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O ministro das comunicações, Fábio Faria, denunciou, junto com Fábio Wanjgarten, que as inserções radiofônicas de propaganda do candidato Lula (PT), principalmente no Nordeste, tinham sido em muito maior quantidade do que as de Bolsonaro. À primeira vista, pareceu uma fantasiosa conspiração das Emissoras de rádio nordestinas para boicotar as propagandas do presidente Jair Bolsonaro (PL). Porém, com o passar das horas, verifica-se:
Planos de mídia para milhares de emissoras de rádio no Brasil inteiro são complexos, até para agências estruturadas e profissionais. O TSE avocou para si a responsabilidade de disponibilizar os planos de mídia nacionais e os materiais a serem divulgados pelas emissoras. Colocaria no site, as empresas baixariam. Beleza. A lei determina um prazo para que isso seja feito. Se o prazo não for cumprido, cessa a responsabilidade Das Emissoras.
Humm… olha aí a brecha para a fraude.
Erros pontuais podem ocorrer de todas as partes. Porém, uma conspiração de centenas de emissoras de rádio para beneficiar determinado candidato, é delírio. Impossível ocorrer. Até porque muitos proprietários de emissoras são bolsonaristas, botariam a boca no trombone. Já erros ou sabotagem sistemáticos por parte do TSE, bem, em tese seriam muito mais viáveis.
Agências, anunciantes, partidos, acredito que o próprio TSE (se não contratou, falhou) contratam empresas especializadas para monitorar as veiculações. Essas empresas estão também sujeitas a falhar. Mas seriam falhas ocasionais.
Sem saber detalhes, dei minha opinião, ontem, no Frente a Frente, programa de Magno Martins, na Rede Nordeste de Rádio. Sem ter qualquer explicação das emissoras, contestei a acusação com base em décadas de convívio com as emissoras em campanhas eleitorais. Conhecendo de perto como se opera e como funciona o sistema. Falhas podem ocorrer, repito, de todas as partes. Mas uma conspiração das emissoras, não cabe na minha cabeça.
Ontem à noite um amigo bolsonarista enviou uma amostragem de emissoras que supostamente teriam omitido propagandas de Bolsonaro. A dita amostragem circula pelo mundo. Botei o olho na relação, vi logo o nome da Integração. Rádio de Surubim, minha cidade. Conheço de perto. Do mais alto padrão tecnológico e ético. Respondi de imediato: é mentira.
Não conheço as demais emissoras, mas pela Integração boto a mão no fogo. Chance zero de a emissora agir de má fé num assunto dessa natureza. A direção da emissora só quer se pronunciar na esfera judicial. Porém, conforme apuramos com diversas emissoras, houve falhas sistemáticas nos planos do TSE. Hoje, quarta-feira 26/10, até meados da manhã não tinha chegado para ninguém o plano de mídia de Bolsonaro. O prazo esgotou 17 horas de ontem.
Ontem à noite, sem alarde, o TSE demitiu o funcionário encarregado de postar os planos de mídia e os materiais a serem divulgados. Aham… estranho, muito estranho. É o presidente do TSE. Após a denúncia, sem estudar as alegações, apontou o dedo em riste e acusou, sem provas, a campanha de Bolsonaro de querer fazer confusão, falando eu em linguagem popular. As palavras do ministro foram mais solenes.
Todos os fatos, no momento, apontam que as falhas foram originadas no próprio TSE. A demissão do funcionário, justificada como normal nos últimos dias de campanha, sinceramente… isso já merece mais uma CPI.
*Publicitário, escritor, sócio do jornal O Poder
O ministro das comunicações, Fábio Faria, denunciou, junto com Fábio Wanjgarten, que as inserções radiofônicas de propaganda do candidato Lula (PT), principalmente no Nordeste, tinham sido em muito maior quantidade do que as de Bolsonaro. À primeira vista, pareceu uma fantasiosa conspiração das Emissoras de rádio nordestinas para boicotar as propagandas do presidente Jair Bolsonaro (PL). Porém, com o passar das horas, verifica-se:
Planos de mídia para milhares de emissoras de rádio no Brasil inteiro são complexos, até para agências estruturadas e profissionais. O TSE avocou para si a responsabilidade de disponibilizar os planos de mídia nacionais e os materiais a serem divulgados pelas emissoras. Colocaria no site, as empresas baixariam. Beleza. A lei determina um prazo para que isso seja feito. Se o prazo não for cumprido, cessa a responsabilidade Das Emissoras.
Humm… olha aí a brecha para a fraude.
Erros pontuais podem ocorrer de todas as partes. Porém, uma conspiração de centenas de emissoras de rádio para beneficiar determinado candidato, é delírio. Impossível ocorrer. Até porque muitos proprietários de emissoras são bolsonaristas, botariam a boca no trombone. Já erros ou sabotagem sistemáticos por parte do TSE, bem, em tese seriam muito mais viáveis.
Agências, anunciantes, partidos, acredito que o próprio TSE (se não contratou, falhou) contratam empresas especializadas para monitorar as veiculações. Essas empresas estão também sujeitas a falhar. Mas seriam falhas ocasionais.
Sem saber detalhes, dei minha opinião, ontem, no Frente a Frente, programa de Magno Martins, na Rede Nordeste de Rádio. Sem ter qualquer explicação das emissoras, contestei a acusação com base em décadas de convívio com as emissoras em campanhas eleitorais. Conhecendo de perto como se opera e como funciona o sistema. Falhas podem ocorrer, repito, de todas as partes. Mas uma conspiração das emissoras, não cabe na minha cabeça.
Ontem à noite um amigo bolsonarista enviou uma amostragem de emissoras que supostamente teriam omitido propagandas de Bolsonaro. A dita amostragem circula pelo mundo. Botei o olho na relação, vi logo o nome da Integração. Rádio de Surubim, minha cidade. Conheço de perto. Do mais alto padrão tecnológico e ético. Respondi de imediato: é mentira.
Não conheço as demais emissoras, mas pela Integração boto a mão no fogo. Chance zero de a emissora agir de má fé num assunto dessa natureza. A direção da emissora só quer se pronunciar na esfera judicial. Porém, conforme apuramos com diversas emissoras, houve falhas sistemáticas nos planos do TSE. Hoje, quarta-feira 26/10, até meados da manhã não tinha chegado para ninguém o plano de mídia de Bolsonaro. O prazo esgotou 17 horas de ontem.
Ontem à noite, sem alarde, o TSE demitiu o funcionário encarregado de postar os planos de mídia e os materiais a serem divulgados. Aham… estranho, muito estranho. É o presidente do TSE. Após a denúncia, sem estudar as alegações, apontou o dedo em riste e acusou, sem provas, a campanha de Bolsonaro de querer fazer confusão, falando eu em linguagem popular. As palavras do ministro foram mais solenes.
Todos os fatos, no momento, apontam que as falhas foram originadas no próprio TSE. A demissão do funcionário, justificada como normal nos últimos dias de campanha, sinceramente… isso já merece mais uma CPI.
*Publicitário, escritor, sócio do jornal O Poder
