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O QUE É SER “PARDO”?

O QUE É SER “PARDO” ? Chavoso da USP

A dívida histórica deveria ser paga com a elevação do nível do ensino básico nas escolas públicas para igualar jovens de todas as procedências étnicas e sociais na disputa de uma vaga nas universidades. A essa afirmação óbvia, os defensores das cotas respondem com a seguinte pergunta: e a urgência de sanar as injustiças que já estão aí? Mario Sabino – Metrópoles. 07 mar 2024

O tribunal racial da Universidade de São Paulo, conhecido pelo eufemismo de Comissão de Heteroidentificação, foi criado porque a autodeclaração, por si só, era objeto de controvérsias e mesmo fraudes. O estudante se dizia negro, pardo ou indígena na ficha de inscrição e, quando se apresentava na universidade, não era bem assim.

Uma questão de se adaptar aos inimigos diários e ao território pertencente. É desta maneira que o tenente-coronel Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo, 46, o novo comandante da Rota, a tropa de elite da PM (Polícia Militar) de São Paulo, define a forma de atuação dos policiais nas ruas de todo o mundo. Luís Adorno – UOL. 24 ago 2017 in: UM CANCERIANO SEM LAR – 26 ago 2017

“O movimento negro instituiu que negro é igual à somatória de preto mais pardo. A minha geração fez essa engenharia política, e nós dissemos: tudo que estiver dito aí que é pardo e preto, para nós é negro”, disse a filósofa Sueli Carneiro, em junho de 2022, ao podcast Mano a Mano, do rapper Mano Brown. BBC News Brasil – 22 dez 2023

O discurso se apoia na noção de que pardos também têm antepassados africanos e também sofrem racismo.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou, numa sexta-feira (22/12/2023), os dados do censo de 2022 sobre a autodeclaração racial dos brasileiros. Os principais jornais destacaram que, pela primeira vez desde a década de 1990, os “pardos” são o grupo majoritário (45,3%) da população, ultrapassando os brancos (43,5%), os pretos (10,2%), os indígenas (0,8%) e os amarelos (0,4%). Desde 1872, quando foi realizado o primeiro censo nacional, a categoria “parda” esteve presente em oito dos 12 recenseamentos. Apesar dessa constância, os significados históricos do termo mudaram profundamente e, até hoje, são plurais e controversos. LUIZ AUGUSTO CAMPOS – Nexo Jornal. 26 dez 2023

O pardo é um dos cinco grupos de cores étnicas que compõem a população brasileira, segundo a classificação do IBGE, juntamente com os brancos, pretos, amarelos e indígenas. De acordo com o censo do IBGE de 2014, 45% da população brasileira se autodeclarou parda.

Ainda no Império, os organizadores do primeiro censo empregaram o termo para entender as transformações de uma sociedade fortemente escravocrata. A questão “raça” então era considerada auxiliar da questão “condição”, que dividia o Brasil entre “livres”, “escravos” e “libertos”. De todo modo, “pardos” somaram 38,3% da população, 0,2 ponto percentual a mais que brancos. Já sob influência das teorias do branqueamento, a categoria “parda” foi substituída, no censo de 1890, pelo termo “mestiço”, considerado à época “mais objetivo”.

Nesta época, o pardo era entendido como uma “casta social” intermediária, estando os brancos (europeus) no topo desta “cadeia racial hierárquica” e os pretos (escravos) na condição mais excluída.

“Eu sou mestiço, eu não sou negro. Eu sou pardo, eu não sou negro”, disse o médico e ativista Leão Alves, em junho, numa conferência organizada pelo Movimento Pardo Mestiço Brasileiro, em Manaus.

O Movimento Pardo Mestiço apoiou a candidatura de Jair Bolsonaro à releeição.

“A minha crítica a esse movimento dos pardos é porque eles, na verdade, estão muito mais voltados para o combate àqueles que combatem o racismo e a discriminação do que para promover a igualdade”, afirma o baiano Zulu Araújo foi um dos primeiros brasileiros negros a se formar em arquitetura no país e um dos principais nomes do movimento negro brasileiro.

No Estado do Amazonas, o percentual de pardos na população é o maior do país, e tem o segundo menor percentual de pretos do Brasil, só atrás de Santa Catarina. Isso porque a escravidão africana não foi tão presente no Amazonas quanto em outras partes do Brasil, o principal grupo escravizado foram os indígenas.

Segundo Leão, pardos “com aspecto de caboclo” são o grupo que sofre mais preconceito racial no Amazonas por ser associado às classes mais pobres.

Na definição do dicionário Aulete, caboclo é o “mestiço de branco com índio”, ou o “mulato de pele acobreada e cabelos lisos”.

Pardo é o mesmo que mulato, cafuzo ou caboclo, ou seja, uma pessoa com diferentes ascendências étnicas e que são baseadas numa mistura de cores de peles entre brancos, negros e indígenas. Enciclopédia Significados

A expressão “direitos originários” se refere a direitos que são anteriores à criação do Estado brasileiro e ao fato de que os indígenas foram os primeiros habitantes do território nacional.

Para Iara Viana, uma educadora e musicista, “a questão do pardo foi uma coisa inventada no Brasil pelos europeus para separar a gente, para tirar o poder revolucionário da população negra brasileira”, que vota em partidos de esquerda e defende a eleição de políticos negros focados em combater o racismo.

Nascida em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, Viana diz ser filha de um homem branco e de uma mulher “preta de pele clara” e ter frequentado escolas particulares onde negros eram raros.

A questão é que, com o regime paliativo de cotas, os governantes sentem-se ainda mais confortáveis para jogar para as calendas a resolução emergencial da doença que afeta o país inteiro: a ruindade da escola pública.

Some-se a isso o descaso cada vez maior dos governos com as universidades estatais e provavelmente veremos a repetição, no ensino superior público, do que ocorreu no ensino básico público: o seu sucateamento. E os pobres brancos, pretos, pardos e indígenas mais uma vez sairão perdendo, assim como o país num todo.

Voltando ao tribunal racial da USP, o regime de cotas trata sintomas, não a afecção, mas ele está aí, é irremovível nas próximas décadas. Proponho modestamente, então, que o tribunal adote critérios objetivos: uma tabela com paleta de cores de pele, grossura de nariz e lábios e textura de cabelo. Formato de crânios, quem sabe. Contém ironia histórica, mas não é impossível que a ideia vingue.

De modo geral, a cor parda também é usada para qualificar a tonalidade que varia entre o amarelo e o marrom escuro.

Raça não existe do ponto de vista científico, mas discriminação e preconceito sim.

Eles usam a cartela do Family Guy. 29 jul 2018

Uma atitude discriminatória resulta na violação do artigo 7 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948:

“Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.”

A discriminação resulta na segregação e exclusão social dos indivíduos discriminados, que se veem menos representados e marginalizados na sociedade.

Palavras Perdidas: Índio Educa, Projeto Pardo vs. Projeto Branco, O COLAPSO das UNIVERSIDADES federais brasileiras, Jesus Chorou, O Pib da Pib, Maria Montessori 1.2, Dia da Mentira e Abolição da escravidão indígena

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Art and culture of the native peoples of our planet. ART AMBA MIRIM



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