O Tribunal de Comarca de Belas condenou esta quinta-feira, 20, os cinco indivíduos que em Agosto de 2021 assassinaram um segurança durante o assalto a uma carrinha de transporte de valores na via Expressa e roubaram mais de 58 milhões de Kwanzas, a uma pena de 15 anos de prisão efectiva, soube o Novo Jornal.
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Os Arguidos foram também condenados a restituir os 58 milhões de kwanzas roubados do "carro blindado" de uma empresa de segurança que escoltava os valores e a entregar 86 mil kz cada, de taxa de justiça.
A um dos segurança que sobreviveu ao Assalto após ser alvejado com um tiro na perna, perna essa que foi amputada, o tribunal ordenou aos cinco arguidos que o indemnizassem no valor de 700 mil kwanzas.
Os assaltantes são ainda responsabilizados ao pagamento de 1,5 milhões de kz à família do motorista da viatura que foi morto a tiro no dia do assalto.
O tribunal declarou perdido, a favor do Estado, os bens apreendidos que foram adquiridos pelos arguidos com o dinheiro do assalto.
Conta a acusação que os factos ocorreram em Agosto de 2021, por volta das 10:00, no município de Belas, na Via Expressa, na zona Verde, junto ao Shopping Bela Vista, quando 10 meliantes disfarçados de moto-taxistas surpreenderam a viatura que transportava os valores de um estabelecimento comercial nas proximidades.
Segundo os autos, tudo foi planeado no dia 8 de Agosto, por um dos arguidos a quem os detalhes foram passados por um ex-segurança da empresa "Socorro", que guarnecia o estabelecimento comercial.
Sabendo do trajecto do carro que transportava os valores todas as segundas-feiras, para depositar no banco, os marginais entraram em acção.
Foi assim que no dia 9, uma segunda-feira, 10 jovens com idades compreendidas entre os 23 e os 32 anos, montados em cinco motorizadas, armados com metralhadoras do tipo AKM, fizeram um compasso de espera junto ao estabelecimento comercial, aguardando que a viatura partisse do local.
Tão logo a mesma saiu com três seguranças a bordo, conta a acusação, foi surpreendida com disparos, tendo um dos tiros atingido mortalmente um dos seguranças, por sinal o motorista da viatura.
Rendidos os demais, ainda sob fogo, os marginais retiraram o saco de dinheiro com 58 milhões de kwanzas que estava na viatura e fugiram.
No entanto, um dos motoqueiros assaltante foi atingido mortalmente por um dos seguranças que reagiu ao assalto, tendo um dos "penduras" ficado no terreno e foi apanhado pela população que o espancou até à morte.
Para dispersar a população os meliantes atiraram dinheiro ao ar enquanto fugiam.
Consumado o crime, contam os autos, os jovens decidiram abandonar a cidade de Luanda e viajaram para as províncias de Benguela e Huíla.
Três dos marginais que viajaram para Benguela contrataram o serviço de quimbandeiros com o propósito de se verem livres de qualquer acção judicial.
Os mesmos adquiriram residências nos municípios do Cubal e de Benguela e compraram também várias motorizadas.
Já os dois da Huíla, frequentavam hotéis caros, sempre acompanhados de jovens bonitas.
Dos 58 milhões, o Serviço de Investigação Criminal apenas recuperou um milhão de kwanzas, três motorizadas e seis telemóveis de última geração.
Segundo o tribunal, os arguidos confessaram ter cometido o assalto que, para além do roubo dos milhões, vitimou um segurança que transportava os valores. NJ