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Histerial emocional - um desabafo

Geralmente sou uma pessoa equilibrada, mas algumas coisas me tiram do eixo facilmente. Nasci com síndrome de "problema de espera". Sou um reloginho suíço, que mesmo tendo o universo conspirando contra, pois é ponte caindo, acidentes de trânsito, eu geralmente chego no horário. Trato as pessoas como gosto de ser tratada, ou seja, odeio fazê-las esperar por mim. Moro em São Paulo, onde as pessoas encontram desculpas o tempo inteiro para seus atrasos, afinal temos um trânsito caótico, mas isso virou desculpa esfarrapada para pessoas que não olham muito além de seu umbigo, porque fazer pessoas esperarem é não ter consideração suficiente por elas e achar que elas estão à nossa disposição.

Cansei de esperar as pessoas, de roer as unhas, de ser olhada com pena em um bar lotado enquanto eu dividia minha mesa por longos minutos com uma cerveja. Claro que de brinde eu trouxe junto comigo para esta vida um carma: sempre conhecer as pessoas mais enroladas do mundo. Minha melhor amiga não consegue se atrasar por menos de uma hora e por mais que eu queira me atrasar em nossos encontros, eu não consigo; divido o apartamento com uma amiga, que costuma se atrasar tanto, que muitas vezes deixa de aparecer nos compromissos; tive namorados enroladíssimos, amigos que pontualidade é algo totalmente fora de moda. Eu continuo à moda antiga e claro, me estressando além da conta.

Ontem eu consegui chegar no meu limite. Acho que na história da minha vida ontem foi a segunda vez que mais me estressei com um atraso a ponto de colocar a amizade em risco. É, sou pentelha. Se alguém pisa na bola comigo, eu não consigo simplesmente ignorar, eu divido meu estresse e sei muito bem como fazer a pessoa se sentir mal e talvez até estressá-la.

Não me considero uma pessoa radical, mas históricos pessoais sempre faz a gente tirar conclusões, que podem até ser preciptadas, que acaba em decepção crônica. Ontem eu passei duas horas num bar lotado virando canecas de chopp enquanto esperava um amigo, que eu já sabia que se atrasaria, pois ele tem esse péssimo hábito. Depois de duas horas e alguns torpedos trocados, eu desisti, pois me senti uma idiota por ficar tanto tempo na esperança de que ele aparecesse.

O problema maior das pessoas que não aparecem em seus encontros, são as que simplesmente não dão satisfação. Claro que pode ter ocorrido algo terrível e eu deveria ficar preocupada, afinal o sujeito desapareceu, mas aí volto ao histórico pessoal que criamos das pessoas que conhecemos e neste caso o dele não era favorável: vários furos, vários atrasos, vários fatos que hoje me fazem achar que metade deles foram meras desculpas e eu, mulher que acredita nos homens, fui apenas ingênua.



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