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“VOLTE Á VIDA!”

Geralmente, se diz algo como cheguei ao “meu limite” quando se esgota toda a fonte mental que lhe concede paciência, serenidade e destreza para lidar com alguma situação que se exige muita concentração e sapiência. A fuga é uma forma de escapar ao conflito. Elias, cuja valentia fora demonstrada no enfrentamento com os profetas de Baal, passados ao fio da espada, mostra-se, agora, cheio de medo diante da ameaça da rainha, que havia mandado matar todos os profetas de Deus. Sua viagem no deserto tinha apenas o significado de fuga, e agora, Elias é apresentado de uma forma diferente. O desespero profundo, expressão de fracasso, e rejeição do ofício profético, a fuga desponta como a única saída.  Assim, a frustração seria a reação a não recompensa quando é esperada uma recompensa. A frustração do profeta Elias seria o resultado da experiência de separação involuntária de Deus. O SENHOR satisfazia todos os seus pedidos. Então, como pode deixar morrer os profetas?

A excitação, o barulho, a agitação febril, a exterioridade e a multidão, ameaçam a interioridade do homem de Deus. Consistiu em se embrenhar sozinho, pelo deserto. O caminho de um dia, permitiu-lhe ir bem longe e ficar na mais completa solidão. Ocorre, então, algo que parece ir além do medo. Elias senta-se à sombra de uma árvore, pedindo a morte, por não encontrar mais sentido pela vida. Elias não se vê mais como portador de Deus. O pânico fez-lhe murchar a sua autoimagem inflada. Ele sempre se teve como “sui generis” e não pode viver com a consciência de que é um homem limitado. O lutador incansável pela causa de Deus perde a motivação para a luta diante da morte de seus alunos, os profetas. Elias dá a impressão de não ter mais forças nem motivos para combater por seu Deus diante da dor da separação. Morrer seria, para ele, a solução. O que é “a dor da separação”?

“Essencialmente, é um estado de perda emocional devastadora”. Tende sempre a achar que quem “é deixado” é a grande vítima num relacionamento. O que ocorre é que quem é deixado está numa situação completamente passiva e é obrigado a lidar com todo o sentimento de impotência. Quem fica, é arrebatado por um “sentimento de traição”, mesmo sem ter havido “traição”, propriamente. Elias se sentiu traído por Deus. O SENHOR não protegeu os seus profetas. E até que perceba a impossibilidade da continuidade da convivência, vai-se vivendo o luto da perda a um recolhimento reflexivo aflitivo, porque muitas vezes não consegue aceitar facilmente a “realidade de seus sentimentos”.  A pessoa atingida pela dor da perda entra em um estado emocional semelhante de quem está perdido. Elias se sentiu totalmente sozinho. O acolhimento e o apoio às pessoas que estão passando por este momento é crucial para o reestabelecimento do equilíbrio e a retomada da rotina, que muitas vezes é prejudicada pelo novo cenário de vida.

A dor da perda é tão desmedida que alguns estudiosos ela é reconhecida como “morte em vida”. Essa morte é proveniente de um relacionamento que não existe mais, dos sentimentos feridos e, acima de tudo, da pessoa amada que nunca mais vai voltar. O que se observa é que quanto maior a intensidade do elo, maior é a dor da ruptura. Os hábitos de vida estabelecidos com o outro dão vazão a um vazio que clama por preenchimento.  Elias entrou na caverna: “Ali entrou numa caverna, onde passou a noite; e eis que lhe veio a Palavra do SENHOR e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?” (1 Rs 19.9) É claro que Deus sabia exatamente o que Elias fazia ali, como estava usando o isolamento para fugir da dor da separação, achando que aquilo seria uma solução. “Elias responde ao SENHOR: Tenho sido muito zelosos pelo SENHOR, o Deus dos Exércitos. Os israelitas rejeitaram a Tua Aliança, quebraram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada. Sou o único que sobrou, e agora também estão procurando matar-me”.  E o SENHOR dos Exércitos disse a Elias: “Volte…” Tempo de voltar à vida. Elias foi recuperado de si mesmo pela disciplina monástica. Ele foi colocado sobre o candelabro para recuperar sua visão de líder, e voltou iluminado para brilhar em prol da sua Nação. “Volte à Vida…!”

“MÔNICA DRUZIAN”



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