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Enfim, acabou!


"Deixo que as águas me levem, mas, quando é preciso, eu remo
Invoco a calma e a coragem nas tempestades que enfrento"
(Forfun - Descendo o Rio)

Foram Quatro Anos. Oito semestres. Alguns relacionamentos. Poucas, porém verdadeiras, amizades, e mais algumas inimizades (também bastante verdadeiras). A garota que pisou pela primeira vez na universidade nunca mais saiu de lá. Saiu outra. Graças a Deus, completamente diferente.

Quando eu passei no vestibular, eu tinha uma certeza: jamais faria amizades como as que fiz no colegial. Meus amigos do colegial até hoje são tudo pra mim. São minha história, o que sou. "Impossível que alguém chegasse aos pés deles". E, de fato, poucos chegaram. Mas não sem antes eu ter me decepcionado com grande parte daqueles que eu pensei que chegariam. Grande parte da faculdade não passou de uma série de decepções pra mim. E foi ótimo.

Foi aos trancos e barrancos que, nesses quatro anos, eu aprendi a NUNCA, NUNCA MESMO esperar dos outros aquilo que você espera de você. As pessoas quase nunca fazem com e para você o que você faria com e para elas. E aprendi que isso não é um crime. Cada pessoa é uma ilha, um mundo, algo que não te pertence. Aprendi na marra a conviver com pessoas completamente diferentes de mim.

Foi um divisor de águas. Existe a Bárbara antes daquilo e a Bárbara depois daquilo. E ainda que eu tenha chorado como nunca, pensado em desistir, em sumir e em mandar tudo para o inferno, todo dia eu agradeço intimamente por ter vivido o que vivi. Foi o que me ensinou a ser quem eu sou hoje. A não me anular, a não me submeter ao que eu não preciso e mereço, a respeitar a mim mesma, minhas amizades e o que faz bem ao meu coração. A Bárbara que existe hoje só está aqui por causa daquilo. Obrigada!

Aprendi o que vou levar para a vida toda: não me importar tanto. E Deus sabe como foi difícil! Tampar os ouvidos para a fofoca, encher a boca d’água para não falar mil desaforos, segurar as lágrimas toda a vez que alguém falava besteiras sem saber de nada. Mas foi incrível quando, pela primeira vez, pude dizer: foda-se. Foda-se o que você pensa, o que você acha, o que você sente. FODA-SE!

Por fim, tive que aprender a não confiar em todos e qualquer um e, principalmente, a confiar em mim. Confiar na minha personalidade, no meu trabalho, nos meus instintos. E foi incrível. Revelador.

E foi ainda durante os três últimos anos que eu descobri que amor não tem nada a ver com paixão, com querer morrer, com esquecer de mim. Tem a ver com cumplicidade, com parceria, com segurança. Tem a ver com fechar os olhos e não sentir medo. E só eu sei o quanto precisava aprender isso.

Foram esses quatro anos que me deram a oportunidade de conhecer quem realmente sou. De entender meus medos, meus traumas, meus defeitos. E de descobrir meus valores, meus princípios e tudo que tenho de bom. Em uma palavra? Autoconhecimento.

Não foram quatro anos fáceis e não sei se me darão saudade. Quando cheguei a colação de grau e olhei ao redor, tive certeza disso - não sei nem se eu teria chegada até lá sem muita terapia. Mas foram os quatro anos mais importantes da minha vida, por tudo que me fez feliz e, principalmente, pelo que me fez forte. Fica o que restou de bom e o alívio de poder dar adeus ao que e a quem não presta.

Me formei jornalista, mas me formei também mais humana. Mais amiga, mais profissional, mais mulher. Aprendi muito mais do que um lead, trabalhei em lugares que sempre sonhei, escrevi um livro, fiz amigos, achei meu amor.

E agora... Acabou! Acabou e foi demais. Obrigada, Universidade Metodista de São Paulo. Eu nunca vou te esquecer. :')



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