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Êxodo Capítulo 1 – Os Movimentos da Providência de Deus

 

Este primeiro capítulo pode ser divididos em três micros blocos literários, sendo o último verso uma conclusão. O primeiro bloco descreve o contexto dos filhos de Israel após a morte de José. Jacó/Israel quando foi abençoar seus filhos incluiu os dois filhos de José (Manassés e Efraim), agora eles se tornaram as doze tribos de Israel, expandindo-se de setenta pessoas e a família de José já no Egito para se tornarem "frutíferos e multiplicados" (Êxodo 1.7). A terra estava "cheia" com o povo israelita. Aqui começa o cumprimento da bênção de Deus sobre a vida de Abraão que lhe daria uma descendência semelhante às estrelas dos céus e a areia do mar (Gênesis 12.1–3).

Síntese do Livro

O livro de Êxodo estabelece o relacionamento da Aliança de Deus com a nação de Israel de pleno direito. Os descendentes de Abraão prosperam depois de se estabelecerem no Egito, apenas para serem escravizados por um faraó egípcio temeroso e odioso.

Deus não apenas preserva seu povo como designa Moisés para liberta o povo que estava vivendo em estado de escravidão.

Moisés como instrumento e porta-voz de Deus, lança sobre as egípcias sucessivas pragas como demonstração do juízo de Deus, de maneira que Faraó não teve alternativa a não ser deixar o povo israelita saírem do Egito. pois o Senhor traz pragas e julgamentos sobre o Egito, levando à libertação de Israel.

O período de tempo entre o último capítulo de Gênesis e o primeiro de Êxodo é de aproximadamente 400 a 430 anos. No transcorrer destes anos o Egito tornou-se a maior potência na área do Oriente Médio e Norte da África. As dinastias egípcias viveram dias de riqueza, poder e poderio militar até então nunca vistos.   

No segundo bloco do texto, versos 8 a 14, uma nova dinastia assume o trono no Egito e eles não reconhecem os privilégios que José e seus descendentes receberam anteriormente. Há por parte destas atuais autoridade uma preocupação com o crescente numero de Israelitas vivendo praticamente dentro do Egito, temendo que pudessem a vir a se unirem a seus inimigos e tomarem o poder no Egito. A partir de então começa o longo e doloroso período de escravidão Dos Israelitas. São nomeados capatazes sobre eles e suas aflições são crescentes. Eles recebem "fardos pesados" (Êxodo 1.11). Os israelitas fazem parte dos milhares que participaram diretamente dos construtores das cidades de Ramsés e Pitom. O trabalho deles incluía fabricação de tijolos e todo tipo de trabalho de campo (Êxodo 1.14). Mas quanto mais Faraó os oprimia, mais eles cresciam em numero, o que vai levar Faraó a elaborar novos e terríveis decretos legais contra eles (qualquer semelhança com a cúpula judiciária brasileira não é mera coincidência).

Capítulo Contexto

Êxodo capítulo 1 descreve a difícil realidade enfrentada pelos israelitas ainda em seus primórdios, antes mesmo de se tornarem uma grande nação. No final do Gênesis, os descendentes de Abraão estavam finalmente seguros. Nesta passagem, eles se tornam prósperos e se expandem rapidamente. Isso, no entanto, resulta em medo e ódio da dinastia real egípcia, que não conheceram José. Decretam um programa de escravidão e infanticídio contra os hebreus. Isso prepara o cenário para a inserção do maior líder de Israel,  Moisés, que falará da parte de Deus durante todo o este tempo de libertação dos israelitas, até chegarem em segurança nas fronteiras de Canaã, de onde Jacó e José haviam saído, e terra que Deus havia prometido a Abraão o ancestral com o qual Deus havia feito uma Aliança.

O terceiro bloco deste capítulo, versos 15-21 revela a forma cruel com que Faraó tentara parar o crescimento dos israelitas. Como não havia hospitais eram as parteiras que auxiliavam as grávidas nos partos. É ordenado especificamente a duas delas, Sifrá e Puá (egípcias) que nascendo o bebê e sendo do sexo masculino, ele deveria ser jogado nas águas do rio Nilo (as atuais leis pró-aborto  é ainda mais cruel e terrível, pois permite a matança de milhares bebês de ambos os sexos antes mesmo de nascerem). O objetivo do faraó era parar o rápido crescimento populacional dos judeus que na perspectiva dele ameaçavam os egípcios. Isso não pode ser feito sem que algo muito interior seja negado, sem afetar definitivamente o caráter da pessoa, aquilo com o que ela se compromete. De maneira que estas parteiras temendo ao Deus dos israelitas se recusam (secretamente) a obedecer a uma ordem tão cruel e abominável como esta. E Deus honra essas parteiras e abençoa tanto elas quanto suas famílias (versos 20-21). Quão diferente das pessoas de hoje que sai às ruas para comemorem o fato de que podem matar bebês sem qualquer constrangimento, pois nestas pessoas não há qualquer vestígio do temor a Deus, mas cada um destes genocidas legalizados, tanto os que autorizam quanto os que exercem a função de carrascos destas vidas terão que enfrentar a ira de Deus – o autor da vida.

O último verso (22) é o ápice da maldade inerente do ser humano sem discernimento e temor de Deus. Faraó percebe que sua ordem anterior não está surtindo efeito, então estende a ordem para todas as pessoas, para que joguem os bebês masculinos judeus para serem devorados pelos crocodilos que povoavam o rio Nilo. A malignidade humana não tem limites no que tange ao esforço coordenado do inferno para destruir a Criação de Deus e principalmente aqueles que foram feitos à imagem e semelhança Dele e que foram separados para adora-lo e louvá-lo. Os israelitas passam a viver com está sombra maligna e assassina sobre suas vidas.

Esse contexto assustador nos prepara para os próximos capítulos em que temos a narrativa do nascimento de Moisés e a preservação dos israelitas, que se constitui na manifestação real e maravilhosa da graça e do poder de Deus, na preservação da vida e na aplicação do seu juízo sobre todo o mal transvestido de autoridade – Moisés e seu povo viverão, mas Faraó e seu exército morreram. E aqui esta uma perfeita ilustração do Salmo primeiro: “O Senhor conhece o caminho do justo, mas o caminho dos ímpios perecerá”.

Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Outro Blog
Historiologia Protestante
http://historiologiaprotestante.blogspot.com.br/

 

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