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Fichamento Ética e relações de gênero

“A nossa língua está tão marcada pela dominação masculina que encontramos até dificuldades linguísticas para falarmos sobre este assunto. Estamos acostumados a utilizar o termo ‘homem’ tanto para nos referirmos ao varão quanto para o ser humano, no sentido universal”. (p. 96)
“Dizer que não se nasce mulher ou homem-varão, mas que se torna mulher e homem-varão é desmascarar a identificação feita entre o sexo (identidade natural e o gênero”. (p. 96)

“Ninguém tem acesso à sua sexualidade e à do(a) outro(a), nem aos seus instintos sexuais, de uma forma direta e ‘pura’ de uma determinada cultura que ‘vemos’ a nossa identidade sexual, a nossa sexualidade e a de outros(as), e tomamos contato com os nossos instintos”. (p. 96)

relações de gênero

“O gênero é o sexo socialmente construído. As relações de gênero, as relações entre homens-varões e Mulheres são socialmente construídas, e não determinadas biologicamente”. (p. 97)

“Nas sociedades da Antiguidade a família se preocupava, em primeiro lugar, pela produção econômica para a qual as mulheres e escravos de ambos os sexos eram a força de trabalho”. (p. 97)

“Nestes sistemas patriarcais da Antiguidade, como os de hoje, o status Das Mulheres variava segundo sua classe social. As mulheres de classes dominantes desfrutavam de certos privilégios e comodidades que as servas e escravas não possuíam”. (p.97)

“O primeiro papel das mulheres nestas sociedades era o trabalho doméstico. Na economia pré-industrial, este papel era muito extenso. A mulher, mãe de família, não somente procriava e cuidava das crianças, preparava comidas, lavava roupas e limpava a casa, mas produzia também alimentos, cultivando a horta, o pomar e remédios naturais”. (p. 98)

“Mesmo que as mulheres produzissem muitos dos produtos de consumo da família, não tinham direito de usá-los como quisessem. Esses produtos, as mulheres e escravos pertenciam ao varão-chefe de família. A mulher como esposa ou filha não tinha o direito de controlar seu próprio corpo ou sua própria vida. Seu corpo era propriedade do marido para seu desfrute e procriação de filhos”. (p. 98)

“O grande pensador Aristóteles, por exemplo, dizia que havia pessoas destinadas por natureza a serem escravas e que a mulher representava a passividade, enquanto que o homem, a força ativa”. (p. 99)

“Esta situação das mulheres nas sociedades patriarcais pré-modernas foi modificada nas sociedades industriais contemporâneas. Como resultado da transferência dos meios de produção da família patriarcal aos donos da fábrica, as mulheres e os escravos passaram a ser desnecessários para a produção doméstica. Pouco a pouco a escravidão foi abolida, e as mulheres, com muita luta foram conquistando os direitos civis”. (p. 99)

“No mundo ocidental – mesmo nos países que se orgulham da sua defesa dos direitos universais do homem e da democracia universal – as mulheres só passaram a ter direito a voto, isto é, serem consideradas como cidadãs, depois de muitos anos de luta”. (p. 100)

“As recentes e poucas delegacias de mulheres mostram como o machismo ainda impera em nossa sociedade, e o espancamento e estupro continuam fazendo parte do cotidiano da nossa cultura machista”. (p. 101)

“Mesmo no campo da economia e da política percebemos a pouca presença das mulheres nos postos de comando ou de decisão, além do fato de que elas continuam, em geral, em geral, ganhando menos do que homens para fazer o mesmo serviço”. (p. 101)

“A própria imagem de Deus está fortemente marcada pela figura masculina. As religiões, que no início da humanidade adoravam deusas e deuses, com o passar do tempo foram eliminando as figuras femininas e se concentrando na figura masculina e patriarcal”. (p. 102)

“Essa ‘releitura’ do passado não se esgota somente na área religiosa. A própria história, como tantas outras ciências, está influenciada pelo patriarcalismo. Há um dito famosos que expressa bem isso: ‘ Atrás de todo grande homem está uma grande mulher’. Ás mulheres sobrou a condição subalterna e estereotipada de ficarem na retaguarda dos grandes homens”. (p. 102)

“O declínio do patriarcalismo que vemos na nossa civilização, apesar de sua persistência, é fruto das lutas das mulheres. Não é uma simples evolução da natureza ou uma concessão dos homens”. (p. 103)

Um grande abraço a todos!

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