“Se a Tua Presença não vai comigo, não nos faça subir deste lugar”. (Ex 33.15)

Moisés ao se referir ao SENHOR Deus, estava em um período de crise. Ele subira ao Monte a fim de buscar as tábuas dos dez mandamentos. Ao descer do Monte com as tábuas em mãos, o povo havia construído um bezerro de ouro para adorar. Naquele momento de indignação, Moisés quebra as tábuas e também o bezerro. Naquele momento a Presença do SENHOR Deus saiu do meio do povo. Então Moisés faz esta oração: “Se a Tua Presença não vai comigo, não me faça subir deste lugar”, ou seja, não quero terra que mana leite e mel, não quero paz e nem prosperidade, não busco as coisas deste Mundo, mas, busco a Tua Presença.  O que é um sujeito sem a Presença? É um sujeito Ausente do Mundo Espiritual.

A vontade de poder é o que traz a “artimanha” do fazer. O homem está cheio de poder, repleto de maquinações. O apóstolo Paulo disse que, o seu mais valioso passou a não ter mais valor e o que ele desprezava passou a ser valioso. Paulo mudou sua forma de pensar, de agir e de viver. É um conflito da carne em batalha contra o Espírito. Satanás não gosta de ver um filho fiel sendo elogiado e próspero. Então, o inimigo provoca Deus e Jó. E Deus deixa-Se experimentar. O ser humano descobre a grandeza sem limites do SENHOR, quando admite a sua própria pequenez e as suas limitações. Isto não é renúncia ao Conhecimento, mas é abertura para o Entendimento que vai além das próprias capacidades. Jó apresenta-se para ser ensinado. Jó necessitava de ser instruído sobre o mistério que circunda as maravilhas que ultrapassam o Conhecimento Humano.

Diante de Deus, Jó não é um derrotado, mas um novo ser humano capaz de perceber que é melhor caminhar com a Presença de Deus, do que ter todos os bens deste mundo e caminhar com Satanás.  O que ultrapassa os limites do saber humano pode ser percebido e apreendido quando o ser humano reconhece estar diante de um Mistério, isto é, diante de Deus e da Sua grandeza. Ouvir a sabedoria dos quatro amigos não fez Jó crescer no Conhecimento de Deus. Tudo o que eles disseram continha ligação ao molde de conceber Deus através de uma simples reação impessoal de causa e efeito. Portanto, a imagem de Deus como retribuidor cede lugar à imagem do Deus que educa e ensina Jó. Esse versículo é a chave de todo o Livro: “Eu caminhava Contigo só de ouvir falar, agora meus olhos te Veem”. (Jó 42.5)

Jó não mais conhece Deus por ouvir dizer, mas pode dizer que ele VÊ Deus pessoalmente. Sua Presença é Real. Jó aceitou ser moldado segundo o Coração do Pai. Renuncia a sua lógica e entra na Lógica de Deus, descobrindo que a grandeza da Sua Presença não achata a sua pequenez, mas eleva a um nível de conhecimento nunca visto ou experimentado. Ele pode ser reerguido do pó e sarado de suas chagas, pois se colocou em humildade na contemplação do Mistério: “Nu eu sai do ventre de minha mãe! Nu eu voltarei para lá! O SENHOR deu o SENHOR tirou! O Nome do SENHOR seja Bendito”. (Jó 1.21) A Visão de Deus é o que se espera no final de uma existência vivida na Fé e pela Fé. Isto denota que o sofrimento humano continua seu curso, e que as indagações e rejeições das críticas feitas pelos amigos, continuam sendo acusadoras. Assim, o Mistério da Presença do SENHOR Deus não pode ser compreendido, mas sim vivido. Lembre-se, Satanás não gosta de ver um adorador fiel sendo elogiado. Mas, Deus deixa-Se Experimentar. “E vós buscar-me-eis, e Me Encontrareis, quando vocês procurarem por Mim com todo o vosso coração”. (mt 6.33)