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As Dez Palavras de Deus – Introdução

E Deus falou todas essas palavras, dizendo:”
(Êxodo 20.1)
            Estamos no século XXI porque devemos estudar um código de leis que foi criado a milênios de anos atrás? É possível que tenha alguma utilidade nos dias atuis, em um mundo em que as pessoas não querem sim ou não, mas vivem uma vida no mais ou menos? O mundo dos dias de Moises era menos complicado do que o nosso mundo? As pessoas e as sociedades daquela época eram mais obtusas do que as do século XXI? Como afirma Kevin DeYoung: “Estudar os Dez Mandamentos revela exatamente o que está no cerne da rebelião humana: não gostamos que Deus nos diga o que podemos e o que não podemos fazer”. Creio que a pergunta mais relevante seja: A quem Deus falou estas palavras e que deveriam se constituir em regra de fé e prática?
            Inicialmente creio ser necessário lembrarmos a tríplice divisão do conjunto das Dez Palavras dadas por Deus para reger as diversas instâncias da vida dos israelitas. [1] As leis civis se referiam às questões legais, como por exemplo as relacionadas à questão dos impostos; as leis cerimoniais estavam focadas nas questões religiosas, quer fossem individuais, familiares ou coletivas; e a lei moral, cuja a síntese está nesse Decálogo,[2] implicava na responsabilidade individual de cada israelense.
Deste modo, podemos resumir da seguinte forma: os requisitos civis podem ser utilizados pelos governos modernos, as atividades cerimoniais foram cumpridas na cruz e, portanto, não devem ser adotadas pela igreja, e a lei moral é permanente.[3] Mas ainda resta uma pergunta: "Para quem a lei moral é permanente?" A Bíblia faz referências a pelo menos quatro grupos diferentes a quem as Dez Palavras se relacionam:
As Dez Palavras se Relaciona a Todas as Pessoas
            O apostolo Paulo tratando sobre esta questão com os cristãos estabelecidos em Roma (Rm 2.14-16) ele diz que mesmo aqueles que vivem fora das normativas divinas, vivem debaixo das leis que eles mesmo criam, pois segundo Paulo essas leis estão estabelecidas em seus próprios corações e o palco são suas próprias consciências que se lhes tornam seus próprios promotores de acusação.
            É preciso deixar bem claro que embora esses princípios ressoem na consciência humana (individual e coletivamente), eles certamente não são a única influência sobre nosso pensamento e comportamento. Precisamos saber que existe um Deus que espera certo comportamento moral e que há consequências de obedecer ou desobedecer a esses comandos.
            Para o velho apostolo todas as pessoas sabem a diferença entre o certo e o errado; essa característica foi forjada em sua criação de maneira que Adão e todos os seus descendentes, mesmo depois da Queda, estabeleceram e viveram por leis, mesmo antes das proferidas no Monte Sinai e transmitidas por meio de Moisés;[4] a sociedade por mais primitiva que seja não vive sem lei; dentro da perspectiva da Nova Aliança a Lei é um instrumento de evangelização, pois demonstra na prática a incapacidade do ser humano viver em harmonia com Deus, por si mesmos, de maneira que carece de um Mediador que é Jesus Cristo. E por fim Paulo deixa bem claro que os que vivem sem a justiça de Cristo, serão julgadas pela Lei no Dia do Juízo Final.
As Dez Palavras e Israel
A Lei foi promulgada a todas as pessoas, mas especificamente aos israelitas a partir do Monte Sinai. Eles agora são um Povo, posteriormente serão uma Nação, e torna-se indispensável que eles tenham um conjunto de leis que possam regê-los, por esta razão os Dez Mandamentos são elaborados dentro da linguagem pactual: em primeiro lugar, o Soberano declara quem ele é e o que ele fez por seus súditos e, em segundo lugar, ele lista suas exigências em relação a eles.
O tempo vai demonstrar a incapacidade dos israelitas em responder positivamente às expectativas de Deus. Os profetas de forma geral traziam à memória de seus ouvintes, israelitas e judeus, que eles estavam vivendo em transgressão às leis dadas por Deus dentro da Aliança estabelecida a partir do Sinai. Diante da permanente rebeldia e displicência deles, o profeta Jeremias declara que Deus fará um Novo Pacto, mas esse será distinto, pois será de dentro para fora: “colocarei minha lei dentro deles, e escreverei em seus corações. E eu serei o Deus deles, e eles serão o meu povo. E não mais cada um ensinará seu vizinho e cada seu irmão, dizendo: ‘Conheça o SENHOR’, pois todos me conhecerão, desde os menores até os maiores, declara o SENHOR. Pois perdoarei sua iniquidade, e não me lembrarei mais do pecado deles” (Jr 31.31-34). De acordo com o escritor de Hebreus esse é a Nova Aliançaem que todos aqueles que creem no Senhor Jesus estão inseridos hoje (Hb 8.1-13).
            O apostolo Paulo traz mais um esclarecimento sobre essa questão, pois em sua correspondência com os crentes da Galácia, que estavam sendo perturbados por judaizantes que pressionavam para que retornasse à prática ritualística do judaísmo, Paulo relembra que Abraão[5] foi feito justo pela fé, pois viveu antes da Lei mosaica e de que a função da Lei, até Cristo, foi de guardiã, preservando do juízo divino, todos aqueles que viviam genuinamente comprometido com os termos da Aliança, pois tinham a Lei escrita em seus corações e muitas vezes essa é a oração dos Salmista, cujo Salmo 119 é o maior e mais extraordinário exemplo de amor pela Lei de Deus. Infelizmente esses israelitas que amavam a Lei do Senhor nunca foram a maioria e por esta razão a Lei tornou-lhes guardiã de uma obediência pela fé.
            Onde os israelitas falharam é exatamente onde nós também falhamos, todavia, mediante a manifestação da graça de Deus, somos mantidos obedientes em decorrência da obediência de Cristo e pela ação continua do Espírito Santo que nos capacita a vivenciar a vontade de Deus (Rm 8.1-4).
As Dez Palavras Revelam o Nosso Pecado
Conforme o apostolo Paulo explica uma função importante da lei é que ela convence o ser humano de seus pecados: “Assim é que a condenação de Deus cai pesadamente sobre aqueles que vivem debaixo da lei, visto eles serem responsáveis pela guarda das leis divinas, em vez de fazerem todas essas coisas más. Nenhum deles tem desculpa; de fato, o mundo inteiro sente-se culpado e fica mudo diante do Deus Todo-poderoso.Vocês podem ver agora? Ninguém pode jamais ser declarado justo aos olhos de Deus por fazer o que a lei ordena. Quanto mais conhecemos as leis de Deus, mais claro fica que não as obedecemos, pois que suas leis nos fazem ver que somos pecadores(Rm3.19-20). Uma vez que a lei de Deus é o padrão perfeito, convence-nos do nosso fracasso em mantê-la. Esta convicção irá variar em grau de intensidade em diferentes pessoas.
O fato de uma pessoa reconhecer seu pecado é um passo, mas ainda não é uma conversão. O remorso carrega uma dose forte de consciência do pecado e tristeza pelas consequências advindas, mas diferentemente da verdadeira conversão ela não motiva a pessoa a depositar sua confiança em Jesus. Somente no e pelo Evangelho é possível experimentar uma conversão total e plena da nossa vida, pois o Evangelho não apenas nos revela que somos pecadores (transgressores da Lei), mas nos fornece o remédio - o sacrifício de Jesus Cristo.
As Dez Palavras e os Cristãos
Se estamos dentro da Nova Aliança, porque nos preocuparmos com a Lei? Simples, o que Jesus fez por nós na cruz foi não apenas nos salvar da condenação da Lei, mas nos capacitar a vivencia-la na nossa vida cotidiana. A Lei é a expressão da vontade de Deus para as nossas vidas. Em nenhum momento Jesus cancelou a validade da Lei, ao contrário, ele aprofunda a aplicação e o sentido da Lei.
Uma vez que a Lei está escrita em nossos corações, ela deve produzir os efeitos para o qual foi estabelecida. O Evangelho não transforma a Lei em legalismo, ao contrário, nos torna livres não apenas para obedecermos voluntariamente aos preceitos divinos, mas para amar a Lei de todo o nosso coração, mente e forças, pois em Cristo recebemos um novo coração do Pai, coração regenerado, transformado, inspirado por Jesus.[6]
Ao resumir os Mandamentos em dois: amor a Deus e amor ao próximo – Jesus deixou claro que toda a Lei é uma expressão de amor: amamos Deus adorando-o e usando seu nome corretamente; amamos nossos pais honrando-os; amamos nossos cônjuges sendo fiéis; amamos nossos vizinhos protegendo suas vidas, respeitando suas propriedades, e dizendo-lhes a verdade. Estas Palavras foram pronunciadas por um Deus que é amor, que espera que seu povo que o ame e que compartilhe esse amor com os outros. Como Jesus disse: "Quem tem meus mandamentos e os obedece, é esse quem me ama" (Jo 14.21; 1 Jo 5.3). Desta forma, é totalmente impossível separamos a Lei de Deus do amor de Deus. E todos aqueles que tentam fazer isso tornam-se loucos. Disse Jesus: “Eu vim para cumprir a Lei e não para revoga-la”.
A relação da Trindade com as Dez Palavras
Primeiro, eles nos possibilitam apreciarmos a inteligência e amabilidade do Legislador. A Lei aponta o holofote sobre o caráter de Deus. Não apenas estas Dez Palavras, mas toda Palavra de Deus não só mostra o que Ele quer; ela nos revela o que Deus é.  A Lei é elaborada pelo Legislador para proporcionar segurança, não apenas para mim, mas para toda a comunidade (sociedade) em que estou inserido. Cada uma das Dez Palavras nos diz algo sobre o caráter de Deus, e nós os consideraremos no devido tempo.
Segundo, igualmente poderemos apreciar as qualidades do caráter de Jesus Cristo. Jesus na sua humanidade é o nosso exemplo e ele cresceu obedecendo a Palavra de Deus, pois ela estava em seu coração e ele sempre fez as coisas que agradavam ao Pai. Em nenhum momento ele torna-se transgressor da Palavra, como o fez Adão e fazemos nós, mas ele a cumpre integralmente. Quando ele resume toda a Palavra em dois pontos fundamentais é porque em todo o tempo ele amou a Deus e ao próximo.
Terceiro, a nossa obediência à toda Palavra de Deus é a obra iniciada pelo Espírito Santo, a partir da nossa conversão. Ele sempre vai querer que eu mantenha a Palavra de Deus, o que significa que ele nunca vai me levar a ignorar uma só das Palavras ou desobedecer a uma delas. O objetivo do Espírito Santo será me conformar com os requisitos da Palavra de Deus.
Essa Palavra de Deus continua sendo as balizas pelas quais devemos vivenciar a nossa fé cristã. Elas indicam a maneira pela qual Deus deseja que vivamos em relação à comunidade cristã, mas também em relação à Sociedade de forma geral. As Palavras estabelecidas por Deus transcendem o espaço e o tempo e continuam tão vividas hoje como foram nos dias de Moisés e dos israelitas.
Conclusão
Assistimos diariamente a triste realidade de uma Sociedade que ignora por completo os Mandamentos de Deus, tendo a total cumplicidade de um evangelicalismo morno e insonso que produz ânsia de vômito em Jesus Cristo (Ap 3.15,16).  As ondas crescentes e destruidoras da violência, da promiscuidade; da corrupção e da mortalidade tem devastado e continuará devastando milhões de vidas em todo o mundo.
            Nestes dias de tensas trevas o estudo cuidadoso destas Dez Palavras de Deus sintetizadas e inseridas no contexto geral das Escrituras, torna-se indispensável para mantermos não apenas a integridade de nossa fé e vida cristã, mas da nossa própria sanidade mental em meio a uma Sociedade transloucada e a beira da esquizofrenia.
Perguntas para Reflexão
1.    As Dez Palavras são importantes para você? Porquê?
2.    Você poderia citar de memória as Dez Palavras?
3.    Você tem ensinado seus filhos ou netos as Dez Palavras?
4.    As Dez Palavras fazem parte do seu conjunto de fé e prática?
 
Utilização livre desde que citando a fonte
Guedes, Ivan Pereira
Mestre em Ciências da Religião.
[email protected]
Outro Blog
Historiologia Protestante
http://historiologiaprotestante.blogspot.com.br/
 
Referências Bibliográficas
ALLEN, J. C. (Ed.). Gênesis-Êxodo. Rio de Janeiro: Junta de Educação religiosa e Publicações, 1986. (Comentário Bíblico Broadmann).
ALTER, Robert e KERMODE, Alter (Orgs.). Guia Literário da Bíblia. Tradução Raul Fiker tradução; Revisão de tradução Gilson César Cardoso de Souza. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1997. - (Prismas).
COELHO FILHO, Isaltino Gomes. A Atualidade dos Dez Mandamentos. São Paulo: Êxodus, 1997.
COLE, R. Alan. Êxodo: Introdução e Comentário. São Paulo: Vida Nova/Mundo Cristão, 1990.
COX, Leo G. O livro de Êxodo. Tradução Luís Aron de Macedo. Rio de Janeiro: CPAD, 2005. [Comentário Bíblico Beacon, v. 1].
DeYOUNG, Kevin. Os Dez Mandamentos: significado, importância e motivos para obedecer.tradução de Abner Arrais e Ubevaldo G. Sampaio. São Paulo: Vida Nova, 2020.
DREHER, C. “As tradições do Êxodo e do Sinai”. Estudos Bíblicos, Petrópolis, n. 16, p. 52-68, 1988.
FILHO, João Coimbra e COIMBRA, Deise Peres. Um estudo exegético em Êxodo 20.1-6.Monografia (Bacharel em Teologia). Faculdade de Educação Teológica da Amazônia – FAETAM. Belém, Pará: 2009. [Orientadora: Profª. Ana Patrícia Araújo Campos da Rocha].
SILVADO, Luiz Roberto Soares. A Ética Cristã nos Dez Mandamentos. Curitiba: A.D. Santos Editora, 2017.
SOARES, Esequias. Os Dez Mandamentos: valores divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Rio de Janeiro: CPAD.
THIEL, Bob. The Ten Commandments - The Decalogue, Christianity, and The Beast. Grand Avenue, Grover Beach, California: Nazarene Books, 2019.
WADE, Loron. Os Dez Mandamentos: Princípios divinos para melhorar seus relacionamentos. Tradução Eunice Scheffel do Prado. 2ª ed. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2010.
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[1] O Código de Hammurabi é outro conjunto bem conhecido de leis e princípios deste mesmo período aproximado. Há algumas semelhanças entre a Lei dos Dez Mandamentos/Mosaico e o Código de Hammurabi, mas as diferenças são ainda mais profundas. Enquanto Hammurabi menciona os deuses da Babilônia, a ênfase está claramente nele como o rei e o legislador (com autoridade divina, é claro). O Código de Hammurabi começa com página após página de quão maravilhoso Hammurabi é e o quanto ele conseguiu. Hammurabi está claramente acima de sua própria lei desde que ele era a personificação da lei. Não é assim com Moisés; a ênfase é clara: Deus falou todas essas palavras, Ele é o próprio Legislador e nenhuma pessoa está acima da lei. O próprio Moisés, assim como todo o povo, deve se submeter às Palavras estabelecidas por Deus.
[2] Curiosamente, eles nunca são chamados de Dez Mandamentos, pois a expressão hebraica, que ocorre três vezes no Primeiro Testamento (Ex 34.28; Dt 4.13; 10;4), literalmente significa"dez palavras". É por isso que Êxodo 20 é frequentemente referido como o Decálogo, deka sendo a palavra grega para "dez" e logos que significam "palavra". Estas são as Dez Palavras que Deus deu aos israelitas no Monte Sinai — as Dez Palavras que Deus quer que todos nós obedeçamos (cf. DeYOUNG, 2020).
[3] João Calvino entendia a função da parte moral da lei mosaica como sendo tríplice: convencer as pessoas de sua injustiça, restringir as pessoas pelo medo do castigo, e educar o povo a respeito da vontade de Deus para eles.
[4] Em seu livro The Abolition of Man, C.S. Lewis explicou como certamente há uma moralidade universal entre os homens. Ele deu exemplos concretos de como todas as culturas no passado foram capazes de concordar com o básico da moralidade porque esses princípios são implantados no coração e na mente da humanidade.
[5] Abraão tinha conhecimento, ainda que em forma oral, dos princípios que deveriam reger sua vida e o seu relacionamento com Deus: “porque Abraão me obedeceu e guardou meus preceitos, meus mandamentos, meus decretos e minhas leis” (Gn 26.5). De maneira que Deus não estava dando a Moisés uma nova lei no Monte Sinai. Ele estava apenas dando uma versão codificada, ou formal, de Sua lei para que pudesse ser usada para governar a nação emergente de Israel. Outra razão pela qual sabemos que estes princípios eram conhecidos, ainda que em forma oral, antes de Moisés e do Monte Sinai é que há diversas referências ao pecado (Gênesis 4:7; 13:13; 18:20; 39:9; 42:22; 50:17; etc.), de maneira que havia normas religiosas e morais preestabelecidas. No livro de Jó que se passa nos dias dos patriarcas israelitas, havia o conhecimento da necessidade de sacrifício, para remissão de pecados (Jó 1.5).
[6] Historicamente a Igreja Cristã colocou os Dez Mandamentos no centro de seu ministério de ensino, especialmente para crianças e novos crentes. Por séculos, a instrução dos catecúmenos esteve fundamentada em três conteúdos: o Credo dos Apóstolos, o Pai Nosso e os Dez Mandamentos. Os primeiros reformadores mantiveram esta ênfase e elaboraram catecismos onde abordavam cada um dos mandamentos. A situação mundana e hedonista do evangelicalismo do século XXI tem sua origem no abandono destas práticas. Temos gerações de jovens que nunca memorizaram um único Mandamento e milhares de novos membros que não tem o mínimo conhecimento do Decálogo. 


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