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As pranchas que faltam na Surfer Wall da Nazaré


Durante uma breve leitura, de um de dezenas de artigos, que têm sido publicados pelos meios de comunicação em Portugal acerca da “Surfer Wall” da Praia do Norte, uma questão assolou-me o espírito. Onde estão os Bodyboarders que começaram a desbravar a Praia do Norte?!

Na minha opinião, a partir do momento em que o Mike Stewart entra na equação e estou a falar do meu ídolo máximo no que a Bodyboard diz respeito, as vagas estão abertas e pelo menos têm de ser duas.

Atenção, isto não é uma crítica aos Surfistas que já lá estão distinguidos, que por certo terão grande valor, nem que seja pelas condições extremas a que submeteram. Afinal foram eles que deram notoriedade à Praia do Norte e por muito que me custe admitir, conseguem surfar ondas que nós Bodyboarders, por força das limitações do nosso veículo, não conseguimos. Mas que diabo, e aqueles dois alienados pá, não estão lá reconhecidos porquê?!

Nesse mesmo artigo, dizia o autarca da Nazaré que a Surfer Wall “demonstra o respeito e reconhecimento da Nazaré pelos surfistas que competem, treinam ou utilizam a Praia do Norte como lugar de superação”. Concordo inteiramente. Para mim um dos maiores momentos de superação a que pude assistir foi precisamente na Praia do Norte, no dia 14 de Novembro de 2009.

O dia em que dois Bodyboarders entram (e este ponto é importante) sem qualquer recurso a motas de água, ou a qualquer outro meio de salvamento ou resgate, no meio do areal da Praia do Norte com uma ondulação gigante, apenas acompanhados por uma qualquer força sobre-humana ou talvez divina e uma vontade enorme de fazer história.

E a história foi feita e registada. Os verdadeiros pioneiros do surf de ondas grandes na Praia do Norte escreveram-na nesse dia e curiosamente são Bodyboarders.

A partir deste momento foi o que se sabe, limites e barreiras completamente superadas, ondas de 30 metros surfadas e imagine-se, até um gajo a tocar violino lá andou, no meio daquelas montanhas gigantescas de água.

Mas meus amigos, desengane-se aquele que pensar que os Bodyboarders não tem lugar na parede da fama nazarena. Porque os primeiros a entrar lá dentro, no fervor da Praia do Norte, num dia de temporal que metia medo só de olhar, são os mesmos dois indivíduos que ainda “estão à porta” da Surfer Wall da Nazaré.

São os mesmos dois sujeitos que nunca precisaram de holofotes, mas que oficialmente, por uma questão de “respeito e reconhecimento” merecem a distinção.

Não era necessário sequer dizer os nomes, porque todos os que vivem o mar de forma intensa sabem a quem me refiro, mas é preciso agradecer-lhes, ao Ricardo Faustino e ao Luís “Porkito” Pereira, os verdadeiros pioneiros do surf em ondas grandes na Praia do Norte.

Foto: Praia do Norte



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