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MPLA entrega Angola a novos colonos - William Tonet


Acabou! Literalmente!

O país, 48 anos depois da proclamação da independência, em 11 de Novembro de 1975, sem ter realizado eleições gerais, aprovado uma Constituição originária e consagrado a democracia, está, de novo, colonizado, agora, com o apoio de “missionários”, que não vêm com a Bíblia na mão, mas com comida que domina a soberania económica e um evangelho que visa a sexualização do máximo de mulheres indígenas, com arroz, óleo e faitas, visando a implantação, em 10 anos, do fundamentalismo islâmico, com a bênção do MPLA…

Os Judas Iscariotes, para nossa desgraça colectiva, continuam nos corredores do Poder e numa cruzada de descaracterização de Angola e dos angolanos…

O controlo dos órgãos, policial, militar, executivo, judicial e, visando no poder Legislativo, a afirmação numa ou em diferentes bancadas de até 95 deputados (dos 220) na Assembleia Nacional é o objectivo primário do PDA (Partido do Dinheiro Alcoranista), até 2027.

O ataque no 30 de Junho de 2023, a uma unidade paramilitar do SME (Serviços de Migração e Fronteiras), no Zango/Luanda, em plena luz do dia, para libertar dois imigrantes clandestinos e ilegais escondidos, numa ilegal mesquita, não deixa dúvidas, salvo na opacidade mental de quem está no poder, mas não dirige…

Os demais e perniciosos exemplos estão à mão de semear, quando se percorre os carreiros, becos, estradas e avenidas do país, completamente, “quadriculado” (cercado) sob o império de uma mesma arquitectura e produtos das cantinas (comércio primário), controladas por gente de epiderme mais escura (África, diferente dos primeiros missionários, que vinham da Europa), que se confunde, mais facilmente, com a maioria autóctone, para melhor penetração, em zonas suburbanas e rurais mais pobres.

O fiado é ilimitado, prescindindo de conhecimento prévio, na lógica de uma quota a “fundo perdido alimentar” para uma mais rápida implantação, junto das comunidades carenciadas.

No asfalto, lojas, armazéns e fábricas (comércio médio, supermercados, material de construção, indústrias, telecomunicações, imobiliário, banca, etc.), está na mão de “evangelizadores”, mais claros (não ocidentais, à maioria), que se ajoelha, também, as mesmas horas, em desprezo dos hábitos, costumes e valores morais dos povos angolanos, impondo o império da interpretação mais radical do Alcorão, por conservadores, que não prescindem da afirmação de uma pauta de superioridade, baseada na imolação, canos de armas e canhões…

Nigéria, Camarões, Mali, Senegal, Guiné Bissau, Moçambique e outros, com o Boko Haram são espelhos incontornáveis.

Na Europa, nem a pátria do iluminismo: França, com órgãos de soberania fortes, consegue contornar e controlar as labaredas de reivindicações justas ou injustas de um segmento religioso, que não mede as suas acções, para impor a visão e o poder de um islão radical e ressentido pelo passado colonial, vivido pelos seus ancestrais.

É preciso aprender com os erros dos outros países e povos, analisando-se seriamente, a actual estratégia da teoria da multiplicação dos novos colonizadores, tão perniciosa e dolosa, que visa a implosão e submissão dos autóctones angolanos.

Infelizmente desde 2017, o Executivo de Angola capitaneado pelo MPLA, abriu as comportas as instituições de Bretton Woods criadas, essencialmente, para o desenvolvimento do mundo ocidental, depois da II Guerra Mundial, tendo África como fonte de matéria-prima barata, num novo modelo de colonização e escravatura, na senda dos caboucos de não investimento na Educação e na agro-indústria para inviabilizar a transformação dos seus produtos de exportação.

Financiar empréstimos, com altas taxas de juros, privatização das instituições do Estado, impostos altos, fomento de desemprego, não auto desenvolvimento alimentar, são as principais receitas impostas aos países africanos colonizados.

A nenhum dos líderes, estas instituições se mostram, verdadeiramente comprometidas, no controlo dos financiamentos, por lhes interessar, sub-repticiamente, a manutenção da escravatura, através de ditaduras locais, ocidentalmente complexadas e protegidas com armas bélicas europeias e americanas, fornecidas, especialmente, para assassinar os genuínos sonhos de liberdades, democracia, existência de instituições do Estado fortes e independentes, rigor financeiro, tribunal e órgãos eleitorais apartidários e alternância de poder.

A fórmula acima permite a continuação deplorável da escravatura e colonialismo em África, através de capachos complexados, que permitem, por exemplo, que a França seja o banco emissor da moeda: Franco CFA, de 14 países (antigas colónias), com juros elevadíssimos e criminosos, com a cumplicidade de líderes antipatriotas, neocolonialistas, que adoptam como instituição a nova escravatura e pobreza dos seus povos, sendo o Níger o expoente máximo ao permitir que Paris explore crianças, nas minas de urânio, onde extrai mais de 40% deste minério, para as suas centrais nucleares, enquanto este país africano e os demais vivem sem electricidade, educação e saúde.

Para aumentar o drama do atraso, a maioria dos países e povos, não tiveram pais da independência, comprometidos com a eliminação da pobreza, fome, miséria e analfabetismo. Estes, de pseudo libertadores, converteram-se nos maiores ladrões e corruptos de colarinho ocidental, roubando os milhões dos milhões, para refastelar as contas bancárias de poucos.

É urgente e imperativo que Angola possa ver emergir, nos próximos tempos, líderes e intelectuais escravos das suas palavras e compromisso para a eliminação da fome, miséria, analfabetismo, bairros de lata, lançando as sementes para:

a) elaboração de uma Constituição originária republicana e democrática; b) nova bandeira; c) hino republicano; d) símbolos congregadores; e) fomento de casa própria, com a construção de bairros sociais planificados e arborizados; f) fomento da educação, com obrigatoriedade e gratuidade do ensino até a universidade ou escolas técnicas, alocando a maior fatia do orçamento.

No final de um mandato e com as sementes da auto-suficiência alimentar e educacional a darem frutos, propiciar a proclamação de uma nova e verdadeira INDEPENDÊNCIA: a IMATERIAL, capaz de impulsionar uma reforma agrária, o controlo das terras aráveis, o emponderamento de uma classe empresarial angolana, a industrialização do país, com a implantação de médias indústrias de transformação, inviabilizando a exportação de matérias primas brutas e a pesca de embarcações estrangeiras nos mares e rios angolanos.

Acto contínuo, lançar uma campanha, em concertação com todas as forças políticas, para se privilegiar a atracção de capitais externos, para investimentos, exclusivamente, mistos (angolano 60%, estrangeiro 40%), com excepção nas grandes indústrias onde se inverte a posição societária (angolano 40%, estrangeiro 60%).

É claro que tudo isso só pode ser com paginável com políticos com higiene intelectual bastante, assente no tripé de credibilidade, estabilidade e previsibilidade. Angola precisa hoje de acabar com governantes relativos e incendiários, que nada fazem senão destilar o ódio, raiva e discriminação.

*Jornalista e Director do jornal Folha 8


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