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E agora! Continuamos como estamos ou mudamos a nossa história - Raul Diniz

Estamos a ficar para trás. O povo cansou. Se nos difamavam no passado que o MPLA era o povo, agora queremos a comprovação disso, votem favoráveis ao impeachment de João Lourenço e deixem-se de lamurias. O que resta ao MPLA nessa sua política que virou a arte de destruir os sonhos mais nobres dos Angolanos. Perderam-se nesta luta para encher os bolsos e agora vem dizer aos quatro ventos que os Angolanos não são daqui. 

Não são filhos desta terra. De tão arrogantes o Mpla acredita que a terra é plana. Já vimos de tudo. O que precisa mais de acontecer, para que nos nossos ilustres irmãos do MPLA sintam o povo no coração e juntos possamos engrossar a frente para libertar esse povo da miséria e da humilhação.

O povo despertou do sono profundo. É hora de cair na real. Basta de conversa. O povo já não está mais aí. A saída ainda que a contragosto dos barriga cheia, só passa mesmo pela alternância do poder político. O MPLA tem que entender que é chegado o tempo de se dar chance de outros fazerem diferente e melhor.

Mas, após 48 anos ininterruptos de poder autocrático, acredito que não há como acreditar que o país ficaria pior com outra linha de pensamento refletida na governabilidade da nossa santa terra transformada em terrinha para a maioria empobrecida ao extremo.

O país como está só mesmo vivenciando ás imagens do Biafra. Mais pior é quase impossível aceitar. Porque no momento Angola não passa de um quadro macabro apresentado e que nem em filmes seria possível pintar tal realidade, partindo das condições que tínhamos para tudo dar certo.

Portanto, chega de malabarismos e narrativas farsantes, hoje os angolanos querem é mesmo a liberdade de experimentar outras sensibilidades de pensamento político-administrativo e de gestão da coisa pública.

Todo ser pensante em Angola, já entendeu que nesta hora os angolanos acreditam na hipótese viável de se constituir futuramente um governo patriótico da UNITA com a participação da sociedade civil consciente. Em Malanje, até o salalé quando vem chuva sai e voa para ver o sol e sentir o gozo da liberdade.

Temos no cenário político o processo de destituição do presidente da república, através da constituição criada a imagem do MPLA. Porém, a verdade é que o povo não quer mais distrações. 

Neste balanço, o povo pede como se fosse pão para a boca, que os Deputados do MPLA atuem de mãos dadas com a oposição neste firme desejo do povo. Também se reclama a aprovação urgente do último pacote legislativo, para sem mais lengalenga, se realizarem as autarquias. Angola é o único País da SADC sem Autarquias. Autarquias já no ano de 2024.

Falar da SADC ou até mesmo do BRICS não cativa o povo, pois em nada acrescentam, ou seja, não representam nada no bolso do trabalhador nacional nem melhora em nada a vida do martirizado povo. 

Angola precisa de encontrar uma política emergencial com ações inclusivas como apostar na Educação e na saúde, e assim atingir as cifras no OGE onde o pobre apareça não como gasto, mas, como investimento, para dessa forma atingir metas recomendadas pelas organizações como a UA ou a ONU. Sem trabalho de casa bem feito, nenhum país até hoje se desenvolveu.

O partido no poder vem com esta conversa estapafúrdia de vender a falsa ideia de que a SADC e os BRICS são a solução para retirar o país do fosso em que foi jogado pelos sucessivos governos do MPLA.

Mas afinal ainda nem se deram conta que o petróleo é a única fonte de receitas para o país, mas quem até hoje afinal controla na prática e define as regras de produção são as multinacionais estrangeiras, são elas que definem os custos de produção, porque a mão de obra é na sua maioria expatriada. 

Passados quase 50 anos não se prestou atenção especial a esse factor determinante da nossa vida económica aflitivamente vivenciada. Angola de hoje e agora está refém do MPLA e para agravar ainda mais, o regime desenhado pelo MPLA vive de esmola para apenas beneficiar uma elite caduca centrada no gamanço.

De facto, faz-se necessário alterar o formato e a visão economicista dos pensadores responsáveis, que chefiam á coordenação económica do governo de João Lourenço. É importante avaliar com responsabilidade as valências das propostas que a equipe económica propõem para o país, mudar de paradigma, e assim evitar o desastre económico financeiro que se desenha no firmamento político angolano.

O MPLA é um partido amorfo, adormecido sobre o seu próprio vómito, mas a maior aberração é a visão estreita e o seu enquadramento político de todo medíocre. 

As percepções sobre a política de quadros indicam, que o MPLA não percebeu ainda, que é na sociedade civil onde se encontra um vasto potencial de quadros, que ajudariam a apagar a influência negativa de importar quadros a partir do exterior.

Além dos quadros que o país já possui, é imperioso formar mais quadros e conhecer a real capacidade a partir dos quadros nacionais que o país possui. Só assim se saberá a força do conhecimento existente entre o contratado expatriado e o quadro angolano como acontece nos países sérios.

O país vive condicionado a empréstimos dos quais não consegue honrar e pagar as dividas, por outro lado, o governo terá que se deixar de lamurias e sair do ficcionismo risível de responsabilizar a crise internacional como sendo a causa do estado de miséria deplorável e de pobreza extrema que o povo vive. A crise foi imposta por vontade própria do principal mandatário do país.

O problema da crise chama-se MPLA. É uma crise política. A crise que o país vive foi desenhada pelo partido-estado há precisos 48 anos de regime totalitário. 

O governo inventou que não precisava de conselhos nem da mão de obra angolana, lá nos anos idos de 1975, o regime escolhera como suporte da sua economia a conhecida a mão de obra inoperante da ex União Soviética/Russa e Cubana e de outros países europeus outrora conhecidos como países do antigo bloco leste.

Mais tarde, nos anos 1980 em diante, vieram os portugueses que até ditavam as regras de funcionamento da banca nacional. Depois chegaram outros país acidentais em menor importância na escala em termos de investimentos.

Para desgraça dos angolanos, chegou a Angola o reino de Espanha, o estado garantidor das sucessivas fraudes e roubos eleitorais descaradamente praticados a olhos nus. Enfim alimentou-se o BISENO das mixas dos cooperantes.

Essa é a realidade de Angola, o chefe do governo está permanentemente de mão estendida em busca de empréstimos como pedinte profissional. Nem no petróleo se conseguiu diligenciar regras de controlo do que exportamos por falta de uma política clara de controle de investimentos com foco na diversificação da economia.

Fala-se muito da diversificação da economia, mas criar condições para sua incrementação, aí são outros quinhentos. Acho que o governo luta contra si mesmo, são sucessivos golpes de política vazia e/ou estática que se transformam no principal obstáculo não pagar salário igual para trabalho ou prestação idêntica. 

Vivemos o mundo com o complexo de vira lata, com o síndrome de inferioridade em relação aos expatriados. Com o agravante em que o ministro é concorrente desleal da economia e dos empresários. Usa a posição para prejudicar o próprio governo e fazer negócio consigo mesmo. Apresenta sinais exteriores de riqueza que escandalizariam até o maior gangster norte americano Al Capone, pois a ostentam e vivem 10 a 20 vezes acima do que ganha. 

É uma violência e um abuso, a razão principal do nosso atraso. Esses políticos feitos ministros passam mais tempo no exterior do país. Sequer prestam contas das suas longas ausências longe do país.

A única saída política para o regime é a alternância do poder através de eleições justas e transparentes, como já informei aqui, essa é a via mais segura, que devolve estabilidade e prosperidade a Angola e a todos Angolanos.

Estamos nesta precipitação amarga do MPLA não querer abrir mão do poder só para manter o poder pelo poder, e assim agravar ainda mais a nossa autonomia e trazer maior instabilidade e mais conflitualidade no xadrez político interno e a descredibilidade no exterior.

Na Angola pensada e sonhada pelo MPLA o cartão de militante vale mais do que o bilhete de identidade. 

Ser burro e oportunista virou a marca de sucesso nas fileiras do MPLA, essa distinção é a fórmula que abre caminho para ascensão aos cargos publico-políticos e também é o trampolim de acesso às verbas públicas. Essa visão dantesca, reflete apenas e só a verdade reinante dos homens do Kremlin.

Assim então, mudamos de paradigma ou continuamos sendo a escória dos filhos de África e do mundo que nos rodeia?

Estamos juntos



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