[email protected]
Por muitos anos e passando por diversas legislaturas, a Assembleia Legislativa de Pernambuco serviu quase sempre como uma extensão do Palácio do Governo. Isso não foi um fato isolado de um presidente ou de um governador, foram sucessivos anos. Essa lógica começou a tomar outros ares quando foi escolhida a nova composição da Mesa Diretora este ano.
O presidente Álvaro Porto foi eleito junto com Gustavo Gouveia entre tantos discursos com a principal promessa de tornar a Casa de Joaquim Nabuco autônoma e empoderada. Isso vem se aplicando em atos durante esses meses da nova gestão. Mantendo o respeito institucional, mas criando cada vez mais luz própria. Aos poucos, a sociedade vem sentindo essa mudança.
Este é um caminho sem volta, pois abre-se um novo ciclo na relação entre os Poderes. O que foi conquistado pelos deputados de hoje terá um efeito perene daqui pra frente. O papel de subserviência deu lugar ao protagonismo das ações. Ficou mais evidenciado na tramitação das matérias, na eleição para conselheiros do Tribunal de Contas e nos gestos concretos que ficam marcados neste novo tempo. Tudo isso lembra muito a força conquistada pelo Congresso Nacional em relação à presidência da República.
