“Combati o bom Combate, acabei a carreira e guardei a Fé”. (2 Tm 4.7)

Em que momento se pode dizer que uma pessoa começa a morrer? Não se trata de saber quando veio, definitivamente, a morte, mas, sim, de reconhecer o ponto em que se começa a morrer. Exemplo: “quando uma lagartixa perde um pedaço de sua cauda, este, separado do corpo, parece continuar vivo, agitando-se por muito tempo. De fato, alguma espécie de vida continua a existir no fragmento do apêndice; mas é vida que se está findando, resto de vida.” Muitos escolheram sair da competição, escolheram morrer devagar, como um fragmento do apêndice, restos de vida jogados fora da competição. Mas, “Viver” é muito mais que existir, é caminhar para frente, é progredir, é prosperar. Viver é buscar atingir objetivos, é ser útil, é ter serventia, é ser feliz.

Por mais que se tenha razão sobre o findar desta vida, seja de forma lenta, seja rápida, ninguém quer saber da morte. E, sem embargo, pior que o simples fato de morrer, é o caminhar para a morte, a morte lenta da desilusão. Quando se inicia essa caminhada trágica? Inicia-se no exato momento em que se deixa de ter sonhos, de ter objetivos, de ter metas, de se combater o bom combate. Pois quem não está realmente vivendo, está, realmente, morrendo. Assim, nesta longa estrada da vida não pode haver paradas. Ou você caminha pra frente, isto é, progride, ou caminha para trás, regride. Quando se fala em “matar um leão por dia significa que diariamente é preciso atingir os objetivos, realizar tarefas, cumprir suas metas.” Mas, isso faz parte da normalidade do cotidiano de todos.

Quando se fala em “Combater o Bom Combate”, é algo de “Superação”, de “Supremo”. O apóstolo Paulo deixou este ensinamento de força e coragem para os seus seguidores: “Fui três vezes fustigado com varas; uma vez, apedrejado; em naufrágio, três vezes; uma noite e um dia passei na voragem do mar; em jornadas, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em trabalhos e fadigas, em vigílias, muitas vezes; em fome e sede, em jejum, muitas vezes; em frio e nudez. Além das coisas exteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as Igrejas.” (2 Co 11.25,28)

“Combate o Bom Combate” está dentro de um contexto, onde o apóstolo dos gentios via os Céus abertos, via o seu martírio como uma oferta de Gratidão ao SENHOR Jesus Cristo. Obviamente, esse era o comportamento esperado de quem durante toda a carreira na Fé entendeu o verdadeiro sentido da Batalha. Paulo presentou seu próprio corpo como “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”. (Rm 12.1) Assim foi com todos os Heróis da Fé, aprender a “Combater”. Estevão fazia prodígios e grandes sinais entre o povo e logo foi arrastado para morrer à pedradas pelos corruptos.  Quando as pedras começaram a cair sobre seu corpo, esmagando todos seus órgãos, Estevão fitou os olhos no Céu e viu a Glória do Trono, e com a certeza de ter dado seu melhor “progrediu” para a Vida Eterna. “Mas Estevão, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no Céu, viu a Glória de Deus; E disse: Eis que vejo os Céus Abertos, e o Filho do homem, que está em pé à Mão Direita de Deus.” (Atos 7.55) Tempo de Progredir, de não ser apenas um fragmento de apêndice fora da competição, de ter objetivos. Lembre-se, se você parar, a vida continua. Progresso significa caminhar rumo a um objetivo, uma meta. Se você não tem objetivo, não estará “Combatendo o Bom Combate”. Assim agem os verdadeiros Líderes que preparam células para edificar outras células. Seja um Céu Aberto ao teu próximo.

“MÔNICA DRUZIAN”