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A pornografia dentro da igreja

Tags: pornografia



Não há como não concordar que a cultura ocidental está passando por um momento de sexualização como nunca antes observado. Desde embalagens que lembram os contornos físicos humanos para atrair olhares de forma instintiva até o modo de se vestir despudorado que tem se adotado com o passar dos anos, podemos notar que os apelos sexuais vem por todos os lados, inclusive na intimidade de nossos lares.

A internet trouxe consigo inúmeras facilidades e possibilidades, mas também permitiu que conteúdo erótico fosse distribuído da maneira mais eficiente e eficaz possível, gerando um mercado lucrativo, mas que tem desestabilizado mentes e destruído vidas. Antes que você tome a conclusão precipitada de que essa informação é exagero sem fundamento, faça uma busca na internet sobre vício em Pornografia (termo em inglês: pornography addiction). Você verá que essa é uma realidade comprovada por vários pesquisadores sem nenhuma ligação com qualquer religião.

De acordo com o Jornal de Saúde Adolecente (publicação especializada em medicina e saúde adolescente nos Estados Unidos. Site: http://www.jahonline.org ), a exposição prolongada de jovens à pornografia leva a:

a) Uma percepção exagerada de atividade sexual na sociedade.
b) Redução de confiança entre casais.
c) Descrença na monogamia sexual.
d) Crença de que a promiscuidade é algo normal.
e) Crença que abstinência ou inatividade sexual é algo prejudicial a saúde.
f) Ceticismo sobre o amor ou a necessidade de carinho entre parceiros sexuais.
g) Crença que o casamento leva ao aprisionamento dos desejos sexuais.
h) Tendência a não desejar formar família ou ter filhos.

Entre os casados a sociologista e terapeuta familiar Jill Manning pode identificar através de pesquisas a relação entre o consumo de pornografia e as seis tendências comportamentais abaixo, entre outras:

1) Aumento dos problemas conjugais e risco de separação ou divórcio.
2) Diminuição da intimidade conjugal e da satisfação sexual.
3) Infidelidade.
4) Aumento do apetite por mídias pornográficas que estejam ligadas a praticas sexuais abusivas, ilegais ou inseguras.
5) Desvalorização da monogamia, do casamento e da criação dos filhos.
6) Um número crescente de pessoas lutando contra comportamentos compulsivos e vícios sexuais.

Talvez você tenha se identificado em algumas dessas situações. Se este foi o caso, não se assuste, pois você não está sozinho. A pornografia se infiltrou na sociedade moderna e por ela o inimigo de nossas almas tem controlado muitas vidas.

Mas o que acontece em nosso corpo quando assistimos pornografia? Ao ser estimulado sexualmente nosso cérebro libera dopamina, um neurotransmissor responsável, entre outras coisas, por nos ajudar a “lembrar” como podemos satisfazer nossos instintos naturais. Quando consumimos pornografia, principalmente por um longo período de tempo, temos uma onda após outra dessa substância encharcando nosso cérebro com uma dosagem fora do normal de prazer. O cérebro chega a um ponto de fadiga e passa a limitar a liberação de dopamina, deixando a vítima da pornografia querendo mais porém sem conseguir atingir o mesmo nível de satisfação. Até mesmo o ato sexual real vai perdendo a graça e então passa-se a experimentar e procurar cenas e situações cada vez mais fortes e fora do comum para se conseguir sentir o mesmo que se sentia no começo. Tudo parece uma besteira até o momento em que a pessoa decide parar. O vício pela pornografia por vezes só é percebido quando a situação está saindo do controle. Não se consegue deixar de consumir, e como uma droga leva e outra mais forte, a vítima vai se afundando cada vez mais nesse poço escuro onde no fundo se encontrará a total servidão do ser humano ao pecado.

Já em 2002 a Academia Americana de Advogados Matrimoniais revelou os seguintes dados assustadores:

68% dos divórcios envolviam o fato de um dos companheiros encontrar um novo amante na internet.

56% envolviam o fato de um dos companheiros ter um interesse obsessivo por sites pornográficos na internet.

47% envolviam o fato de se passar muito tempo na internet.

33% envolviam o fato de se passar muito tempo em salas de bate-papo.

Como era de se esperar, tal comportamento também está presente dentro da igreja. Conforme pesquisa realizada pela General Social Survey (instituição americana de pesquisas demográficas. Site: http://www3.norc.org/GSS+Website), pessoas que se autodeclaram fundamentalistas são 91% mais propensas a consumir pornografia que o público em geral. O anonimato proporcionado pela internet permite uma vida dupla que a cada dia afunda o cristão na lama de que ele tanto deseja se limpar, enquanto a culpa e o desespero por não conseguir se livrar dessa situação o corroem por dentro.

Enquanto fora da igreja o consumo de pornografia é comum e aceitável, dentro da igreja é algo extremamente condenável. Não existe suporte para os que desejam abandonar o consumo da pornografia, sendo o assunto ignorado por muitos pastores por não saberem como abordar e ajudar os que precisam. Isso tem gerado uma contaminação generalizada entre os membros, deixando-os desamparados em uma peleja que por vezes é longa e cheias de desafios.

Não estou vitimizando o cristão que consume pornografia, colocando-o como vítima da situação, pois para que qualquer vício se instale em nossas vidas é preciso que tomemos os primeiros passos. Todavia é preciso que as igrejas se preparem cada vez mais para receber estas pessoas, ajudando-os a lutar contra seus instintos e tornarem-se parte do corpo de Cristo como células saudáveis e fortes. Não adianta ignorar o assunto, pois isso construirá uma igreja doente e impura, com membros de vida dupla e afogados em culpa.

Porém ainda mais importante que a intervenção pastoral é o cuidado diário dos pais. Com alguns cuidados simples é possível diminuir a exposição de seus filhos a pornografia, que, aliados com conversas sobre o perigo do consumo desse tipo de material auxiliarão o filho rumo a uma vida sexual saudável e plena, sem vícios ou transtornos, conforme Deus planejou. Alguns cuidados a serem tomados são:

1 – Coloque o computador em local de grande circulação ou sem porta, sempre com a tela virada para entrada do ambiente. Isso lhe permitirá acompanhar quantas horas o seu filho fica no computador e inibirá o acesso a conteúdos não condizentes a vida cristã.

2 – Imponha limites de tempo no computador. É preciso que o jovem desenvolva outros aspectos de sua vida, como a prática de exercícios, a leitura e os estudos. Lembre-se: tudo em excesso faz mal.

3 – Chame um técnico em informática para configurar (ou faça você mesmo) o roteador de sua internet com o serviço Family Shield (a tradução significa escudo da família) da empresa Open DNS:
https://www.opendns.com/home-internet-security/parental-controls/opendns-familyshield/ Este serviço bloqueia no seu roteador o acesso a sites com conteúdos pornográficos, não permitindo que nenhum aparelho conectado a rede da sua casa (por WiFi ou cabo) consiga acesso a esses sites. O serviço é gratuito e não diminui em nada a velocidade da internet. É a melhor opção hoje em dia, mas lembre-se de pedir ao técnico que mude a senha para acessar as configurações do roteador, de modo que somente você saiba, para que não desativem o serviço sem sua permissão.


Se você é um(a) jovem e veio até aqui por desejo de se livrar de vez da pornografia, parabéns! Você já tomou o primeiro passo. Agora tente seguir algumas dessas dicas:

1 – Evite ficar sozinho(a) em casa. Visite os amigos, vá aos cultos, vá para a academia. Não abra espaço para que o vício lhe chame e você vá para frente do computador.

2 – Procure ler a Bíblia todos os dias para que a força do espírito prevaleça sobre a carne.

3 – Não desista! Não importa quantas vezes cair, levante-se e continue de onde parou. Caso veja que está muito complicado, converse com seus pais, pastores, líderes ou amigo de confiança. Não descarte apoio psicológico, pois é uma batalha árdua.

Agora se você é casado(a), seguem abaixo algumas dicas:

1 – Vá dormir junto com sua/seu companheira(o). Nada de ficar até mais tarde na internet!

2 – Se abra com ela/ele sobre o assunto. Com certeza ela/ele poderá lhe ajudar a se vigiar e evitar as situações de risco.

3 – Configure o serviço Family Shield citado mais acima e peça para a companheira(o) escolher a senha sem que você saiba.

4 – Valorize os momentos de intimidade, foque naquele momento e evite ficar pensando nas coisas que você viu na internet. Lembre-se que boa parte do que se vê é encenação e mentira. A vida real é a intimidade e o prazer que Deus proporciona a duas pessoas que se amam e não entre duas pessoas que se usam.

Que a Paz de Cristo seja com você!


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