O ISO Universal é uma estrutura dinâmica sonora, que caracteriza ou idêntica todos os seres humanos, independentemente dos seus contextos sociais, culturais, históricos e psicofisiológicos. Como exemplo de Isso Universal, se encontra no batimento cardíaco, com as suas diferentes particularidades rítmicas, sonoras, vibratórias e de movimento. Também pertencem ao ISSO Universal os sons de inspiração e expiração, o sussurro da voz da mãe, o atrito das paredes uterinas, o fluxo do sangue, a água e muitos outros que surgem da natureza e do ser humano na sua evolução. O ISSO Universal opera no inconsciente e faz parte do ISO Gestáltico. Gestalt é uma doutrina que defende que, para se compreender as partes, é preciso, antes, compreender o todo: “ovo-feto-indivíduo”.

Os ritmos dos tambores das tribos primitivas variam quando se trata da saída ou do regresso à casa. Quando partem, o ritmo é a imitação do batimento cardíaco, isto é, o primeiro longo, o segundo curto, quase interrompido, o que dá lugar, em parte, à sensação de angústia. Ao contrário, ao regressar o primeiro som é curto e o segundo mais longo, o que dá uma sensação de terminação, de relaxamento, de tranquilidade. Ao partir: tam-ta; tam-ta; tam-ta. Ao regressar: ta-tam; ta-tam; ta-tam.  O Shofar é um instrumento primitivo hebreu, feito de cifre de carneiro. Este é o único instrumento de culto usado ainda hoje pelos judeus em suas datas mais sagradas. Demonstra de forma eloquente a sobrevivência de antigas associações mágicas. Não só se faz soar o cifre de carneiro, cuja forma e maneira de soprar continua sendo premeditadamente primitiva, em momentos de perigo e arrependimento, mas o cobrem, de maneira que os fiéis não possam vê-lo. Em muitas civilizações primitivas se veda ao povo a contemplação dos objetos sagrados.

O Shofar ou Keren “cuerno” é um simples chifre de cabra ou de carneiro, sem bocal. Produz somente dois harmônicos: o de segunda e o de terça. O Shofar abre um canal de Comunicação até em cerimônias de exorcismo. “Vós, todos os homens de guerra, rodeais a cidade dando uma volta ao redor dela. Assim façais por seis dias. Sete sacerdotes levarão sete trombetas de chifre de carneiro diante da Arca. No sétimo dia rodeareis a cidade sete vezes, e os sacerdotes tocarão as trombetas. Quando derem um toque prolongado, quando ouvires o som do Shofar, todo o povo lançará um grande grito. O muro da cidade virá abaixo, o povo subirá, cada um à sua frente”. Js 6 ) No contexto, a queda das muralhas é uma referência de incentivo à perseverança e persistência ao clamor, com a certeza de que o SENHOR ouvirá o som do Shofar.  Quem não se lembra da história de Lázaro de Betânia, o homem que, após passar quatro dias sepultado foi ressuscitado pelo SENHOR, tornando-se protagonista de um dos mais famosos milagres descritos na Bíblia? Para ter Vida o coração precisa pulsar. Você conhece o som do Shofar que bate dentro da tua Alma?

Em um minuto, o coração lança 5 litros de sangue no corpo; em uma hora são 400 litros. O órgão faz dois movimentos sístole e diástole. A sístole, que é uma espécie de contração, é responsável pela distribuição do sangue. Na diástole, o coração descansa.  O seu coração é o seu Shofar, o seu ISO, Único sistema de Comunicação que, bate “Igual” no mesmo ritmo. O Som é a mesma sonoridade do coração de todos. Técnicas não- verbais abre o contato com o outro através do canal de comunicação da Voz.  “O povo gritou com toda a força e tocaram os “Shofares”. Quando o povo ouviu o soar das trombetas, soltou um forte grito de guerra e a muralha caiu por terra.” As muralhas sempre existirão. Cada um a seu modo, terá que passar por Jericó, enfrentando e derrubando muralhas. O Som do seu ISO pode expulsar do seu território todos os inimigos. Nenhum general dirige a batalha, mas a Arca da Aliança, e você é a própria Arca. O grito de guerra veio de Dentro Pra Fora, e os inimigos foram lançados de cima do muro, e os muros caíram de dentro pra fora. Quando um som se junta com outro som, vai se formando um conjunto de sons, que abre o canal que potencializa toda Força do “EU SOU O QUE SOU: “HAJA LUZ, E HOUVE LUZ”. (Gn 1)

“MÔNICA DRUZIAN” – Psicopedagogia Através da Palavra