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Principality of Sealand

O príncipe Michael de Sealand é líder de uma micronação chamada Principado de Sealand. Mike MacEacheran – BBC Travel. 14 set 2020

Localizado no Canal da Mancha, entre a ilha da Grã-Bretanha e o continente Europeu com incríveis 0,055 km², a plataforma está fora dos domínios territoriais da França, o que faz de sua localização uma “terra de ninguém”. Parque da Ciência Newton Freire Maia – 03/10/2014

Sealand foi fundada como um principado soberano em águas internacionais em 1967

A história de Sealand (ou terra do mar, em tradução livre) – um minúsculo principado na costa inglesa de Suffolk que afirma ser o menor país do mundo, na verdade uma solitária plataforma de defesa antiaérea da Segunda Guerra Mundial, erguida em 1942 como HM Fort Roughs, nome dado ao forte marítimo armado situado fora do então limite territorial da Grã-Bretanha no Mar do Norte.

Depois de reunir até 300 membros da Marinha Real no auge da guerra e ser completamente evacuado após 1956, o posto de armas foi abandonado e ficou em ruínas até 1966, quando um ex-major do Exército britânico ocupou o espaço, dando origem a uma nação minúscula.

Sealand tem seus próprios selos. C LEECH/GETTY

In 1967, Sealand was founded as a sovereign Principality on a military fortress, seven miles from the eastern shores of Britain. Sealand’s history and adventure has been defined by armed invasion attempts, the fighting of legal battles, countering a coup d’etat and surviving natural disaster while remaining fiercely independent. From this spirit our national motto was born: ‘E Mare Libertas’ (From the Sea, Freedom). Upon the declaration of independence, the founding Bates family raised the Sealand flag, pledging freedom and justice to all who lived under it. Following this, Sealand created everything you would expect from an independent country: a functioning government, passports, permanent population, constitution, currency, stamps and the means to defend our sovereignty. Today, the Bates family governs our small state as hereditary royal rulers.

Nenhum país do mundo reconhece formalmente Sealand, o Príncipe Michael, por sua vez, diz que a micronação nunca pediu reconhecimento.

MARTYN GODDARD / ALAMY

Roy e Joan Bates se declararam príncipe e princesa do Principado de Sealand.

Como regra, a maioria das micronações teve seu reconhecimento legal em 1933, quando a Convenção de Montevidéu sobre os Direitos e Deveres dos Estados foi assinada por líderes internacionais, incluindo o então presidente dos Estados Unidos, Franklin D Roosevelt. Nela, a legislação estabelece quatro critérios principais para a condição de Estado: população, território, governo e relações com outros Estados.

Tudo começa em 1965 quando o pai do príncipe Michael, Paddy Roy Bates (1921-2012), um ex-major do Exército britânico que se tornou pescador, começou a Radio Essex. Essa estação de rádio pirata estava localizada ao largo da costa em Knock John, outro forte naval abandonado perto de HM Fort Roughs.

A popularidade das estações offshore ilegais na época era tamanha que o governo do Reino Unido lançou a Lei de Crimes de Transmissão Marítima de 1967. O propósito era encerrar todas as rádios.

Nesse contexto, Bates decidiu mudar sua operação para o HM Fort Roughs – mais distante da costa e, o que é mais importante, em um local de águas internacionais disputadas. Como Knock John, a plataforma não tinha inquilinos e estava em estado de total abandono.

Legalmente ou não, Bates assumiu o controle do posto avançado na véspera de Natal de 1966. Nove meses depois, em 2 de setembro de 1967, ele o declarou Principado de Sealand – um gesto romântico no aniversário de sua esposa Joan. Pouco depois, toda a família se mudou para lá.

Em seu auge, no início da década de 1970, Sealand tinha 50 pessoas morando na plataforma, incluindo parentes, amigos e pessoal de manutenção.

MIROSLAV VALASEK / ALAMY

Vários fortes marítimos foram construídos ao largo da costa inglesa para deter e relatar ataques aéreos alemães.

O Estado artificial introduziu seu próprio brasão e constituição, tem bandeira, seleção de futebol e hino nacional. A moeda (Dólar de Sealand), traz o retrato da “Princesa Joana” e cerca de 500 passaportes foram emitidos. O lema da micronação, sobre o qual o príncipe Michael e seus três filhos (James, Liam e Charlotte) e a segunda esposa (Mei Shi, uma ex-major do Exército de Libertação do Povo Chinês) continuam a dinastia Sealand, reflete o amor pela independência.

O episódio mais polêmico da história de Sealand aconteceu em 1978, quando um grupo de mercenários alemães e holandeses invadiu Sealand em uma noite de agosto. Os invasores foram capturados e mantidos presos sob a mira de armas pela família Bates.

“Isso fez com que o embaixador alemão e uma delegação oficial viessem de helicóptero da embaixada em Londres para negociar a libertação”, disse o príncipe Michael com indiferença, minimizando o incidente.

Mas a independência custa caro. Para financiar os custos operacionais de Sealand – incluindo os dois seguranças em tempo integral que vivem na micronação o ano todo – a loja online de Sealand vende camisetas, selos e títulos reais. Um título de nobreza de Lorde, Lady, Barão ou Baronesa custa 29,99 libras (ou aproximadamente R$ 210).

As normas usuais de alfândega e imigração também não se aplicam, é claro. Só é possível fazer uma visita com um convite oficial do príncipe, que vai até lá três vezes por ano.

Em 2006 houve um grande incêndio na fortificação que destruiu boa parte do que existia no local. Em 2007, o príncipe de Sealand colocou o “país” a venda por um preço de 1 milhão de Libras. Os criadores do website The Pirate Bay demonstraram interesse em comprá-lo para instalar seus servidores e conseguir um pouco de tranquilidade longe de ações judiciais. No entanto, Sealand não foi vendida.

Recentemente, outra tentativa de criação de um micro país foi divulgada. Na África, entre o Sudão e o Egito, o americano Jeremiah Heaton descobriu uma região com cerca de 2.000 km² que não pertence a nenhum destes países e decidiu reivindicá-la para que sua filha, de sete anos, seja a princesa, como num conto de fadas. Jeremiah espera obter o aval do Sudão e do Egito, para reconhecer seu reino. Ele acredita que seu pedido será atendido, uma vez que as intenções da princesa Emily são as mais humanitárias possíveis. Segundo ele, a filha está preocupada com a situação das crianças e da fome na região.

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