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Reflexão: Um Chamado para Ouvir

Tags: ouvir deus senhor

 

שְׁמַ֖ע יִשְׂרָאֵ֑ל יְהֹוָ֥ה אֱלֹהֵ֖ינוּ יְהֹוָ֥ה ׀ אֶחָֽד׃

κουε, σραήλ· Κύριος θες μν Κύριος ες στιν·(LXX)

Ouça, ó Israel! יהוה é o nosso Deus, יהוה sozinho.

“Ouça, ó Israel, que o Senhor é o nosso Deus; o SENHOR É Um”. (Dt 6.4)

       Um dos textos mais amados e recitados por todos os judeus (israelitas) em todas as épocas é o verso do livro de Deuteronômio acima destacado e carinhosamente denominado de SHEMÁ (OUÇA). O próprio senhor Jesus sabia da relevância destas palavras que Moisés havia proferido ainda no deserto e quando questionado sobre a relevância dos Mandamentos (Mc 12.29) Ele inicia sua resposta de forma autoritativa: “Ouça, ó Israel, que o SENHOR é o nosso Deus; o SENHOR É Um”.

        Todo e quaisquer Mandamentos ordenados somente têm valor e torna-se um canal de bênção para aquele que se dispõe a Ouvir. A Torah, suas instruções e ensinos, é para ser ouvida em todo o tempo. A grande diferença entre uma pessoa sábia e uma louca e/ou néscia é que a sábia OUVE A TORAH e o outro faz-se surdo para com as Instruções/Ensinos/Mandamentos de Deus.

       A grande dificuldade do crente do século XXI é que ele é treinado para falar o tempo todo e não para ouvir. O genuíno diálogo inicia com o ouvir – esteja pronta a ouvir e seja criterioso ao falar. Os amigos de Jó foram abençoadores enquanto se calaram, mas quando abriram a boca tornaram-se espinhos no já desfigurado Jó.

A capacidade de ouvir é um sinal de amor e genuína preocupação com o outro.  Vivemos em uma Sociedade insensível e indiferente para com o próximo e uma das características é a incapacidade de parar e ouvir o que o outro tem a dizer, a compartilhar, a dividir. As pessoas são sempre prontas a falar (mesmo quando estão apenas repetindo as palavras mediáticas que foram implantadas em suas mentes e corações), mas poucas (e cada vez menos) estão dispostas a uma escuta altruísta, despojada de seu egocentrismo natural.

Na contracultura destes dias cibernéticos e mentes robotizadas, Jesus ora ao Pai em nosso favor, crentes pós-modernos: “Para que sejamos um, assim como Ele e o Pai são um(João 17.21-23). A vida cristã é para ser vivenciada de forma compartilhada, dar e receber, ouvir e falar. Esta oração intercessora de Jesus deixa claro a importância que Ele dava para a dimensão da comunhão e do compartilhar (característica marcante e distintiva dos primeiros cristãos – “partiam o pão de cada em casa” diariamente). Jesus quer que lembremos continuamente de que o outro é tão relevante e necessário quanto nós mesmos.

O primeiro passo da genuína comunhão é “OUVIR”.  Um casal que aprendem ouvir o outro, precisara falar cada vez menos para ser compreendido. Na relação em que as palavras se chocam continua e até mesmo violentamente, não há espaço para ouvir o outro e no final não conseguira ouvir nem mesmo a si mesmo. A escuta genuína germina um sentimento crescente e viçoso de confiança mútua entre as pessoas, terra fértil para produção abundante de amor.

A relação de Deus conosco é fundamentada nesse compromisso mútuo do ouvir. Deus nunca ordena o que Ele não faz. Na medida em que Deus nos exorta a ouvi-Lo, então podemos descansar confiantemente de que Ele também nos ouvirá (esta era a certeza que sustentava os salmistas em todas e quaisquer circunstâncias das suas vidas).

Deus sopra (sussurra, comunica) Suas palavras de forma misteriosa (João 3.8; 6.33) e pelo Seu Espírito as vivifica em nós produzindo a vida eterna (João 20.22).

Todavia, não basta ouvir apenas com os ouvidos físicos, característica do religioso, mas ouvir com a alma, com o coração. Deus se recusa a continuar ouvindo as algazarras barulhentas dos israelitas, pois seus corações (alma) estavam totalmente empedernidos à germinação das sementes da Torah (Isaías 1.10-17).  

Conclusão

Deus continua a chamar eu e você! Temos apenas duas opções: ouvir ou nos fazermos surdos. A história dos israelitas é um testemunho vivido desta imutável verdade. Quando ouviam (sempre no sentido de obedecer) a Deus eles eram abençoados, mas todas as vezes que deixavam de ouvir a Deus e davam ouvidos a outras vozes, os resultados eram sempre desastrosos e mortíferos.

OUÇA O SENHOR SEU DEUS!

 

Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
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