em 46,64 segundos (pista coberta), fazendo a melhor marca indoor em 2020/21.

PEDRO PABLO PICHARDO

  • Especialidade: Triplo salto.
  • Fase atual: Mês de ouro para o vice-campeão do mundo (em 2013 e 2015), que conquistou a melhor marca da secção (17,36 metros) nos Campeonatos de Portugal, e catapultou para a liderança europeia.

FERNANDO PIMENTA

  • Especialidade: Canoagem (K1 1000 m).
  • Momentos: Um dos melhores na secção soma um currículo invejável de 85 medalhas ao longo da sua carreira. Foi medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres (2012 – K2 1000 metros).

ANRI EGUTIDZE

  • Especialidade: Judo (-81 kg).
  • Momentos: O 19.º do ranking mundial conquistou, em 2019, o 3.º lugar no Grand Slam de Brasília e, no mesmo ano, em Minsk, alcançou o 2.º lugar (equipas mistas nos Jogos Europeus).

DIAN



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