– Vou intervir! – disse. Bolsonaro queria mandar tropas para o Supremo porque os magistrados, na sua opinião, estavam passando dos limites em suas decisões e achincalhando sua autoridade. Na sua cabeça, ao chegar no STF, os militares destituiriam os atuais onze ministros. Os substitutos, militares ou civis, seriam então nomeados por ele e ficariam no cargo “até que aquilo esteja em ordem”, segundo as palavras do presidente. No tumulto da reunião, não ficou claro como as tropas seriam empregadas, nem se, nos planos de Bolsonaro, os ministros destituídos do STF voltariam a seus cargos quando “aquilo” estivesse “em ordem”. A essa altura, ele já tinha decidido também que não entregaria seu celular sob hipótese alguma, mesmo que tivesse que descumprir uma ordem judicial. “Só se eu fosse um rato para entregar meu celular para ele”, disse, fazendo uma comparação que voltaria a usar, em público, no transcorrer do dia. – Vou intervir! – repetiu.
É um lance que rolou em uma reuniãozinha maneira do BozÓ & Cia em Brasília, em 22 de maio de 2020, quando ele ficou literalmente puto com o STF e o que ele alegava ser a tentativa de investir contra sua otoridade.
Ele ainda não caiu na real – ou a nova real é essa mesma? – onde na República existem e coexistem três poderes autônomos e desejavelmente harmônicos entre si na condução das coisas do país.
Veja mais detalhes da Quase tragédia..., ou de um monte de milicos [coçador de saco] dando com os burros n’água.
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