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Natividade: Advento e Natal são a mesma coisa?


          Na realidade não. O termo Advento é relacionado especificamente a todos os aspectos relacionados ao nascimento de Jesus Cristo encontrados na Bíblia. E o termo Natal é genérico e está conectado com todo o sistema comercial das festividades natalinas incluindo símbolos como o papai Noel e pinheiros que nada tem a ver com a história de Jesus Cristo.

Advento

O termo significa "vinda" ou "chegada". Para os que creem na Bíblia é frequentemente usado para se referir a todas as etapas relacionadas à primeira vinda de Jesus Cristo (Primeiro Advento). Desta forma uma aplicação teológica mais ampla refere-se à vinda de Jesus Cristo ao Mundo pela qual Deus empreende a salvação do ser humano pecador através de seu nascimento, vida, morte, ressurreição e ascensão. Igualmente, o termo Segundo Advento faz referência ao retorno de Jesus em glória no fim dos tempos.

Quando examinamos as Escrituras do Primeiro Testamente [Antigo Testamento] haveremos de encontrar inúmeras profecias que previam a primeira vinda de Cristo. Os Escritores do Segundo Testamento [Novo Testamento] vinculam o cumprimento destas profecias com a vida de Jesus Cristo. Esses textos proféticos podem ser agrupados de forma temática.

O nascimento de Cristo. Os escritores neotestamentários encontraram diversos aspectos relacionados ao nascimento de Cristo registrados na primeira parte da Bíblia. Cristo seria descendente direto da linhagem davídica (Cf. Sl. 110.1 com Mt. 22.43-44; Marcos 12.36; Lucas 20.42-43), mas distintamente de do rei Davi, seu DNA é de origem divina (Sl. 40.6-8/Hb. 10.5-9; Sl. 2.7/Atos 13.33 e Hb. 1.5; 5.5; Is. 7.14/Mateus 1.21-23). Em Miquéias encontra-se a predição do local de nascimento, Belém (Mq. 5.2 com Mt. 2.6; João 7.42). Vários profetas fizeram referências à oposição que o Messias enfrentaria ao nascer, como vista na tentativa de Herodes de matar todos os bebês em Belém (Os. 11.1/Mt. 2.15; Jr. 31.15/Mt. 2.16-18).

O precursor de Cristo. O Primeiro Testamento registra que o Messias seria precedido por um mensageiro que haveria de preparar a mente e corações das pessoas e se cumpre na vida de João Batista (Is. 40.3-5/Mt. 3.3; Marcos 1.3; Lucas 3.4–6; João 1.23; 3.1/Marcos 1.2; Lucas 7.27; 4.5–6/Mateus 11.14; 17.12; Marcos 9.12–13; Lucas 1.17).

O ministério de Cristo. Tudo que Jesus Cristo realizou no transcorrer de seu ministério terreno não foram aleatórios, mas cumprem uma agenda previamente estabelecida nas páginas veterotestamentárias: o Messias deveria ser um profeta (Dt. 18.15–16, 19/Atos 3.22–23; 7.37; Sl. 69.9/João 2.17; semelhantemente Mateus 21.12–16; Marcos 11.15–17; Lucas 19.45-47); começar seu ministério na Galileia (Is. 9.1-2/Mateus 4.15-16). Ele foi identificado como o Servo Sofredor do Senhor (Is. 53.4/Mateus 8.17; Isaías 61.1–2/Lucas 4.18–21; Isaías 53.12/Lucas 22.37; Isaías 53.3ss./Marcos 9.12; Lucas 18.32; 24.24–25, 46). Também apontaram para o sacerdócio eterno de Jesus (Sl. 110,4/Hb. 5,6; 7,17,21). Muitos textos profetizavam que o Messias seria um rei (Zc 9,9/Mt. 21,5; João 12.14–15).

A oposição de Cristo pelos judeus. As perseguições e oposições por parte das lideranças religiosas judaicas já estavam previstas: o Messias seria combatido e oprimido por seu próprio povo (Is. 6.9-10/Mateus 13.14-15; Marcos 4.12; Lucas 8.10; Isaías 53.1; 6.9–10/João 12.37–41; Sl 118.22–23/Mateus 21.42; Marcos 12.10–11; Lucas 20.17; Atos 4.11; 1 Pedro 2.7–18).

A traição de Cristo por Judas. Dois textos relacionam a traição do Messias por um amigo próximo (cf. Sl. 41.9/João 13.18; 17.12; Zc 11.12–13/Mt. 27.9–10; bem como Sl. 109.8; 69.25 e Atos 1.20).

A prisão e o abandono de Cristo. Os profetas do Antigo Testamento declararam que o Messias seria preso e depois abandonado por seus amigos e apoiadores (Cf. Zc 13.7/Mt. 26.30-31; Marcos 14.27).

A morte de Cristo. A morte violenta do Messias é mencionada em vários textos do Primeiro Testamento (Sl. 22.18/João 19.24; Sl. 22.15/João 19.28; Ex. 12.46; Nm 9.12; Sl 34.20/João 19.36; Zc 12.10/João 19.32; Isaías 53.7–9/Lucas 18.32; Atos 8.32–35; 1 Coríntios 15.3; Deuteronômio 21.23 com Gl 3.13).

A ressurreição de Cristo. O Novo Testamento também identifica textos se referem diretamente à ressurreição do Messias (Sl. 16.8-11/Atos 2.25-28; 2 Sam. 7.12-13/Lucas 18.33; 24.46; Os. 6.2/João 2.19-22; 1 Cor. 15.4).

A ascensão de Cristo. Não apenas o sofrimento de Cristo, mas também a sua glorificação são indicadas em sua ascensão para sentar-se à direita de Deus (cf. Sl. 110.1/Atos 2.34-35; Sl. 2.7/Atos 13.33-35; Sl. 68.18/Ef. 4.8).

          Portanto, o Advento abrange todas estas questões fundamentais para a genuína fé cristã. Declarar-se cristão implica em se crê em todas estas verdades relacionadas diretamente a Jesus Cristo.

          Os pseudos cristãos são todos aqueles que professam uma fé em Jesus Cristo, mas rejeitam várias, se não todas, as questões acima mencionadas. Desta forma a questão que não quer calar continua sendo a mesma desde os primeiros dias do Cristianismo: Você Crê em Jesus Cristo com todas as suas implicações bíblicas?

Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
Outro Blog
http://historiologiaprotestante.blogspot.com.br/

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Referências Bibliográficas

HAYS, J. Daniel, DUVALL, J. Scott e PATE, C. Marvin. Dictionary of Biblical Prophecy and End Times. Zondervan, 2007.



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