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Você é o que Você Come

 

          Evidente que como toda frase a escolhida para este artigo pode incorrer em muitas variantes interpretativas. Todavia, partindo do sentido mais simples, de fato a Nossa alimentação tem forte influência em nossa dinâmica de vida.

          Quanto mais criteriosa e bem elaborada a nossa alimentação for mais possibilidade de uma vida equilibrada e saudável nós teremos. O contrário igualmente verdadeiro, pois a ausência de critérios e até mesmo bom senso em nossa alimentação, as possibilidades de incorrermos em graves problemas de saúde aumentam substancialmente.

          A nossa vida espiritual também reflete em muito o que comemos. Se ingerimos apenas os alimentos mediáticos que nos são oferecidos sem quaisquer critérios, certamente haveremos de trazer sérios danos à nossa espiritualidade.

          O melhor e mais saudável cardápio que temos à nossa disposição diariamente é a Palavra de Deus. Todo alimento que a Bíblia nos oferece, mesmo aqueles que são amargos até aqueles que são doces do que o mel, são necessários para o desenvolvimento saudável da nossa vida cristã.

          O profeta Oséias em seus dias (8ºséc. antes de Cristo) já alertava os seus ouvintes (israelitas) do dano irreparável que traziam a si mesmos por não degustarem diariamente a Lei do Senhor. O Salmista coloca em centenas de versos o seu prazer em se alimentar continuamente do ensino proveniente das Escrituras.

          A daqueles que viveram nos dias do Antigo Testamento, assim como todo cristão que vivem no contexto do Novo Testamento é nutrida em sua essência e pureza pela Palavra de Deus. Um dos grandes e extraordinários gritos da Reforma Protestante (séc. 16) foi: SOMENTE AS ESCRITURAS!

          Mas temos tido fome e sede da Palavra de Deus? Ou temos nos contentado com “as finas iguarias do rei”? Daniel 1.8. Que tipo de vida cristã queremos ter? Em que condicionamento espiritual queremos viver? Obesa, raquítica ou saudável? Daniel e seus amigos optaram (não havia ninguém que os coagisse – pai, mãe, pastor, igreja) por se alimentarem daquilo que lhes fortaleceria a fé e a sua comunhão com Deus.

Mas não basta apenas escolhermos criteriosamente o que comemos, é preciso também reaprendermos a comermos corretamente. Vivemos os dias do “fast food” – comida rápida, instantânea). Há muito tempo estamos perdendo o prazer e alegria de usufruirmos uma boa refeição – mesmo que seja aquelas mais simples imaginável. Aquele momento especial, quando paramos as demais atividades e nos concentramos apenas e tão somente em degustarmos sozinhos, mas de preferência com outras pessoas (família, amigos) uma refeição singela e saborosa. Sentirmos os aromas e sabores dos alimentos preparados.

Quando comecei a trabalhar em uma empresa eu optava em fazer um percurso bem mais longo, mas que me permitia passar no meio do Mercado Municipal de SP. Sentir logo pela manhã todos aqueles aromas exalados das mais variadas frutas tropicais eram imensamente prazerosos e motivacionais para o restante de meu dia.

O que desejo expressar é que não basta apenas ler e estudar a bíblia, é igualmente necessário sentir seus aromas e seus sabores. É preciso apreciá-la, degustá-la de forma que ao final da refeição (leitura) possamos nos sentirmos totalmente satisfeitos e igualmente motivados para colocarmos tudo que ela nos ensina em prática. A leitura abençoada e abençoadora da Bíblia é a leitura vivencial – essa é a figueira que produz frutos de boa qualidade e em abundância – infelizmente muitas (se não a maioria) de nossas leituras bíblicas só produzem lindas e enganosas folhagens, mas nenhum fruto.

Na abertura do Saltério (conjunto dos 150 salmos bíblicos) é nos apresentado duas formas de vivermos: comendo o que os pecadores, escarnecedores e ímpios comem; ou comendo o que a Palavra de Deus nos oferece. Mas há um detalhe importante nesta alimentação bíblica: “ruminando/degustando de dia e de noite” – é preciso ruminar/degustar os textos bíblicos – extrair de cada leitura (breve ou longa) tudo que ela nos oferece de bom, santo e agradável. A melhor leitura é aquela que nos deixa plenamente satisfeitos – a ponto de não precisarmos de mais nada.

Imaginemos por alguns segundos uma maioria de cristãos se alimentando desta forma. O que mais haveríamos de querer? Nenhuma das iguarias da mesa farta e colorida do mundo nos atrairia. Quando estamos plenamente satisfeitos nenhum outro alimento desperta nosso desejo.

A razão da crise do salmista (narrada por ele mesmo no salmo 73) estava no fato de que ele deixou de se saciar plenamente na Palavra de Deus e na sua fome crescente ele começou a desejar o que os ímpios comem (prazer, bens e riquezas) e isso não apenas o entristeceu como também o levou a questionar seu próprio relacionamento com Deus – será que vale a pena?

Mas quando Deus graciosamente o conduziu ao fim de todas as coisas e ele pode contemplar o final do justo e o final do ímpio – ele faz uma celebre declaração: “o Senhor é o meu bem maior” – somente em Ti sou plenamente saciado.

          Corroborando as palavras do salmista acima, Jesus conta uma história (parábola) de um homem muito, muito rico e de um mendigo miseravelmente pobre – que vivia das migalhas da mesa do rico. Asafe se sentiu assim diante da prosperidade dos ímpios (e nós também).

          Mas Jesus continua a história – o mendigo Lazaro morreu; mas algum tempo depois igualmente morreu o rico Lucas 16.19-31. E a história continua: Lazaro estava no seio de Abraão (figura de linguagem que representa o céu) e o rico estava no lugar de sofrimento e tormenta (conhecido também por inferno). Aplicando para a nossa leitura devocional: você não é apenas o que come, mas o que você come vai implicar em seu estado final.  

          Jesus deixou bem claro: “Nem só de pão vivera o ser humano, mas de tudo aquilo que sai da boca de Deus (a Palavra de Deus)”. Paulo entendeu corretamente essa verdade e coloca com outras palavras: “posso comer de tudo que me é oferecido por este mundo, mas certamente nem tudo me fará bem”.

Daniel e seus amigos poderiam comer de todas as iguarias dos banquetes reais? Sim! 

MAS ELES OPTARAM POR SE ALIMENTAREM DA PALAVRA DE DEUS!

E você, do que tem se alimentado?

 

Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Outro Blog
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http://reflexaobiblica.spaceblog.com.br/

 

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