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COLUNA Filmes, séries e afins - FSA: Grandes roubos, saídas de mestre e anti-heróis que te causam uma espécie de Síndrome de Estocolmo*


Por MAIARA LIMA*
[email protected]

Eu não sei vocês, mas eu simplesmente amo anti-heróis. Daí, enquanto alguém pode se perguntar: "do que você está falando?", outros simplificariam (erroneamente) assumindo que eu gosto de vilões (o que não é totalmente errado, afinal quem não gosta do Coringa do Heath Ledger ou do Hannibal do Anthony Hopkins?), mas anti-herói não significa exatamente ser um vilão, e sim, uma espécie de herói com motivações menos nobres. Expliquei? Não? Bem, em suma, anti-heróis são os caras mau, não tão maus assim, tocados pelo inevitável defeito da humanidade, se claro você considerar que o conceito de herói torna o ser humano quase um Deus, sem debilidades humanas, e quando estas surgem, geralmente eles têm uma ajudinha divina, digamos assim.

Deixando de lado essa introdução cheia de definições, vamos ao assunto da coluna de hoje, que é: por trás de todo plano perfeito, existem pessoas imperfeitas. Quem aí já conferiu a franquia Ocean's? Mais conhecida para nós como Onze Homens e Um Segredo (https://www.youtube.com/watch?v=CRqBHyBuGKs&t=44s), Doze Homens e Outro Segredo (https://www.youtube.com/watch?v=QZokaXlT_-8&t=50s) e Treze Homens e Um Novo Segredo (https://www.youtube.com/watch?v=FjVZHlF2-os). Um plano genial, uma equipe de peso e um maravilhoso jogo de gato e rato, pra quem gosta deste tipo de tensão entre assaltante e polícia é uma bela franquia, sem dúvida. Atualmente está sendo atualizada com uma leitura que já promete muito, Ocean's Eight (Oito Mulheres e Um Segredo (https://www.youtube.com/watch?v=ItMzVb1K6Wk&t=34s), está chegando aos cinemas e promete tanto quanto a idéia original, pois também conta com um elenco de arrasar: Sandra Bullock, Cate Blanchett, Anne Hathaway, Helena Bonham Carter, Rihanna, Sara Pulson e muito mais.

Seguindo a linha para chegar no assunto da coluna, outros títulos seguem esta mesma premissa, tais como: a franquia "Truque de Mestre" (https://www.youtube.com/watch?v=BqXnvWADHdo) e o "segundo ato" (https://www.youtube.com/watch?v=3QFa2h0e22s), "Uma saída de Mestre" (https://www.youtube.com/watch?v=4FN41HIO9D4&t=26s), até mesmo "O Ilusionista" (https://www.youtube.com/watch?v=gDsWXMLl4AQ), "Jogada de Mestre" (https://www.youtube.com/watch?v=qX1X8xjf0Zw), "O Plano Perfeito" (https://www.youtube.com/watch?v=8L2gh6S91P0) e "O Grande Truque" (https://www.youtube.com/watch?v=B_qYaaya6Cc), é muito trambique, eu adoro os temas de grandes fugas, grandes investigações, enfim. Então, por que tanta referência? Ou para quê? Para introduzir a grande estrela da coluna de hoje que é a SUPER comentada, e a atual "modinha', pra quem gosta de todo este gênero que descrevi, a série "La Casa De Papel" (já citada na coluna, agora com mais ênfase, porque merece muito isso).

Essa série me pegou de jeito. Primeiro, por tudo o que já falei, eu gosto de anti-heróis, curto o jogo de gato e rato entre polícia e assaltante, curto ação, curto tensão e curto planos geniais, com saídas geniais. Gente, essa série tem tudo isso e um pouco tão mais, mas tão mais, que nos causa uma Síndrome de Estocolmo aguda, principalmente pela empatia que o roteiro nos força a sentir por cada personagem envolvido no assalto.
Série "A Casa de Papel"
(Foto: Google Imagens/Reprodução)
A história é a seguinte (e não se preocupem, pois não vou dar spoiler): Um homem, que se auto-intitula "el profesor", no original, já que a série é espanhola, reúne um grupo de oito pessoas, que já não têm nada à perder, nas palavras dele: "um grupo de desgraçados", com um plano bastante ousado: roubar a Casa da Moeda da Espanha. A cada episódio, que são narrados por uma das personagens (Tóquio, uma das assaltantes), nós conhecemos cada personagem, tanto assaltantes quanto equipe da polícia e reféns e, somos imediatamente tragados pra dentro da trama, que centra-se na expectativa de saber onde tudo isso vai dar e quem vai vencer no final: polícia ou assaltantes. E acreditem, uma vez que você começa a assistir você não quer parar até ver onde tudo vai acabar. A forma como foi montada, os flashbacks que nos fazem compreender melhor cada motivação ou o próximo movimento do professor e os assaltantes, como a polícia consegue chegar perto inúmeras vezes e como os assaltantes "salen con la suya" (se dão bem) no fim de cada aproximação.

Até o momento final da primeira temporada você se vê aos gritos, e esse sentimento não vai passar, pois no último segundo, quando os créditos aparecem e você percebe que a temporada acabou, sua reação será: "Não, não pode ter acabado aí. O que vai acontecer agora?". Esse sentimento é totalmente compreensível e aceitável, até por que não era pra ser o fim mesmo, pois a série está disponível na Netflix desde de dezembro do ano passado, no entendo, ela foi lançada originalmente pelo canal Antena3 da Espanha e com 15 (quinze) alucinantes episódios que foram transformados em 13 (treze), seguindo o padrão Netflix, e estes episódios advêm dos 9 (nove) primeiros originais, então, a segunda parte da série, ou a segunda temporada, será lançada apenas em 6 (seis) de abril, segundo o catálogo da Netflix, e será composta pelos seis episódios restantes. Caso você chegue ao fim da temporada e não consiga aguentar (isso vai acontecer), vocês podem procurar na internet, pois existe a série completa e finalizada já disponível, apenas esteja ciente de que estará legendada, com áudio original (espanhol), então se você é do tipo que não curte legenda, é melhor se acalmar e esperar a sequência de abril.

Você vai amar muito ou odiar demais a narradora, Tóquio, personagem muito intensa e cheia de conflitos. Vai se apaixonar pelos sorrisos de Denver e Rio. Vai ficar bastante intrigado e (aconteceu comigo) se apaixonar por Berlim. Vai sorrir muito com Nairóbi, se emocionar bastante com Moscou e ignorar (mas não façam isso) Oslo e Helsinque. Como vocês leram, todos os personagens levam nomes de cidades, parte do plano do professor para o mínimo de interação humana entre o grupo. O professor é o personagem de mais peso de todos, ele dita cada movimento e é a materialização de todo jogo da série. Seu plano perfeito não cabe fissuras, mas o material humano foi a única coisa que ele não foi capaz de prever, principalmente a sua própria humanidade. Quando se lida com recursos humanos, nada pode ser previsto, ou nem tudo, somos imprevisíveis, nossas ações e emoções. Por tudo isso e por ser uma "sériezona" da poxa, eu recomendo muito "La Casa De Papel". Vocês vão adorar!

Confira o trailer:

La Casa De Papel - 

     

Estreias da semana nos cinemas:

A Forma da Água (The Shape Of Water), recordista de indicações ao Oscar (13 indicações). Já considerado a obra-prima do Guillermo Del Toro.

Todo o Dinheiro do Mundo (All The Money In The World), esse filme é cheio de polêmica no cenário hollywoodiano, talvez eu cite algo numa próxima coluna. Coisas que variam a troca inesperada de ator, cenas tendo que ser regravadas às pressas pela substituição e muita desigualdade de salário entre o cast. https://www.youtube.com/watch?v=nLZuzFsRITw

As Aventuras de Paddington 2 (Paddington 2), bastante fofo. Vale levar as crianças. https://www.youtube.com/watch?v=uVCmXQv_0x4

*Síndrome de Estocolmo é o nome normalmente dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor.

*MAIARA LIMA é estudante de Letras da UFPE, professora de Língua Portuguesa e Espanhola, Redação e Literatura e completamente apaixonada por Cinema e Literatura Comparada. Ela escreve todas as sextas-feiras aqui para o Blog MAIS CASINHAS. Contato: [email protected]


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