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Leilão de 39 hotéis apreendidos a Carlos São Vicente envolvido em segredos

Num cenário considerado incomum nas privatizações em Angola, o leilão para a venda dos 39 hotéis apreendidos ao empresário luso-angolano Carlos São Vicente foi realizado, no passado dia 16, sem anúncio de candidatos nem valores das propostas, o que está a suscitar críticas relativas à falta de transparência e de improbidade.

Ainda antes deste leilão, quando a Voz da América abordou a transformação de hotéis em escritórios, alguns operadores hoteleiros criticaram o que diziam ser esquema para a entrega dos imóveis às mesmas entidades de sempre.

Os hotéis fazem parte de três redes, IU, IKA e BINA, avaliados em mais de 415 milhões de dólares, conforme cálculos feitos mediante informação disponibilizada pelo Serviço Nacional de Recuperação de Ativos.

As unidades, localizadas em 16 das 18 províncias do país, custam entre 34 e 72 milhões de dólares.

Expetante em relação aos resultados do leilão, o hoteleiro Jorge Gabriel, membro da mesa da Assembleia Geral da Associação dos Hotéis e Resorts de Angola (AHRA), critica os procedimentos e adianta que existirão fantasmas entre os vencedores.

“Como os princípios da imparcialidade, da responsabilização, da probidade pública e do respeito pelo património público, nos termos do da Constituição. Mas há também os direitos e garantias que os administrados têm em relação a serem informados de todos os actos da gestão da coisa pública”, assinala aquele jurista.

Eduardo acrescenta que “estamos a falar de património público, há indícios de alguma improbidade pública, não apenas na informação, mas nos procedimentos adotados”.

Sem reagir às críticas, o Gabinete de Comunicação Institucional do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) informou que os resultados do leilão devem ser conhecidos dentro de duas semanas, com o nome dos candidatos e as propostas, enquanto fonte ligada à Comissão de Avaliação avançou que nesta altura estão a ser protegidas algumas empresas concorrentes.

Há dois meses, em determinados momentos era colocado entre os favoritos o Grupo Omatapalo, que tem uma subsidiária no ramo hoteleiro, a OnTour, Gestão de Serviços Hoteleiros

Abordado pela Voz da América, o diretor de um hotel do Grupo, Flow Hotel, o empresário Pedro Julante não confirmou nem desmentiu a informação, mas admitiu a possibilidade de expansão dos negócios nessa área.

Após ter sido prorrogado, o processo de privatizações, a primeira grande venda, termina em dois anos.

Recorde-se que o Procurador-Geral da República, Hélder Pitta Grós, deslocou-se na semana passada à Suíça para tentar recuperar os milhões de dólares apreendidos ao empresário Carlos São Vicente. VOA

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