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A inveja do conhecimento

Tags: conhecimento


Nada é mais triste quando percebemos que, em virtude de nossas descobertas, certos comandos pessoais, descontrolados, estão destruindo a capacidade da evolução.

Infelizmente, hoje, é muito comum encontrarmos pessoas com inveja do conhecimento, e sem a percepção de que esse sentimento é claro a todos à sua volta. É uma energia negativa sobre a sua capacidade. Porém, não devemos nos abater, pois essa inveja tem vida curta em sua trajetória. A velocidade da prática diária falará qual é o verdadeiro e o falso.

Os invejosos do conhecimento são passíveis de piedade. Em toda história da evolução humana, o conhecimento exige entrega, perseverança e troca. Sempre presente, a complexidade do saber deve carregar uma consciência limpa da maldade.

O conhecimento passa de mão em mão, e só esbarra na presença da preguiça e da falta de vontade. As pessoas que nutrem esse tipo de sentimento ruim estão sempre em busca da destruição de quem, com muito custo, conseguiu abstrair ideias e noções de tudo o que, incansavelmente, buscou.

Quem alimenta o verme da inveja é um inquieto, um perturbado que não enxerga que esse mesmo verme poderá deixá-lo muito mal. São pessoas inseguras, que poderiam perfeitamente também adquirir todo o conhecimento necessário ao seu bom sucesso sem precisar desejar o fracasso do outro.

Temos que saber até que ponto estamos deixando escapar a oportunidade de aprender. Devemos estar o mais próximo possível do conhecimento, absorvendo e aproveitando todas as oportunidades que nos levam ao crescimento intelectual e espiritual, sem deixar margem à preguiça e à inveja. O ser humano deve, sim, alimentar sabiamente certa ambição que, quando bem nutrida, servirá como uma alavanca para a sua força de vontade.

Em vez de inveja deveríamos sentir orgulho por estarmos compartilhando o mesmo espaço com quem já obtém o conhecimento. Quem tem a certeza do que diz vê as horas passarem sem medo. Quem pouco aproveita do conhecimento do próximo, um dia, sentirá a tristeza bater no seu coração, lembrando-se das oportunidades perdidas pelo tempo cedido à inveja.

O conhecimento adquirido não é para ser guardado em uma caixa impenetrável. Ele deve ser generosamente socializado com todos que queiram se aprimorar. Adquirir e transmitir conhecimento é motivo de orgulho e nobreza. Se permitir a absorver o conhecimento que o outro tem a passar é motivo de gratidão e humildade. Temos que transformar o sentimento da inveja do conhecimento na alegria do nascer do aprendizado.

O invejoso do conhecimento é barulhento e esquivo. Só na hora de mostrar do que é capaz é que percebe que, por pura vaidade, perdeu a oportunidade de beber na fonte de quem, com muita luta, ao longo do tempo, adquiriu uma experiência que só os anos e a vivência permite solidificar.

Essas pessoas carregam em seu semblante marcas bem visíveis. São marcas pesadas, duras e frias, próprias de quem não levam consigo nenhum traço de humildade. Elas não sabem o que é a leveza do ser, muito menos conhecem o prazer do conhecimento compartilhado. Parafraseando Vicente Espinel Adorno, poeta espanhol: "Se os homens tivessem dentro da alma a humildade e a gratidão, viveriam em perfeita paz".

Unir os que possuem o conhecimento àqueles que dele querem aprender de verdade, faz parte do mais alto grau da sabedoria humana. Cabe aos verdadeiros líderes esta consciência de união.

Se mostrar aberto ao aprendizado faz parte da evolução da consciência. É inteligente mantermos sempre um canal livre ao novo, ao inesperado e, no caso, aos experientes. A troca de experiências é sempre enriquecedora. Todos temos muito a dar e mais ainda a receber, humildemente falando.

por Bernardino Nilton Nascimento


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