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Movimento Independentista de Cabinda (MIC) celebra 6º aniversário desde a sua fundação

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O Movimento Independentista de Cabinda (MIC) celebrou o seu 6º aniversário no dia 4 de Novembro, um dia histórico desde a sua fundação, e o seu presidente, Carlos Manuel Cumba Vemba dirigiu a mensagem alusiva ao  6º aniversário do MIC e também a todos os angolanos.

Caros companheiros;

Minhas senhoras e meus senhores

4 de Novembro dia histórico para o Movimento Independentista de Cabinda (MIC) e para o seu povo, pois, este movimento de libertação nacional completou o seu 6° ano de existência e de reivindicação da autodeterminação e independência de Cabinda.

Caros companheiros,

A vitória está reservada para aqueles que estão dispostos a pagar qualquer preço, pois se você ainda não achou uma causa pela qual valha apena morrer, então ainda não achou a razão de viver. Há 48 anos que Portugal em conluio com os movimentos de libertação de Angola e com o aparente apoio de algumas potências mundiais e de países vizinho anexaram o nosso território como parte integrante de Angola, essa atitude ilegal fez eclodir uma guerra nacionalista que carece o seu fim, pelo facto do país ocupante recusar reconhecer/abandonar o território de Cabinda.

Nós podemos nos livrar da colonização angolana. Mas não basta apenas mostrar este desejo, porque, se decidir-mos a não mais sermos subserviente seremos livres.

Se deixar-mos de apoiar o regime colonial angolano, tanto os seus partidos políticos como as suas instituições, este tombará como uma gigantesca estátua que, quando retirado seu pedestal, sucumbe com o próprio peso, fazendo-se em pedaços.

A garantia de nos tornarmos invencíveis está em nossas próprias mãos. A invencibilidade está na defesa dos nossos ideais; a possibilidade de Vitória, no ataque. Quem se defende mostra quanta sua força é insuficiente e quem ataca mostra que ela é abundante. Diante da questão de Cabinda, a nossa invencibilidade residirá em dois factores. Na confiança colectiva e na solidariedade decorrente de sermos vítimas e oprimidos. Construída a confiança colectiva, devemos desferir ataques pacíficos e sistemáticos ao colonizador e a todos cúmplices à sua volta. Importa esclarecer que o desafio Político, a liberdade não se pode confundir com o pacifismo cristão. Pela desobediência civil pressuporá acções muito ténues de destino entre o pacifista e o violento.

Hoje o nosso grande desafio político é a luta pela libertação nacional de Cabinda das amarras do invasor-colonizador-angolano, usando todas as vias legais para expulsa-lo do nosso território.

Mas para esse desejo se tornar em realidade é preciso obedecer as aspirações dos cabindeses em geral e detonar o invasor, por meio de desobediência, não deixando espaço para submissão. Desafio político descreve o ambiente em que a acção é empregada (político), bem como o objectivo (poder político).

Neste desafio político, a resistência vida por fim: a colonização e derrubar os seus apoiantes e estruturas que o suportam com vista a instaurar a independência, paz, democracia, justiça, económico e progresso social. Mas todo este processo de resistência, pressupõe não perder de vista outros factores geopolíticos internacionais, como seja, as revoluções anteriores e recentes. Levar em conta outras lutas, permite-nos evitar cometer erros anteriores, sem deixar de reconhecer o mérito e o heroísmo daqueles protagonistas pioneiros.

O MIC, reitera o seu compromisso pela autodeterminação do povo de Cabinda e recusa a manutenção do regime angolano do nosso território, razão pelo qual tem sido cauteloso na elaboração do seu projecto político. Tal como é preciso um plano estratégico de luta, um projecto com actividade, objectivo claro, alvo definido, custos, atribuições de tarefas e cronograma bem estabelecido, é igualmente necessário e obrigatório um projecto político de sociedade, no qual possamos apresentar aos cidadãos envolvidos ou não indirectamente na luta de libertação; a visão do MIC sobre o que deseja fazer para Cabinda após derrube do regime invasor-ocupante. Tal projecto, permite garantir segurança e confiança no futuro. Viabiliza a credibilidade e nutre simpatias para com os nossos membros, militantes, simpatizantes e amigos, tanto internamente quanto no plano externo.

Um projecto de nação permite que se avalie a capacidade organizacional dos nacionalistas ao colonizador e os observadores externos perceberão que a resistência é composta por pessoas lúcidas que sabem o que desejam como projecto colectivo nacional.

Nesta lógica, o MIC, deve igualmente contar com personalidades individuais com autoridade moral e um percurso claramente democrático e que se opõem com clareza e espinha dorsal aberta à colonização. Devemos contar com personalidades sérias porque muitas vezes têm mais peso e influência que muitas organizações.

Muitas personalidades cabindesas que se dizem ser activistas e democratas, por não terem a consciência que a sua missão é pressão ao colonizador e alterar políticas no mínimo, há muitas que passam a vida a cumprir cega e olimpicamente as instruções provindas de Luanda, com vista a manter salários e cargos de chefia. Para estas pessoas, quando for necessário acordos para que as suas instituições não sejam atingidas, certamente fazem tranquilamente. Temem ser enceradas ou ilegalizadas.

Uma vez que as organizações não são de paredes, há que estar atento ao discurso e percurso dos membros. Existem organizações das quais não se pode esperar apoio, mas é preciso identificar personalidades que a compõem.

Cabinda ontem protectorado, hoje colónia e amanhã nação, (Orlando Castro).

Parafrasear Nelson Mandela, se quem tem o poder nega a tua liberdade, então, o único caminho para a liberdade é o poder. Neste sentido gostaria anunciar que diante de uma colonização, é necessário determinação, comprometimento pela causa e verticalidade para derruba-lo, porque a liberdade nunca foi uma dádiva, mas sim uma conquista.

Ninguém ama a morte. A morte pela liberdade é um sinal claro que os oprimidos amam a vida, mas uma vida autêntica. Uma vida real e não mera ficção apresentada nas telas ou jornais. Os membros e militantes do MIC não se devem deixar intimidar e destruir por afirmações, perguntas estúpidas e covardes como: você não tem medo de morrer? Não gostas da tua vida? Não amas a sua família? Claro que o nacionalista é a pessoa que mais ama a vida. Mas ama a vida com dignidade. Tomar consciência do realismo na luta para derrubar o colonialismo pressupõe que os colonizados saibam que:

  • Infelizmente que o colonizador na sua queda leva consigo vidas;
  • Lutamos não porque amamos a morte. Luta-se porque amamos a vida, mas a vida com abundância e plenitude. Lutamos porque somos radicais no amor a nós e a comunidade. Cabindeses que continuem a escalar as cataratas e montanhas para independência, devem olhar para a história e perceber que a escolha por uma luta justa sempre triunfa em muitas partes do mundo;
  • Ao fim acabo dizendo, que, façam a vossa parte porque eu farei também; praticai apenas a justiça dizendo sempre a verdade….. (São Miguel Arcanjo).

Cabinda, aos 06 de Novembro de 2022

O PRESIDENTE

ENG. CARLOS MANUEL CUMBA VEMBA

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