Na postagem anterior eu me ocupei com algumaobservação de certas Palavras que me saltam da profecia de Is 9:6. Foi mais um trabalho linguístico rápido. Mas, se quiser enriquecer seu conhecimento, volte lá (link aqui).
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Agora, vou retomar dos primeiros parágrafos daquela postagem e refletir sobre a mensagem do Natal, tendo como pano de fundo as palavras proféticas.
Nessa época de Natal, é sempre bom pensar nas profecias antigas. Então eu volto os meus olhos para as palavras do Isaías – escritas sete séculos antes da era cristã – e ler o que está ali.
O capítulo nove do Livro das Profecias de Isaias sempre nos chama a atenção nessa época. Todo o texto é inspirador. Aqui, porém quero destacar apenas o verso # 6. As suas palavras eu decorei ainda criança e já as repeti incontáveis vezes.
Pois uma criança nasceu para nós,
Um filho nos foi dado;
E a soberania estará sobre seu ombro.
Então seu nome será proclamado:
Consolador admirável,
Deus forte,
Pai eterno,
Príncipe da paz.
O evangelista Mateus anunciou o início do ministério terreno de Jesus se referindo às palavras de Isaias: “Para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaias ...” (Mt 4:14 – e segue citando Is 9:1-2).
Essa é uma boa referência da compreensão cristã de que as palavras antigas devem ser lincadas a Jesus. Ou seja, os cristãos primitivos viram naquele oráculo o anúncio e as características do Messias – e ele era Jesus de Nazaré.
E então devo continuar lendo o texto na mesma perspectiva.
A criança celebrada no Natal é a que nos foi dada como manifestação suprema da graça de Deus. Ela não foi gerada por vontade humana, é a demonstração histórica daquilo que o Eterno tinha de mais significativo para nos conceder em seu amor – simplesmente uma criança, um filho.
Porque a criança é uma criança para nós.
Acontece que essa criança concedida pela graça, mesmo assumindo a forma humana e frágil, ela reúne em si toda a força e potência da criação, pois todo o poder lhe foi dado nos céus e na terra (palavras de Mt 28:18).
Um filho nos foi dado e sobre seus ombros repousa o governo e a soberania do mundo e da história.
O Todo-Poderoso em si é a dádiva da criança que nasceu no Natal.
Assim podemos então celebrar e proclamar, reconhecendo seus atributos singulares:
Uma criança nasceu. E ela é aquele que consola de maneira admirável! Sua maravilhosa ação recolhe nossas lástimas e lágrimas pois se dispôs a andar conosco no vale de sombras e morte.
Uma criança nasceu. E ela é um Deus Onipotente. Não há força, potestade, governo ou riqueza que sequer faça frente ao seu controle. Seu poder é absoluto e sua graça infindável. Diante dele tremem os poderosos da terra.
Uma criança nasceu. E ela é o próprio Pai Eterno. A história, o futuro e a eternidade estão sob os desígnios daquele que é divino de eternidade em eternidade.
Uma criança nasceu. E ela tem a dignidade do príncipe da paz! Ela veio para nos ministrar paz. Ela é o que põe em paz os nossos limites. É ela quem tudo comanda com a sua Shalom.
Louvada seja a criança que nasceu no Natal!