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A SAUDADE NA RUA - POR MARCELO HENRIQUE.








Hoje é o dia do culto à saudade. Afinal, todos nós já nos despedimos de muitas pessoas a quem amamos.


Parentes, amizades, amores... Foram-se antes de nós e deixaram um vazio que representa a sua ausência física, apesar de continuarem ocupando aquele espaço especial em nossas mentes e corações.

O pensamento divaga e vai buscar aqueles ricos momentos da convivência.
Palavras, gestos, manifestações de carinho.


Conselhos, lições, apoios. E, até, uma ou outra reprimenda, uma bronca, um alerta. Às vezes me pego rindo sozinho, lembrando de uma situação engraçada e pitoresca, e é

possível deixar uma lágrima escapar, Pela distância física de quem tanto foi singular em nossa existência.
O Dia de Finados é uma situação em que, de modo pontual, nos lembramos daqueles que deixaram o plano físico, adentrando ao pórtico de outra realidade dimensional. Circunstância que nos aguarda, daqui a algum tempo,sabemos, assim como pela filosofia que abraçamos, somos sabedores das “n” vezes em que já viemos e já fomos embora, deixando as vestimentas físicas.




Mortes e renascimentos sequenciais...

Perto de casa há um logradouro que se chama “Rua da Saudade”. Nome curioso, alguns podem mencionar. Ao final dela está o cemitério municipal da cidade que, aliás, por esses dias e, em especial, hoje, está bem movimentado. Cada um que lá comparece presta, à sua maneira, alguma homenagem e recorda os entes queridos.
Há muito tempo, mais de três décadas, não tenho mais esse hábito. Desde que deixei o Catolicismo para me vincular à Filosofia Espírita, nunca mais estive no dois de novembro em um cemitério. Só compareço a tal local quando da morte de algum conhecido, amigo ou parente, para prestar solidariedade aos familiares e para conversar, pela última vez, de “corpo presente” com aquele que se despede do vaso físico.
Mas, francamente, respeito a cada um que tem essa cultura, esse hábito, essa rotina religiosa. Penso que cada pessoa que vai até um cemitério nesta data, realmente deseja estar mais próximo da “última morada” daquele(s) que se foi (foram) antes de nós. Sabemos que o sentimento é o mais importante e, com as luzes do Espiritismo, temos a certeza que os vínculos permanecem mais vivos e fortes do que nunca, já que a morte não
destrói os laços de família e de simpatia entre os seres.
E nós que temos mediunidade, sensitivamente percebemos-lhes as presenças,atraídos que foram pela sintonia mental. No cemitério, para onde acorrem os familiares mais próximos, os entes queridos, desfilam as almas dos que temporariamente estão no mundo invisível e que, adiante, estarão retornando para outras experiências.


Mas, como os espíritos estão “por toda a parte”, a data especial faz com que muitos desencarnados estejam próximos aos que ficaram, visitando-lhes em suas residências, por exemplo. A natural emotividade que a data consagra, assim, recebe um ingrediente significativo, que alguns em suas percepções conseguem perceber. É a sensação de um abraço, um afago, ou a impressão de que alguém nos olha ternamente.
Não duvide que sua mãe, aquele tio que era bem próximo, um amigo dedicado, o vovô ou a vovó de tantas lembranças boas, o filho, um irmão ou irmã, o esposo ou a esposa estejam do seu lado, no momento em que você lê estas minhas linhas.
Eu e o meu querido David Chinaglia que, recentemente, nos despedimos de
nossas genitoras, lhe afirmamos que sentimos, hoje, as afetuosas e
inesquecíveis presenças delas, em algum minuto deste finados. Como não se emocionar, não é mesmo? Como não agradecer pela bendita oportunidade de um instantâneo momento de reencontro, ainda que espiritual? Como não entender
que a morte é, realmente, uma passagem e que, dentro em breve, estaremos novamente juntos, seja na Erraticidade (que é o lugar para onde vão os
espíritos no pós-morte), seja em nova oportunidade de convívio no plano material. O filho vira pai, a mãe vira filha, o irmão vira primo, o sobrinho vira tio, ou voltam como amigos, vizinhos, companheiros de estudo ou de trabalho.
Enquanto isto não acontece, os olhos marejam, a voz embarga, o sorriso tímido fica no canto da boca, a mente viaja e vai de encontro aos amores e às amizades. Que bom que eu e você temos este consolo, esta certeza, um bálsamo que cicatriza as feridas e infunde esperança.
Eles estão mais vivos do que nunca!




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