A mais recente edição que organizei do Projeto Sarau 15 Minutos teve como tema a "autoestima". Foi uma oportunidade para refletir sobre esse assunto que considero muito importante, principalmente se considerarmos o quanto, em uma sociedade repleta de padrões como a nossa, somos provocados em relação à nossa autoestima.

A autoestima é a capacidade de se amar. E, para amar, seja a quem ou a que for, é preciso primeiramente conhecer. A autoestima passa, portanto, pela busca incessante do autoconhecimento, pela percepção de seu próprio valor e pela humildade de perceber-se um ser em eterno aprendizado e transformação. Um olhar com maturidade para dentro de si mesmo, compreendendo de fato quem se é, suas possibilidades e suas limitações, seus pontos positivos e também os que necessitam ser trabalhados, aceitando-se e amando-se por ser quem se é. O ser com autoestima busca blindar-se contra atitudes desrespeitosas e situações de desvalor e evita se submeter a relações manipuladoras.

Ter autoestima é conhecer a si mesmo como um ser único, sem fazer uso de comparações que nada agregam, tendo plena consciência de sua individualidade, sabendo-se ser um ser único, porém não o único ser, ou seja, compreender que autoestima não significa egoísmo. Autoestima envolve maturidade de um ser que tem plena consciência de si mesmo e, justamente por isso, sabe perceber e respeitar o outro como ser individual que também é, possibilitando relacionamentos com mais empatia e, consequentemente, mais senso de coletividade e cidadania.

A autoestima nasce no indivíduo e reflete na sociedade como um todo. Um povo com boa autoestima terá clara percepção do seu potencial, conhecerá e saberá valorizar sua cultura e possuirá uma consciência cidadã muito mais desenvolvida.

E, para fechar nosso papo de hoje, segue o poema que fiz sobre o assunto: