Nos tempos bíblicos, os judeus temiam um tipo de lepra que ra muito comum. Ela podia atacar e danificar de modo permanente as “terminações nervosas”. Muitas vezes, a pessoa ficava desfigurada. Essa doença terrível não tinha cura e era contagiosa. Por isso, quem Tinha Lepra Era obrigado a viver isolado e a avisar outros sobre a sua doença. Os leprosos deviam morar “fora do acampamento”. Por isso, quando um líder judaico via um leproso dentro da cidade, jogava pedras nele e dizia: “Vá embora, Não contamine outras pessoas”. Como permitir que o espírito ou a alma, não entre em contaminação pela lepra da indiferença? O modo que o Mestre tratava quem tinha lepra era totalmente diferente. Em vez de enxotar os leprosos, o SENHOR tocava neles e até os curava. (Mt 8.3) Assim a fadiga é observável até mesmo nos metais. Um metal submetido a um esforço sofre deformações. Depois de suprimido esse esforço, o metal volta ao estado inicial.

No entanto, este retorno efetua-se com certo atraso, que depende da natureza do metal, do tipo do esforço aplicado, da duração e da intensidade deste último, bem como dos fatores do meio ambiente. Tudo se passa como se o material pedisse um repouso, um período de recuperação que lhe permita reencontrar progressividade a sua forma”. No indivíduo o trabalho muscular, o ritmo cardíaco aumenta. Quando o metal ou um músculo do corpo é submetido a esforços repetidos a intervalos tão curtos que não permitem uma recuperação, a fadiga vai se acumulando até o ponto em que se rompe o metal, e o músculo não mais obedece ao comando da vontade. Muitas pessoas estão se sentindo como que leprosas. Uma doença terrível e incurável. A situação do leproso era humilhante. A cura da lepra realizada pelo Mestre demonstrava seu Poder Divino, mas também tem um caráter de libertação da exclusão social. O SENHOR via que além da cura, a necessidade da integração social. Esta atitude do Mestre contraria ao sistema do puro e impuro, pois, tocar em um leproso ou em um defunto, a pessoa se tornaria impura.  

 Em grande medida, a fadiga crônica é de origem psicológica. É o resultado de contínuas tensões emocionais, falta de interesse pela rotina diária da vida, conflitos íntimos e toda a sorte de problemas que afetam a mente. Quase tudo sobre o desânimo e a depressão aplica-se à fadiga crônica. O desanimado não encontra forças mentais sequer para iniciar uma tarefa, o sujeito com fadiga crônica se sente esgotado. A maior parte da energia gerada neste motor é gasta em vencer o atrito. Dizia-se no tempo do Messias na Terra: “Quatro categorias de pessoas são equiparadas a um morto: o pobre, o leprosos, o cego e quem não têm filhos”. Os leprosos não podiam aproximar-se das cidades e os lugares onde eles moravam; eram considerados impuros, como os cemitérios. A cura da lepra era considerada um milagre, comparável à ressurreição de um morto. Os leprosos, portanto, sentiam-se rejeitados por todos. Eles paravam à distância e de longe gritavam: “Jesus Mestre, tem piedade de nós”.

Observe-se bem: não lhe pedem a cura, mas só que tenha compaixão, que se eterniza diante da situação desesperadora em que se encontram. Esta doença une todos os povos, que quando gozam de boa saúde, se consideravam inimigas irreconciliáveis. A desgraça e a dor as tornam amigas e solidárias. Algo semelhante está acontecendo no Mundo. O “Vale da sombra da Morte” significa uma circunstância perigosa representada de forma figurada por um vale sombrio e ameaçador. A ideia é de escuridão.  Neste momento de “sombra de morte”, é aplicada para descrever o deserto e seus perigos mortais. Todos estão caminhando pelo vale da sombra da morte.  Todos estão impotentes para livrar-se da contaminação. É preciso Misericórdia, sentimento de dor e solidariedade com relação a alguém que está sofrendo a tragédia que se abateu sobre o Mundo. Misericórdia significa “Ter Compaixão do Coração”. Significa ter capacidade de sentir aquilo que a outra pessoa está sentindo,  aproximando-se com seus sentimentos dos sentimentos de alguém. Seja solidário com as pessoas. Muitos já estão com fadiga Crônica pela situação de desespero, de sofrimento e dor. É também um grito solitário de quem pede por compaixão. “Mestre, tem piedade de nós”.

“MÔNICA DRUZIAN” – Psicopedagogia Através da Palavra