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O boi amado e o boi inderrubável


Do BLOG DE MAGNO MARTINS
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Seu Lourenço Ramos, fundador de Surubim, morria de paixão por um boi pintado que também se chamava Surubim, nome de peixe. Mas não contava com as travessias de uma onça, que adentrou nas suas vastas terras, matou o boi amado e também a sua fome. O tempo passou, a cidade ganhou fama pelas suas vaquejadas em torno de outro boi, este mais afoito: o carrapeta, que vaqueiro nenhum, por mais valente, conseguiu derrubá-lo na queda puxada pelo rabo em vaquejadas.

Com o tempo, o boi Surubim ganhou um monumento no trevo da cidade e Carrapeta virou nome de um movimentado restaurante, também adornando o trevo, que na primeira gestão da atual prefeita Ana Célia (PSB) virou uma bela pista de cooper, onde corri logo cedo meus 8 km paquerando a paisagem de um coreto. Bateu saudade do coreto da minha Afogados da Ingazeira. O de lá era o nosso shopping. Tinha lojas, jogos, salão de dance e na parte alta havia até comícios de políticos em campanha. Nem as suas cinzas sobraram. Foi derrubado pelo ex-prefeito João Alves Filho, de quem meu pai Gastão Cerquinha foi vice.

Consciente da necessidade de se preservar o patrimônio público e os prédios históricos, papai não abençoou a ação violenta. Foi voto vencido. Hoje, a praça Arruda Câmara é um logradouro belíssimo, mas seria mais lindo se o coreto tivesse preservado. Quanto ao de Surubim, serve para práticas de ginásticas e até yoga, ao final da tarde, quando o sol causticante se despede dos bois Surubim e Carrapeta, abrindo alas para a lua iluminar a terra de Capiba e Chacrinha.


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