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Eclesiastes: Leitura Devocional (1.1-2)

1Palavras do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém.

דִּבְרֵי֙ קֹהֶ֣לֶת בֶּן־דָּוִ֔ד מֶ֖לֶךְ בִּירוּשָׁלִָֽם׃

2Vaidade de vaidades, diz o pregador vaidade de vaidades, tudo é vaidade.

הֲבֵ֤ל הֲבָלִים֙ אָמַ֣ר קֹהֶ֔לֶת הֲבֵ֥ל הֲבָלִ֖ים הַכֹּ֥ל הָֽבֶל׃

Introdução: O Livro e seu Escritor

Estamos iniciando uma caminhada devocional. Vamos orar para que o Espírito Santo nos conduza à maturidade espiritual e nos abençoe com toda sorte de bênçãos espirituais em Cristo Jesus. Amém!

Numa época como a atual, o estudo deste Livro parece ser particularmente apropriado. Nunca, talvez, em qualquer período anterior, este mundo tenha oferecido tantas seduções para fascinar as mentes das pessoas e afastar seus corações de Deus. As conquistas da ciência e as maravilhas da arte combinaram para revestir as coisas materiais e terrenas de mil encantos desconhecidos em tempos mais simples e rudes.

A Modernidade dourou tanto o exterior das coisas que lhe conferiu um valor além da realidade nesta sociedade hedonista e materialista. O que importa é o aqui e agora, não sobrando espaço na mente e coração das pessoas qualquer reflexão sobre a eternidade.

O livro de Eclesiastes foi inserido pelo Espírito Santo no conjunto precioso das literaturas inspiradas (Bíblia) justamente para servir de alerta aos seus leitores em todas as épocas que esta inversão de valores – do espiritual e eterno, para o material e finito é correr atrás do vento.

Esta tem sido a maior e mais terrível ilusão dos séculos chamados modernidade e pós-modernidade. Mas que na verdade tem sido a ilusão do ser humano desde a queda e seu afastamento de Deus no Jardim do Éden. E o livro de Eclesiastes apenas atesta está triste e mortífera realidade, estampada em todas as multiformes mediáticas.

Jesus, depois de 40 dias de jejum e oração se preparando para iniciar seu ministério, aparece Satanás para tentá-lo. Na Terceira e última das tentações ele leva Jesus para a mais alta das montanhas e ali lhe mostra os mais poderosos reinos e seu esplendor com suas riquezas e encantos. Então o tentador diz: tudo isso lhe darei se você simplesmente se prostrar e me adorar.

Então Jesus lhe responde como havia feito nas duas anteriores, utilizando a Palavra de Deus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: ao Senhor teu Deus, adorarás, e só a ele servirás (Mt 4.10).

Está foi e continua sendo a tática de Satanás para atrair, iludir e destruir a vida de bilhões de pessoas e, todos os séculos;

e a única forma de não cairmos neste engodo mortífero é nos agarrarmos à Palavra de Deus, como Jesus Cristo nos ensina: ESTÁ ESCRITO!

Por isso o inferno trabalha 24h por dia e 365 dias por ano para desacreditar a bíblia. Pois Satanás sabe que somente na e pela Palavra de Deus o ser humano pode resistir às suas tentações ilusionista. Na mesma proporção em que o crente se afasta da Palavra de Deus, igualmente se torna presa fácil das artimanhas de Satanás.

O livro de Eclesiastes é um perfeito alerta para todos aqueles que têm se afastado da Palavra de Deus, e, por conseguinte, se afastado do próprio Deus da Palavra. Salomão havia vivido o suficiente para saber que a vida sem Deus, por mais rica e esplendorosa que possa ser, é um vazio, um vapor, uma completa e mortal ilusão.

O filho de Davi, rei de Jerusalém, é o Pregador (קהלת – Koheleth) [1] cujas palavras o qual somos convocados a ouvir; e ele inicia seu texto colocando o dedo na ferida daqueles que escolhem viver alienados de Deus: "Vaidade das vaidades; vaidade das vaidades; tudo é vaidade".[2]

Esta frase serve como colchetes que abre (1.2) e fecha (12.8) o livro. O termo hebraico “hebel” que pode ser traduzido por “vaidade”, traz outras ideias em seu significado: absurdo, frustração, futilidade, ausência de sentido [isso é sem sentindo, absurdo], vazio e vapor. O termo pode ser utilizado para se referir a algo transitório, passageiro.

Eclesiastes vai advertir no transcorrer de todo livro o absurdo de uma vida sem Deus no centro. Fiodor Dostoiévski deve ter lido o livro de Eclesiastes, pois ele escreveu: “Existe no ser humano um vazio do tamanho de Deus”. E o escritor de Eclesiastes vai demonstrar na prática que absolutamente nada neste mundo pode preencher este vazio – nem riquezas, nem prazeres.

Mas quero concluir com duas palavras preciosas:

Jesus Cristo: "Eu vim para que tenham vida, e para que a tenham em abundância” (João 10.10).

Paulo:Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e inabaláveis, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (1Co 15.58).

Oremos!

Senhor, queremos declarar que te amamos!

Que a nossa vida somente encontra real significado e sentindo

em Ti.

Que o Espírito Santo permeie a nossa mente e coração

com a Tua Palavra, de tal maneira,

que os nossos olhos e ouvidos não sejam atraídos

pelas propostas ilusórias de Satanás,

como ocorreu com nossos primeiros pais.

Em nome de Jesus é que oramos. Amém! 

Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
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Historiologia Protestante
http://historiologiaprotestante.blogspot.com.br/

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[1] A palavra hebraica קהלת, aqui usada, pode significar a pessoa que reúne o povo, ou a pessoa que se dirige a ele quando reunido.

[2] Vaidade aparece 22 vezes em 16 versos (1.2, 14; 2.11, 15, 19, 21, 23, 26; 3.19; 4.4, 7-8, 16; 5.10; 6.2; 12.8).




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